Ato dos Servidores Públicos

Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), realizado na Esplanada dos Ministérios e na Praça dos Três Poderes, na manhã do dia 20 de outubro de 2021, durante a mobilização dos servidores públicos em Brasília-DF.

O SINTFUB esteve presente na manifestação, que também reuniu a Fasubra Sindical, diversos outros sindicatos do funcionalismo público e partidos políticos de esquerda.

Imagens

Confira as imagens do ato dos servidores públicos da manhã de 20/10 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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Reflexões e sentimentos sobre amor romântico e relacionamento amoroso

O SINTFUB divulga para conhecimento das suas sindicalizadas duas ações educativas com as mulheres da UnB que serão realizadas em 26 e 27 de outubro, ambos os dias às 18h30min.

As ações tratam-se de atividades de pesquisa e se chamam “Amor romântico e relacionamento amoroso em perspectiva: gameplay com mulheres da UnB” (a ocorrer em 26/10) e “Amor romântico e relacionamento amoroso em perspectiva: trabalho biográfico com objetos com as mulheres da UnB” (a ocorrer em 27/10), sendo realizadas dentro do Programa de Pós-Graduação em Educação da UnB.

Elas ocorrerão em formato de oficina, com inscrição disponível pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa) e com certificação às participantes.

Mediação e orientação

A mediação das duas oficinas será feita por Luana Macedo Cordeiro, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação – Modalidade Profissional (PPGE-MP/FE/UnB), sob orientação da professora Dr.ª Rita Silvana dos Santos (PPGE-MP/FE/UnB).

Mais informações

As mulheres interessadas nas oficinas podem entrar em contato pelo e-mail luana.macedo.cordeiro@gmail.com ou pelo perfil de Instagram @lulu.bunke.




Em defesa do patrimônio da UnB: não à venda dos apartamentos!

Fomos surpreendidos com o anúncio da venda de 17 apartamentos institucionais localizados na Asa Norte de Brasília-DF que fazem parte do patrimônio da UnB, conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU) de 07/10/2021.

Ao longo desses quase 60 anos de história da UnB, enfrentamos diferentes ataques e tentativas de destruição de nossa Instituição, processo marcado pela construção coletiva e unificada de diferentes gerações que reagiram a essas tentativas.

A implementação de projetos políticos de crise na educação, por meio de contingenciamentos, congelamentos, cortes orçamentários, marcam esses ataques ao Ensino Publico, quando a lógica neoliberal de sucateamento e com recursos insuficientes passa a forçar as Instituições a buscarem alternativas de manutenção e funcionamento. Essa política de privatização interna, presente na década de 1990, trouxe de cobranças de taxas à venda do patrimônio de nossas instituições.

O artigo 4º, e, da lei nº 3.998/1961, instituiu a Universidade de Brasília e estabeleceu que o patrimônio da UnB seria constituído, entre outros bens, pelos terrenos de superquadras urbanas, que lhe seriam doados pela Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap). O parágrafo 1º do mesmo artigo determina que esses bens e direitos da UnB deveriam ser utilizados ou aplicados exclusivamente para a consecução de seus objetivos e poderiam, para tal fim, ser alienados, com exceção do terreno e edifícios construídos dentro do campus Darcy Ribeiro. Em síntese, no processo de construção da UnB foi incluído um patrimônio constituído de imóveis no Plano Piloto – imóveis esses que sempre constituíram renda para a UnB.

A UnB, historicamente, já vendeu grande parte do patrimônio imobiliário recebido na sua fundação e, apesar disso, ainda possui uma carteira imobiliária valiosíssima, que a especulação imobiliária já tentou várias vezes se apoderar, especialmente sob o argumento que estes imóveis – os terrenos, principalmente – não devem interferir no desenvolvimento da cidade. Trata-se de um patrimônio passivo que somente gera recursos para investimento na universidade ao ser vendido. Outra opção que tem sido utilizada é a permuta de terrenos por imóveis construídos em valor equivalente – em geral, apartamentos -, cujos aluguéis arrecadados concorreriam para o financiamento das atividades da Universidade.

