Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Serviço, das Servidoras e Servidores Públicos

Confira no vídeo abaixo a leitura da Carta do Fonasefe às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Serviço, das Servidoras e Servidores Públicos:

No dia 14 de setembro de 2022, em todas as unidades de trabalho das entidades que compõem o Fonasefe (dentre as quais, a nossa UnB!), será feita uma leitura deste documento.

Os Técnico-Administrativos em Educação estão representados no vídeo por Naara Siqueira (Fasubra), João Paulo (CTB) e José Maria Castro (Fasubra). Veja abaixo o texto da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Serviço, das Servidoras e Servidores Públicos na íntegra:

O serviço público no Brasil começa a ser estruturado desde 1808, porém a sua consolidação e reconhecimento se dá a passos lentos. A partir de 1939 com a aprovação do Decreto nº 1713, o trabalho no serviço público recebe sua primeira regulamentação. Mesmo assim, tornam-se comuns práticas de clientelismo e apadrinhamento político para ingresso de servidoras e servidores no serviço público.

Somente com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo nº 37, é que a regulamentação do trabalho ganha novas configurações como, por exemplo, a estabilidade de servidoras e servidores, direito da população, pois garante imparcialidade e impessoalidade para defender os direitos de todos e todas, e a exigência de concurso para ingresso no serviço público.

É importante destacar que são os serviços públicos que concretizam direitos sociais para a população. É por meio do serviço público que saúde, educação, previdência, assistência social, moradia, segurança e tantas outras necessidades da classe trabalhadora e do povo pobre se tornam direitos conquistados.

Mesmo o serviço público tendo essa relevância para a população, em especial, o povo mais pobre, diversas contrarreformas que retiram direitos já foram realizadas no Brasil. Nesse país continental, os serviços públicos são cada vez mais imprescindíveis para garantir inclusive a sobrevivência do nosso povo.

Como afirmou a carta do povo brasileiro em defesa da democracia, neste parágrafo: “Vivemos em país de profundas desigualdades sociais, com carências em serviços públicos essenciais, como saúde, educação, habitação e segurança pública. Temos muito a caminhar no desenvolvimento das nossas potencialidades econômicas de forma sustentável. O Estado apresenta-se ineficiente diante dos seus inúmeros desafios. Pleitos por maior respeito e igualdade de condições em matéria de raça, gênero e orientação sexual ainda estão longe de ser atendidos com a devida plenitude.”

É preciso revogar o Teto dos Gastos (EC 95/2016), que congela investimentos sociais e libera recursos do Fundo Único para o pagamento de juros e amortizações da dívida com os bancos. Também é importante realizar uma auditoria da dívida, revogar a contrarreforma trabalhista que retira direitos históricos da classe trabalhadora e as contrarreformas da previdência, colocando o país numa escalada de violência contra as populações LGBTQIA+, indígenas, trabalhadores rurais e de retirada de direitos.

Atualmente, a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), de iniciativa do governo Bolsonaro, com o argumento de diminuir o papel do Estado, é a principal tentativa de desmonte do serviço público. Além de outras questões essa proposta de “Reforma” Administrativa na lógica bolsonarista de aprofundamento do estado neoliberal com precarização dos serviços públicos, terceirização, corte de direitos antecipando os ataques da reforma administrativa, assim como propicia o retorno ao sistema anterior de ingresso no serviço público por indicação e não por concurso público. Esse governo é responsável também pelo congelamento de salários de servidoras e servidores públicos federais, em um período de inflação recorde em um só governo neste século.

Precisamos defender e construir um serviço público que atenda às demandas da sociedade brasileira, em especial da classe trabalhadora e do povo pobre, acima dos interesses privados.

Defender democracia é defender políticas públicas para a população em situação de vulnerabilidade as liberdades democráticas e os direitos da população é defender a manutenção, a ampliação e os investimentos nos serviços públicos. E, para que isso ocorra é necessário que tenhamos servidores e servidoras públicas qualificados e bem remunerados. O desmonte do serviço público corrobora com o aumento das desigualdades sociais. Em um país como o Brasil, o serviço público é um setor estratégico para atender a população e para diminuir essas desigualdades. Por isso o serviço público tem de ser uma política estrutural e permanente, não uma política ocasional de governo.

Que o serviço público brasileiro seja do tamanho da necessidade do povo brasileiro, sempre!

