Live do Comitê UnB pela Vacinação debateu conjuntura atual
O Comitê UnB pela Vacinação realizou na última terça-feira (09/03) sua primeira live, onde foram apresentadas análises de conjuntura e realizado um amplo debate com a comunidade.
Como aconteceu um dia após o Dia Internacional de Luta das Mulheres (08/03), a transmissão contou com uma participação 100% feminina: na mediação da live, Carla Márcia (coordenadora do Centro Comunitário Athos Bulcão) representou o SINTFUB, Odete Messa (professora da Faculdade de Medicina) representou a ADUnB e Júlia Chaves (estudante de Saúde Coletiva) representou o DCE UnB. Entre as palestrantes, Ethel Maciel (professora da UFES) foi a convidada do SINTFUB, Nathalia Honorio (estudante de psicologia) foi a convidada do DCE UnB, Lorena Tavares (ProEpi) representou o projeto Guardiões da Saúde e Maribel Aliaga (arquiteta e urbanista) representou o Observatório Amar.é.linha.
No espaço virtual, estudantes, professores, técnico-administrativos e terceirizados da UnB manifestaram-se pelo direito à saúde no Brasil, o qual se encontra gravemente ameaçado: não há um plano nacional ou distrital de imunização em curso, e isso em um momento de grande alta do número de infecções por COVID-19, causado pela sabotagem do Governo Federal às políticas para conter o avanço da pandemia.
Assista (ou reassista!) o debate que foi realizado na íntegra:
Basta! Não à perseguição de Bolsonaro aos educadores e à Aduferpe
Foi com surpresa e indignação que a Coordenação Executiva do SINTFUB recebeu a notícia da convocação da professora Erika Suruagy (vice-presidenta da Aduferpe) para depor na Polícia Federal, em inquérito criminal aberto a pedido de Jair Bolsonaro para apurar a colocação de outdoors com mensagem contra as ações do Presidente da República na pandemia, vide imagem abaixo:
Trata-se de um ataque à liberdade de expressão, garantida constitucionalmente a todos os brasileiros. É uma tentativa de calar opiniões e intimidar o legítimo e livre exercício da atividade associativa. Por outro lado, no mérito, a crítica ao Governo Federal externada nos outdoors revelou-se desgraçadamente justa: à época eram 120 mil mortes a lamentar, hoje já são mais de 270 mil.
A Assessoria Jurídica da Aduferpe está segura de que não há nenhuma base legal para que um processo seja instaurado. O fato da professora Erika Suruagy ter sido convocada e de ter que prestar depoimento na Polícia Federal é de inteira responsabilidade de Jair Bolsonaro. Ele está claramente tentando intimidar sindicalistas, cientistas, professores, servidores públicos, artistas, intelectuais e cidadãos que discordam do seu governo. Não conseguirá.
A unidade da classe trabalhadora, com suas organizações sindicais e populares, vai barrar essas intimidações e ameaças. A democracia e o livre direito de opinião serão defendidos por todos e todas.
O SINTFUB se coloca em defesa da democracia, da liberdade sindical e da liberdade de expressão; e exige o fim da perseguição de Bolsonaro aos educadores e à Aduferpe!
O SINTFUB manifesta seu apoio à luta dos auditores-fiscais da Receita Federal que, organizados pelo Sindifisco Nacional, realizaram uma greve (“apagão”) de 48 horas entre terça (09/03) e quarta-feira (10/03) desta semana.
A mobilização dos auditores-fiscais teve como objetivo organizar a resistência contra as tentativas de fragilização e desestruturação da Receita Federal, sendo uma reação direta à possível aprovação da PEC Emergencial (PEC 186/2019) pela Câmara dos Deputados com o texto original do Senado, que acabava com a vinculação de recursos para as administrações tributárias em nível Federal, Estadual e Municipal.
O “apagão” dos trabalhadores foi vitorioso e, em um desfecho inédito em favor dos auditores-fiscais e da Receita Federal, a Câmara dos Deputados aprovou ontem (10/03) um destaque à PEC Emergencial que suprime do texto o trecho que extinguia a vinculação constitucional de recursos para as administrações tributárias, incluindo a Receita Federal.