Hoje temos um limitador, onde as receitas próprias da Universidade são incluídas no Orçamento Geral, de forma que não acrescentam valores para o orçamento da UnB. Dessa forma o valor arrecadado vai para o Orçamento Geral e o Governo Federal somente o complementa, sem acréscimos.

O SINTFUB vê como um equívoco muito grande a UnB se desfazer de seu patrimônio neste momento, sem saber sequer se vai ter orçamento extra para compensar o orçamento apertado. Achamos que essa ação representa um início do desmonte da UnB da forma que ela foi idealizada.

A busca de orçamento para a Universidade não pode se dar por meio da dilapidação de nossa instituição e de nosso patrimônio. A UnB sofre sucateamento há décadas e nós experimentamos essa triste realidade e a enfrentamos com toda coragem. Por isso, manifestamos nosso total repúdio à iniciativa da UnB de se desfazer do seu patrimônio, simplesmente o entregando para a iniciativa privada e sem o recebimento de nenhum retorno por isso.




Decreto nº 10.620/2021: INSS divulga cronograma com FUB em junho de 2022

Na última quarta-feira (13/10) o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) divulgou o seu cronograma de centralização das atividades de concessão e de manutenção das aposentadorias e pensões para autarquias e fundações públicas federais, seguindo o Decreto nº 10.620/2021.

A informação foi publicizada por meio da Portaria da Presidência do INSS nº 1365/2021. Na prática, o documento avisa que o Decreto 10.620/2021 será cumprido em um calendário definido (que vai anexo ao texto) e que as pensões e aposentadorias dos servidores públicos federais, que hoje estão centralizadas no Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) da União, serão remanejadas à estrutura do INSS.

A Fundação Universidade de Brasília (FUB), na qual estão lotados os sindicalizados do SINTFUB, tem remanejamento previsto para o mês de junho de 2022.

Download

Baixe aqui a Portaria da Presidência do INSS nº 1365/2021, que traz o cronograma de cumprimento do Decreto 10.620/2021 (formato PDF, tamanho A4, 8 páginas).

Sobre o Decreto 10.620/2021

O Decreto nº 10.620/2021 (publicado na edição do Diário Oficial da União de 08/02/2021) prevê que servidores da União da administração pública federal terão aposentadorias e pensões centralizadas no Ministério da Economia e os de autarquias e fundações, no INSS, alterando a competência de órgãos responsáveis pela concessão e manutenção das aposentadorias e pensões do RPPS da União.

Assim, as aposentadorias e pensões de servidores da União da administração pública federal serão concentradas no Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal (Sipec), sob competência do Ministério da Economia. Já os servidores públicos federais que trabalham nas autarquias e fundações (como é o caso dos servidores da UnB) terão esses direitos concentrados no INSS.

Antes do Decreto, o servidor que pedisse aposentadoria ou pensão ficava ligado diretamente ao seu órgão, fossem eles ministérios ou fundações e autarquias.

O que diz a Assessoria Jurídica do SINTFUB

Segundo os advogados da Assessoria Jurídica para causas trabalhistas do nosso sindicato, além de trazer novos prejuízos aos trabalhadores, a norma é vaga, incongruente, gera insegurança jurídica e é inconstitucional.

Veja aqui a análise do Decreto 10.620/2021 feita pelo escritório Wagner Advogados Associados (formato PDF, tamanho A4, 5 páginas).