Download

Baixe aqui a Carta do Fonasefe às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Serviço, das Servidoras e Servidores Públicos visível acima (formato PDF).




Você lembra como chegamos até aqui?

Em 2021, impedimos o avanço da Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que pretendia acabar com a estabilidade e privatizar os serviços públicos.

Estabilidade essa que garantiu o avanço real nas compras de vacinas durante a pandemia.

Serviço público esse que segurou a onda dos desmandos durante a pandemia.

Nas crises, nós, servidores públicos sempre estamos na linha de frente.

Somos os executores das políticas públicas de assistência, de saúde, de educação, de meio ambiente etc.

Somos mães e pais de família. E estamos vendo os preços aumentando, batendo recordes, e nossos salários perdendo poder de compra, congelados.

Não podíamos deixar barato.

Fizemos diversas caravanas a Brasília-DF, manifestações e greves, em diferentes categorias. Fazendo valer o nosso direito.

Mas a recusa em abrir as negociações salariais foi a tônica do governo.

O mesmo governo que botou uma granada nos nossos bolsos, por sermos inimigos. Que nos chamou de parasitas. Que desdenhou das vidas dos brasileiros que foram ceifadas na pandemia.

2022 é ano de eleição. Não vale a pena ver de novo. Fora Bolsonaro!




07/04: Dia Mundial da Saúde

Hoje, 7 de abril, celebramos o Dia Mundial da Saúde. Apesar da tragédia que a pandemia da COVID-19 nos deixou, com mais de 660 mil brasileiros mortos por conta do país ter um genocida na Presidência da República, queremos exaltar a importância de estruturar bem o Sistema Único de Saúde (SUS) como um dos pilares do atendimento médico à população brasileira.

É por meio dele que 150 milhões de pessoas acessam serviços médicos e hospitalares gratuitamente. É unicamente pelo SUS que as pessoas mais pobres puderam se vacinar e se proteger da COVID-19.

Nesse Dia Mundial da Saúde, homenageamos os trabalhadores da saúde que fazem do SUS – o maior sistema de saúde pública, gratuita e universal do mundo.

Exigimos do Estado Brasileiro que respeite a Constituição Federal e o direito à vida da população e invista nesse Sistema, interrompendo a privatização e a terceirização que tanto mal fazem ao funcionamento do SUS.

Viva o SUS!
Viva aos trabalhadores da saúde!
Em defesa da vida!
Fora Bolsonaro!

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Boletim Informativo nº 10

O SINTFUB lança nesta sexta-feira (07/01) seu Boletim Informativo nº 10, tendo como pautas:

  1. Campanha Salarial 2022 reativará debates sobre Greve Unificada dos SPFs
  2. Mobilização dos servidores impediu aprovação da PEC 32/2020 em 2021
  3. Nova Diretoria do SINTFUB tomou posse

Clique aqui e faça o download da publicação (formato PDF).




Luta contra a Reforma Administrativa em 2021: você se lembra como tudo começou?

Você se lembra como a luta contra a Reforma Administrativa começou?

Todos se uniram para destruir o serviço público.

Só não contavam com a força do povo brasileiro e dos servidores públicos.

A coisa foi ficando difícil pra eles, até que o jogo virou.

Ganhamos uma batalha, mas a guerra não está vencida.

Privatização: aqui não!

Terceirização: aqui não!

Quem votar contra o serviço público, não voltará ao parlamento.

Juntos, venceremos. Em 2022, voltaremos!




Que as mobilizações de 2021 se transformem em conquistas em 2022!

Estamos diante do encerramento de mais um ciclo com este final de 2021, que foi um ano atípico para nós em muitos sentidos.

Enquanto o mundo lutou contra uma pandemia, nós tivemos que lutar contra dois inimigos mortais: a COVID-19 e o governo Bolsonaro. São mais de 618 mil vidas perdidas no Brasil, nos deixando a sensação de que se tivéssemos um Presidente e um Ministro da Saúde comprometidos com a vida da população, muitas dessas mortes poderiam ter sido evitadas.

Até aqui, tivemos êxito na luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), mas é necessário nos mantermos alertas e mobilizados, pois, apesar de 2022 ser ano eleitoral e dificilmente uma matéria polêmica como essa ser votada nesse cenário, Governo Federal e Congresso Nacional debatem abertamente essa possibilidade.

Por isso, não podemos nos acomodar. Temos que manter acesa a chama da resistência dos trabalhadores para barrar esse e outros ataques que sejam impulsionados pelo governo Bolsonaro.