Se aprovado da forma como o Senado enviou, a desvinculação de recursos teria o potencial de reduzir pela metade a estrutura física da Receita, com fechamento de delegacias e agências em todo país, prejudicando a fiscalização e o combate a crimes como sonegação, corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de armas e de drogas. Não foi um favor dos deputados ao Brasil: foi a greve dos trabalhadores que impediu isso!
Essa greve de 48 horas realizada pelos auditores-fiscais e organizada pelo Sindifisco Nacional mostra às categorias do funcionalismo público federal que a nossa organização e mobilização são capazes de derrotar os ataques do Governo Federal e do Congresso Nacional, indicando que a luta é o caminho que devemos seguir para alcançar vitórias, mesmo diante de uma conjuntura tão adversa quanto a atual.
O SINTFUB saúda os trabalhadores da Receita Federal pela greve vitoriosa de 9 e 10 de março e conclama sua base e todos os demais servidores públicos a fazerem o mesmo: ir à luta contra os ataques aos nossos direitos!
Live do Comitê UnB pela Vacinação: hoje (09/03), às 18 horas!
O Comitê UnB pela Vacinação realizará nesta terça-feira (09/03), a partir das 18 horas, sua primeira live, onde serão apresentadas análises de conjuntura e realizado um amplo debate com a comunidade.
Para isso, a live terá a presença de representantes do SINTFUB, da ADUnB e do DCE UnB, sendo elas:
ngg_shortcode_0_placeholder
E também de quatro convidadas de iniciativas políticas e científicas da UnB e do Brasil, sendo elas:
ngg_shortcode_1_placeholder
A live começará pontualmente às 18 horas. Clique aqui para acompanhar no YouTube!
Mais sobre o Comitê UnB pela Vacinação
Diante da política genocida perpetrada pelo Governo Federal, que decidiu que a vida e a saúde dos brasileiros seria sacrificada em nome da “economia”, faz-se necessário a organização de espaços amplos que debatam sobre a conjuntura e que articulem medidas com o objetivo de buscar a vacinação universal da população o mais rápido possível e por vias públicas, um objetivo que Bolsonaro também procura ativamente sabotar.
É nessa conjuntura que o Comitê UnB pela Vacinação foi criado, em conjunto com os três segmentos organizados da Universidade de Brasília (SINTFUB, ADUnB e DCE UnB), para elevar o nível da discussão política diante do agravamento da crise social e sanitária que aflinge o nosso país e para procurar possíveis saídas.
O Comitê UnB pela Vacinação é um espaço de luta pela vacinação universal da população brasileira e um forte contraponto à política genocida que vem sendo aplicada pelo Governo Federal, além do imobilismo por parte dos governos estaduais.
Dia após dia vemos se elevar o número de mortes por COVID-19 pelo país de forma assustadora e é preciso dar uma resposta à altura. Em uma conjuntura onde a vacinação ampla da população é a medida mais eficaz contra o vírus, a falta de um plano efetivo a baixa velocidade da aplicação das vacinas significa mais infectados e mortos por descaso do poder público.
SINTFUB, ADUnB e DCE UnB estão engajados na luta pela vacinação de todos, mesmo com todas as dificuldades que a pandemia impõe.
Entendemos que é necessário organizar cada vez mais as iniciativas de luta e produção científica que combatam o negacionismo e a classe política que ceifa as vidas do povo brasileiro, e o Comitê UnB pela Vacinação nasceu para ser mais uma dessas iniciativas!
Somos apenas um corpo como é descrito nos livros de biologia? Isso é tudo que somos e o que nos forma?
Neste 8 de março, em meio à pandemia de COVID-19, o Fonasefe convida todas e todos a refletirem sobre a mulher ensinada nas escolas, nas igrejas, na televisão, na internet e nos lares.
E mais do que um convite à reflexão, neste momento difícil do nosso país fazemos um chamado ao engajamento das mulheres na luta por direitos, serviços públicos e democracia. Lutaremos por vacina, auxílio emergencial, oxigênio e leitos nos hospitais. Combateremos todo tipo de violência, machismo, transfobia e intolerância.
Somos mulheres, feitas de mulheres e sempre na luta!
No último sábado (06/03), um grupo de brasileiros indignados com o governo Bolsonaro e suas (in)ações diante da pandemia da COVID-19 (que já matou mais de 260 mil pessoas no país) decidiu fazer um Manifesto, que ganhou o nome de Carta Aberta à Humanidade.