Saiba mais

Fasubra Sindical realizou no dia 03/08/2021 uma live com o tema “Não mexam na nossa aposentadoria – Decreto 10620/2021 e Portaria 8374/2021, não!”. A transmissão contou com a participação das coordenadoras de Aposentados e Assuntos de Aposentadoria Elma Dutra e Tereza Fujii (como mediadoras) e Luna Ramacciotti (advogada, mestra em Direitos e Garantias Fundamentais pela FDV e integrante da Comissão de Defesa dos Servidores Públicos da OAB-ES) e Cláudio Santos (advogado da Assessoria Jurídica da Fasubra) como palestrantes. Assista abaixo a integra do debate:




17/10: Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza

No último domingo (17/10) tivemos a passagem do Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza, data que tem o objetivo de conscientizar a sociedade e os governos de todo o mundo sobre o elevado número de pessoas que ainda estão vivendo na extrema pobreza, expostos à miséria, fome crônica e violência.

A pobreza extrema é considerada um crime contra os Direitos Humanos. Todos os governos devem assegurar que os seus habitantes vivam com qualidade de vida e dignidade.

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mais de 840 milhões de pessoas em todo o planeta continuavam sofrendo de fome excessiva entre os anos de 2011 e 2013.

A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio, definidos no ano 2000 pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (Onu).

No Brasil, de acordo com estimativas, temos atualmente 14 milhões de desempregados e cerca de 19 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema. 55,2% da população brasileira não necessariamente come três refeições ao dia, vivendo em situação de insegurança alimentar.

Origem da data

O Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza surgiu a partir de uma iniciativa do padre francês Joseph Wresinski, em 17 de outubro de 1987. Naquele dia, Wresinski reuniu cerca de 100 mil pessoas para celebrar o primeiro Dia Mundial Para Erradicação da Miséria, na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade – mesmo lugar em que foi assinada a Declaração dos Direitos Humanos em Paris, no ano de 1948.

Um enorme cartaz foi colocado em frente da Torre Eiffel, com os seguintes dizeres: “Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados. Unir-se para fazer com que sejam respeitados é um dever sagrado”.

Como marco do ato político de 1987, a Assembleia Geral da Onu decretou, em 1992, o dia 17 de outubro como Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza.

Pobreza Mundial

A pobreza está diminuindo nas últimas décadas, mas ainda revela um número alto e preocupante.

Em 1990, aproximadamente 43% da população mundial vivia em pobreza extrema (ou seja: com renda menor que US$ 1,25 por dia).

Este número reduziu para 21% em 2020, mas ainda há muito trabalho pela frente, especialmente no continente africano e em países nos quais o número de pobres e miseráveis está voltando a crescer – o Brasil de Bolsonaro é um destes.




16/10: Dia Mundial da Alimentação

No último sábado (16/10) tivemos a passagem do Dia Mundial da Alimentação, data que é lembrada em mais de 150 países (entre eles o Brasil) como um importante marco para consciencializar a opinião pública sobre questões relativas à nutrição e à alimentação.

Este Dia Mundial, que teve início em 1981, também corresponde também ao aniversário da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), fundada em 1945.

Infelizmente, para um país que já teve programas de combate à fome mundialmente reconhecidos, como o Fome Zero, o Brasil não tem muito a comemorar. Estamos novamente no mapa global da fome.

No Brasil de Bolsonaro, temos um inimigo pior que a COVID-19 atacando a população: o próprio governo. O país vivencia uma tragédia com os resultados de uma política econômica desastrosa, que já resultou em mais de 14 milhões de desempregados e na maior inflação dos últimos 15 anos.

55,2% da população brasileira não necessariamente come três refeições ao dia, segundo o relatório mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN), formada por pesquisadores de todo o país. O mesmo levantamento indica mais de 19 milhões de brasileiros em privação extrema de alimentos.

Além da pandemia de COVID-19, vivemos uma epidemia de fome. Essa tragédia em nosso país tem um culpado: Jair Bolsonaro.




Ato dos Servidores Públicos

Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), realizado no Anexo II da Câmara Federal, na tarde do dia 19 de outubro de 2021, durante a mobilização dos servidores públicos em Brasília-DF.

O SINTFUB esteve presente na manifestação, que também reuniu a Fasubra Sindical, diversos outros sindicatos do funcionalismo público e partidos políticos de esquerda.