Apesar de tudo que passamos e lamentamos em 2021, se a classe trabalhadora não estivesse mobilizada, a quantidade de ataques poderia ser ainda maior. A nossa resistência fez a diferença e por isso ela precisa continuar.

Para 2022, o SINTFUB seguirá no campo onde sempre esteve há 36 anos: na defesa intransigente dos direitos dos seus sindicalizados e de toda a classe trabalhadora.

Mobilize-se, filie-se, lute conosco!

Recesso de final de ano

Seguindo o calendário utilizado pela UnB, o SINTFUB suspenderá suas atividades a partir de amanhã (24/12) e retornará em 3 de janeiro de 2022.

Desejamos a todos um bom final de ano, com os devidos cuidados sanitários e distanciamento social. Proteja-se e proteja sua família: evite aglomerações, principalmente em espaços fechados.

Boas festas

Por fim, fortalecemos nossos votos de Feliz Natal e Próspero Ano Novo a todos os nossos sindicalizados. Que em 2022 sigamos juntos na vida, nas lutas e nas conquistas!

Memorial: companheiros e companheiras que nos deixaram em 2021


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Aída, Antonio Alves, Antonio Carlos, Armando, Benedita, Cilma, Elmano, Eurides, Hélio, Jaqueline, Jeremias, João Claudio, Jorge, José de Freitas, Juarez, Katiane, Leonilde, Levi, Lucia, Manuel, Maria Anita, Maria Carneiro, Maria de Fátima, Maria Nazaré, Mônica, Neuza, Raimundo Alves, Raimundo Nonato, Roberto Ferreira, Roberto Pereira, Rogerio, Ruy e Valdemar: PRESENTES, hoje e sempre!




A luta contra a Reforma Administrativa não acabou: voltaremos em 2022!

Foram 14 meses de luta, 14 semanas de jornada: de 14/09 até 15/12, Brasília-DF foi tomada pela luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020).

Mas a luta ainda não acabou! Enquanto o texto estiver “pronto” para ser pautado no plenário da Câmara, enquanto o mesmo não for arquivado de uma vez por todas, estaremos mobilizados contra esse ataque aos serviços e servidores públicos.

O recado do SINTFUB e dos servidores públicos para Bolsonaro, Paulo Guedes e Arthur Lira é: “Não cansamos! Em 2022, voltaremos. E quem votar, não volta!”

Vamos enterrar de vez a PEC da Rachadinha!




Mobilização dos servidores impediu aprovação da Reforma Administrativa em 2021

Neste ano de 2021, o movimento sindical voltou a comemorar uma grande vitória para a classe trabalhadora: graças aos atos, manifestações e mobilizações das entidades do funcionalismo público e das centrais sindicais, a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) pretendida por Bolsonaro e Paulo Guedes – e que poderia privatizar os serviços públicos – não foi aprovada.

Apesar do texto estar “pronto” para votação no plenário da Câmara Federal desde 23 de setembro (saiba mais abaixo), as pressões dos servidores (principalmente durante as últimas 14 semanas) foram mais fortes que o lobby do governo e do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), impedindo que os 308 votos necessários para aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) fossem alcançados – motivo pelo qual Lira sequer colocou o texto para deliberação.

O cenário é comemorado pelos servidores públicos de todo país, que realizaram manifestações contínuas em Brasília-DF desde 14 de setembro e conseguiram, com elas, barrar a proposta que destruiria os serviços públicos. O SINTFUB esteve presente em todas as manifestações realizadas na capital do país (veja a lista no final desta matéria) e também comemora com sua base essa importante vitória, que impediu que direitos históricos dos servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) fossem dissolvidos.

Mas atenção: embora o clima de tranquilidade pelo “sepultamento” momentâneo da PEC 32/2020 dê a tônica desse final de ano, é necessário nos mantermos alertas e mobilizados, pois, apesar de 2022 ser ano eleitoral e dificilmente uma matéria polêmica como a Reforma Administrativa ser votada nesse cenário, Paulo Guedes e Arthur Lira já debatem abertamente essa possibilidade.