O texto foi feito coletivamente e já recebeu adesões de dom Mauro Morelli, Padre Júlio Lancellotti, Leonardo Boff, Chico Buarque de Holanda, Carol Proner, Zélia Ducan e outros intelectuais e artistas.
Confira abaixo o texto da Carta Aberta à Humanidade na íntegra:
Manifesto Vida Acima de Tudo
Com arte, ciência e paciência mudaremos o mundo.
Carta Aberta à Humanidade
“Vivemos tempos sombrios, onde as piores pessoas perderam o medo e as melhores perderam a esperança” Hannah Arendt
O Brasil grita por socorro.
Brasileiras e brasileiros comprometidos com a vida estão reféns do genocida Jair Bolsonaro, que ocupa a presidência do Brasil junto a uma gangue de fanáticos movidos pela irracionalidade fascista.
Esse homem sem humanidade nega a ciência, a vida, a proteção ao meio ambiente e a compaixão. O ódio ao outro é sua razão no exercício do poder.
O Brasil hoje sofre com o intencional colapso do sistema de saúde. O descaso com a vacinação e com as medidas básicas de prevenção, o estímulo à aglomeração e à quebra do confinamento, aliados à total ausência de uma política sanitária, criam o ambiente ideal para novas mutações do vírus e colocam em risco os países vizinhos e toda a humanidade. Assistimos horrorizados ao extermínio sistemático de nossa população, sobretudo dos pobres, quilombolas e indígenas.
O monstruoso governo genocida de Bolsonaro deixou de ser apenas uma ameaça para o Brasil para se tornar uma ameaça global.
Apelamos às instâncias nacionais – STF, OAB, Congresso Nacional, CNBB – e às Nações Unidas. Pedimos urgência ao Tribunal Penal Internacional na condenação da política genocida desse governo que ameaça a civilização.
Confira no vídeo acima a homenagem do SINTFUB ao Dia Internacional de Luta das Mulheres.
A mensagem deste 8 de março foi elaborada por cinco lutadoras e pesquisadoras:
Francisca Nascimento (técnica-administrativa aposentada da UnB e coordenadora geral do SINTFUB)
Andréa Queiroz Maranhão (professora de biologia celular da UnB e pesquisadora sênior visitante junto à Fiocruz-CE)
Ethel Maciel (professora titular da UFES, enfermeira, epidemiologista e pesquisadora)
Lorrany Arcanjo (estudante de arquitetura da UnB e representante do DCE Honestino Guimarães)
Carla Márcia Viana David (técnica-administrativa da UnB, coordenadora do Centro Comunitário Athos Bulcão e coordenadora de administração do SINTFUB).
MEC tenta criminalizar manifestações em IFES, mas se vê obrigado a recuar
Por mais absurdo que possa parecer, aconteceu! O Ministério da Educação (MEC) encaminhou há quase um mês (no dia 7 de fevereiro) um ofício aos reitores e reitoras das Universidades Federais em que pede a tomada de providências com objetivo de prevenir e punir atos político-partidários nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).
Em novo documento produzido ontem (04/03) e já encaminhado aos reitores, o MEC argumenta que não havia no ofício original “qualquer intenção de coibir a liberdade de manifestação e de expressão” nas IFES. O novo documento também diz reforçar que o posicionamento da Secretaria de Educação Superior (SESu) e do MEC é de “respeito à autonomia universitária preconizada na Constituição”.
O SINTFUB estará atento e vigilante contra as tentativas de ataque do governo contra a autonomia e democracia universitária, se colocando na linha de frente para barrar essas iniciativas.
SINTFUB manifesta apoio ao ex-reitor da UFPel, Pedro Hallal
O ex-reitor da Universidade Federal de Pelotas-RS (UFPel), Pedro Hallal, assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) após criticar Jair Bolsonaro em uma live realizada em janeiro deste ano. O termo foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) da última terça-feira (02/03).
Durante a transmissão, Hallal criticou a decisão de nomear a professora Isabela Fernandes Andrade como reitora da UFPel. Ela conseguiu o segundo lugar na lista tríplice de indicações. O ex-reitor afirmou que quem “tentou dar um golpe na comunidade foi o Presidente da República” e o chamou de “presidente com ‘p’ minúsculo”, acrescentando que Bolsonaro não manda “absolutamente em nada na UFPel (…) quem manda na UFPel é a nossa comunidade, o senhor é desprezível”.