Imagens

Confira as imagens do ato dos servidores públicos da tarde de 19/10 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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15/10: Dia do Professor

Sou professor a favor da decência contra o despudor, a favor da liberdade contra o autoritarismo, da autoridade contra a licenciosidade, da democracia contra a ditadura de direita ou de esquerda.

Sou professor a favor da luta constante contra qualquer forma de discriminação, contra a dominação econômica dos indivíduos ou das classes sociais.

Sou professor contra a ordem capitalista vigente que inventou esta aberração: a miséria na fartura.

Sou professor a favor da esperança que me anima apesar de tudo.

Paulo Freire
Pedagogia da Autonomia (1996)

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* Com informações do Instituto Paulo Freire




Bandeiras brancas em frente ao Congresso Nacional homenagearam as 600 mil vítimas de COVID-19 no Brasil

Na manhã desta sexta-feira (15/10), foi realizado um ato em Brasília-DF em memória das 600 mil vítimas por COVID-19 no Brasil. A manifestação teve caráter simbólico e foi realizada com o cravamento de milhares de bandeiras brancas em frente ao Congresso Nacional, representando as vítimas fatais da pandemia. Também foram lançados balões brancos rumo ao céu da capital do país.

Muitos desses óbitos seriam evitáveis se fossem cumpridas normas recomendadas pela ciência, defenderam os organizadores do ato, que foi idealizado pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas de COVID-19 (Avico Brasil) e contou com apoio do SINTFUB, que esteve presente na atividade.

600 mil mortos

O Brasil atingiu a triste marca de 600 mil mortos há exatamente uma semana atrás, no dia 8 de outubro. O balanço mais recente, de ontem (14/10), mostra que, atualmente, o país registra 602.201 vítimas da pandemia.

O escândalo desse número é que com apenas 2,7% da população mundial, o país concentra 13,1% do total global de vítimas fatais da COVID-19.

Entidades apoiadoras do ato

A Avico Brasil contou com o apoio do SINTFUB, da ADUnB, do Comitê UnB pela Vacinação e do Inesc na realização do ato.

Fotos

Confira abaixo as imagens do ato em memória das 600 mil vítimas por COVID-19 no Brasil de 15/10 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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Preparação para o ato

Assista no vídeo abaixo a preparação do ato em memória das 600 mil vítimas por COVID-19 no Brasil, realizada nos dias 13/10 e 14/10. As atividades contaram com a participação do SINTFUB:

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Ato dos Servidores Públicos

Ato dos servidores públicos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), realizado em frente à casa do Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na tarde do dia 13 de outubro de 2021, durante a mobilização dos servidores públicos em Brasília-DF.

O SINTFUB esteve presente na manifestação, que também reuniu a Fasubra Sindical, diversos outros sindicatos do funcionalismo público e partidos políticos de esquerda.

Imagens

Confira as imagens do ato dos servidores públicos da tarde de 13/10 disponíveis em nossa galeria de fotos:


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Vídeo

Confira abaixo o vídeo do ato dos servidores públicos da tarde de 13/10 em frente à casa do deputado federal Arthur Lira:




Bandeiras brancas em frente ao Congresso Nacional homenagearão mortos por COVID-19

Na próxima sexta-feira (15/10), a partir das 7h30min, em frente ao Congresso Nacional, será realizado um ato em memória das 600 mil vítimas por COVID-19 no Brasil.

A manifestação foi idealizada pela Associação de Vítimas e Familiares de Vítimas de COVID-19 (Avico Brasil) e conta com apoio do SINTFUB, que estará presente no ato.

O ato terá caráter simbólico e será realizado com o cravamento de 600 bandeiras brancas com o nome de vítimas fatais da COVID-19, com cada bandeira representando 1 mil vítimas da totalidade das mortes. Muitos desses óbitos seriam evitáveis se fossem cumpridas normas recomendadas pela ciência.