Na sexta-feira da semana passada (10/12), em encontro com empresários, o Ministro da Economia disse que a Reforma Administrativa não é um problema para o ano eleitoral, e que, ao contrário, ela pode atrair votos. Em contraste com essa fala, o “receio” demonstrado pelos deputados em votar a PEC 32/2020 neste ano foi uma prova da perversidade da proposta. Se fosse um projeto bom para os servidores e para a população, não haveria esse “problema” para os parlamentares em aprovar o texto diante do ano eleitoral.

Contudo, a pressão do empresariado para que a PEC 32/2020 passe a valer (e esse setor possa lucrar com a venda dos serviços públicos) é imensa, inclusive com o apoio dos empresários donos dos veículos de comunicação de massa. Por isso, embora tenhamos a garantia da vitória em 2021, é imprescindível manter a mobilização dos diversos setores do funcionalismo para enterrar de vez a “PEC da Rachadinha” em 2022.

Texto atual

Em 23/09, após várias manobras de Arthur Lira, que inclusive trocou nomes da Comissão Especial em cima da hora, foi aprovado o parecer do deputado federal Arthur Maia (DEM-BA) em favor da Reforma Administrativa.

O texto, que sofreu várias mudanças, retiradas e reapresentações, não sendo suprimido da pauta da Comissão Especial por apenas três votos na noite de 22/09, teve 28 votos favoráveis e 18 votos contrários.

O relatório aprovado segue o pior possível: com previsão de contratação temporária por até 10 anos; cortes de salários e jornadas em até 25%; corte de benefícios como a licença-prêmio; corte de aumentos por tempo de serviço; demissão por “insuficiência de desempenho” (com abertura facilitada dos processos administrativos para perda de cargo do servidor); e a própria privatização dos serviços públicos (pela manutenção do artigo 37-A). Se passar, significará a destruição dos serviços públicos e do Estado Brasileiro tal qual o conhecemos.

Ao mesmo tempo em que o substitutivo manteve a estabilidade para todos os servidores concursados (e não só os de Carreiras Típicas de Estado), o texto de Arthur Maia impôs as contratações temporárias por até dez anos (reduzidas anteriormente para seis anos). No substitutivo, Maia alargou esse tipo de contratação, viabilizando-a em todas as áreas públicas que não forem as das Carreiras Típicas – o que impacta diretamente a estabilidade dos servidores.

SINTFUB na luta

Nosso sindicato esteve presente em todos os atos de 2021 contra a Reforma Administrativa – desde os que começaram em fevereiro, com maior dificuldade de mobilização pela crise pandêmica e falta de vacinas, até os mais recentes, que foram realizados continuamente nas últimas 14 semanas.

Com muita seriedade, cumprimos nosso papel de representação classista dos técnico-administrativos da UnB e lutamos com todas as forças para que a PEC 32/2020 não fosse aprovada.

Em unidade com as mais diversas entidades do funcionalismo público, assim como com as centrais sindicais e partidos políticos de esquerda que se fizeram presentes nessa luta, conquistamos essa importante vitória em 2021, garantindo que nossos direitos e empregos não serão ainda mais massacrados pelo governo Bolsonaro.

Continuaremos na resistência à PEC 32/2020 e na defesa dos serviços públicos nas mobilizações que certamente teremos em 2022. E, desde já, contamos com uma presença ainda mais forte e mais ativa de nossa base e dos nossos filiados. Seguiremos firmes contra Bolsonaro, Guedes, Lira e seus ataques, pois a única luta que se perde é aquela que se abandona!

Participação do SINTFUB nos atos em Brasília-DF:

* Matéria escrita com informações da CUT-DF




Ato dos Servidores Públicos

Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), realizado no Anexo II da Câmara Federal, na manhã do dia 11 de novembro de 2021, durante a mobilização dos servidores públicos em Brasília-DF.

O SINTFUB esteve presente na manifestação, que também reuniu a Fasubra Sindical, diversos outros sindicatos do funcionalismo público e partidos políticos de esquerda.

Imagens

Confira as imagens do ato dos servidores públicos da manhã de 11/11 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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Ato dos Servidores Públicos


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Ato dos Servidores Públicos

Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), realizado no Anexo II da Câmara Federal, na tarde do dia 10 de novembro de 2021, durante a mobilização dos servidores públicos em Brasília-DF.

O SINTFUB esteve presente na manifestação, que também reuniu a Fasubra Sindical, diversos outros sindicatos do funcionalismo público e partidos políticos de esquerda.

Imagens

Confira as imagens do ato dos servidores públicos da tarde de 10/11 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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Ato dos Servidores Públicos


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