O processo contra Hallal foi aberto pelo deputado federal Bibo Nunes (PSL-RS), que ingressou com uma representação na Controladoria-Geral da União (CGU). Na época, Nunes chegou a afirmar que tentaria a demissão do docente no processo. No entendimento da CGU, Facebook e YouTube são considerados “locais de trabalho”, por serem meios digitais “de comunicação online disponibilizados pela universidade”.
Para ilustrar o tamanho desse absurdo, deixamos como observação que a UFPel disponibiliza conexão à internet, mas não as redes sociais citadas, que são disponibilizadas por empresas privadas (Facebook Inc e Google LLC).
As retaliações aparecem no momento em que o Governo Federal não quer nomear o candidato que obteve mais votos na consulta à comunidade acadêmica para reitoria da UFPel. Diante desse fato, o SINTFUB soma esforços na luta em defesa da autonomia universitária, contra qualquer intervenção.
Manifestamos, portanto, total apoio e solidariedade à comunidade acadêmica da UFPel e ao professor Pedro Hallal. Em um Estado Democrático não se pode admitir que aspectos políticos e ideológicos sejam justificativas para coagir cientistas que alertam para ações impróprias ou para inações por parte de agentes públicos dos diferentes níveis de governo.
Se você quer o fim do Sistema Único de Saúde (SUS) e quer pagar caro por serviços médicos e hospitalares: Reforma Administrativa, sim.
Se você é a favor de escola pública, gratuita e de qualidade para o filho do trabalhador: Reforma Administrativa, não.
Se você quer trocar concursos públicos por cargos indicados pelos políticos corruptos: Reforma Administrativa, sim.
Se você quer licitações transparentes e fiscalização para que o governo gaste bem o dinheiro dos seus impostos: Reforma Administrativa, não.
Se você quer filas, privatização, terceirização e o fim dos serviços públicos que te atendem: Reforma Administrativa, sim.
Mas se você quer um país com mais igualdade e direitos sociais, menos corrupção e discriminação: Reforma Administrativa, não.
Mais sobre a Reforma Administrativa
SINTFUB apoia lockdown e defende vacina para todos
A Coordenação Executiva do SINTFUB se reuniu na manhã da última segunda-feira (01/03) e debateu o Decreto do Governo do Distrito Federal (GDF) que restabeleceu o lockdown em Brasília-DF desde o último domingo (28/02) pelo prazo de 15 dias, como medida de contenção do avanço da curva de contágio da COVID-19 na capital do país.
Em virtude deste Decreto, a Reitoria da Universidade de Brasília (UnB) também suspendeu as atividades da Instituição que aconteciam de forma presencial, além de adiar o retorno das aulas presenciais e interromper os trabalhos de natureza não essencial que eram desenvolvidos na UnB.
Mas, para nossa surpresa, o Comunicado Oficial da Reitoria deixou de fora os trabalhadores terceirizados que prestam serviços na UnB. A gestão da Universidade não propõe nenhuma medida para preservar a vida desses trabalhadores, como chegou a fazer em ocasiões anteriores – como, por exemplo, a adoção de escalas alternadas.
O SINTFUB defende que as atividades na UnB só possam ser normalizadas quando houver vacinação em nível que garanta a segurança sanitária da comunidade universitária. Também cobramos que os trabalhadores terceirizados da UnB sejam protegidos, assim como todos os outros.
Os terceirizados são a parte mais vulnerável da força de trabalho da Instituição. Para se deslocarem até a UnB, necessitam do transporte coletivo, onde se arriscam diariamente a uma alta probabilidade de contaminação.
Defendemos, também, a manutenção de todos os empregos dos trabalhadores terceirizados. Recentemente vimos a demissão de 23 porteiros terceirizados que faziam parte do grupo de risco, desrespeitando um compromisso firmado pela gestão da UnB, que garantiria a manutenção dos empregos desses trabalhadores.
Por fim, afirmamos que o Decreto do GDF foi necessário, mas tardio. Somente foi publicado quando o Distrito Federal tinha um único leito de UTI. Agora temos mais de 100 pessoas, entre a vida e a morte, na fila por um leito de UTI, o que deixa a impressão que o texto do GDF foi publicado quando o sistema de saúde já havia colapsado.