A Avico Brasil foi criada no Rio Grande do Sul e é presidida atualmente por Paola Falceta, que perdeu a mãe para o vírus. Enlutada, ela faz um chamado aos amigos e familiares de vítimas que moram na capital do país para se engajarem e participarem do ato: “Não tem como descrever a dor da perda, mas podemos escrever o nome do nosso familiar, amigo, colega ou vizinho numa bandeira como forma de homenagear essa pessoa querida que partiu de forma inconcebível. Com a finalização dos trabalhos de investigação da CPI se aproximando e por sermos uma entidade sem recursos financeiros, que não teria como organizar atos em todos os estados em que atua, entendemos que seria simbólico e representativo realizar um ato centralizado em Brasília-DF. Vamos lembrar aos governantes a tragédia que protagonizaram”, afirmou Paola.

Quer homenagear alguém no ato?

Partilhe o seu e-mail e o nome do falecido pelo seguinte link: https://tinyurl.com/NomeHomenageado.

Quer ser um voluntário e trabalhar no ato?

Aos que quiserem participar de alguma forma dessa iniciativa, basta acessar o link: https://chat.whatsapp.com/EILfCnzRl9MEzs5wd8au60.

Voluntários são bem-vindos para a montagem e afixação das bandeiras em frente ao Congresso Nacional, que será realizada a partir das 7h30min da manhã do dia 15 de outubro (próxima sexta-feira).

Entidades apoiadoras do ato

A Avico Brasil conta com o apoio do SINTFUB, da ADUnB, do Comitê UnB pela Vacinação e do Inesc para a realização deste ato.

Download

Baixe aqui o release produzido pela Avico Brasil para o ato em homenagem às 600 mil vítimas da COVID-19 que acontecerá em 15/10 em Brasília-DF (formato PDF, tamanho A4, uma página).

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* Matéria escrita com informações da Avico Brasil




600 mil mortos: nenhum remorso nos veículos públicos da EBC

O escancarado controle das emissoras públicas federais pelo bolsonarismo continua sonegando à população o direito à informação na pandemia, impedindo ainda uma reflexão sobre o luto em relação aos mais de 600 mil brasileiros mortos pela COVID-19.

De maneira protocolar, o apresentador e editor do Repórter Brasil, principal noticioso da TV Brasil, Paulo Leite, registrou nova marca simbólica de mortos na última sexta-feira (08/10), sem nenhum pesar ou dor, emendando, com mais tempo, os números de “recuperados” e dados da vacinação. Mais propaganda das ideias de Bolsonaro ao vivo.

A cobertura continua a desumanizar a tragédia. A comunicação pública, que por lei precisa de independência para desenvolver uma consciência crítica na população, resume a tragédia brasileira a apenas poucos segundo de números. Nenhuma consulta a fontes ou especialistas que façam alguma avaliação dos erros de condução das políticas públicas de combate e prevenção da doença ou da falta delas.

Agência Brasil também negou a dimensão das mortes na capa do site, em texto que destacava apenas o declaratório do ministro da Saúde a respeito da previsão de chegada de vacinas para 2022. No texto sobre as 600 mil mortes, escondido no site, o mesmo mote utilizado pela TV, sendo incluída apenas após a publicação uma nota da Anistia Internacional pedindo que a PGR apure as responsabilidades da pandemia. Novamente as mortes não têm rosto, família, sentimento, muito menos responsáveis.

Já no radiojornalismo, uma matéria isolada tenta ilustrar as 600 mil mortes. Mas o recorte não é sobre as perdas e sim sobre como as coisas vêm “melhorando” e as pessoas estão mais tranquilas. O foco no cenário “positivo”, nos recuperados, naturaliza, mais uma vez, a dimensão da tragédia. Não há reflexão, não há crítica, não há jornalismo, não há comunicação pública.

Marcos anteriores

* Texto escrito com informações da Ouvidoria Cidadã da EBC