Nem um dia a mais de Bolsonaro no governo

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No dia 29 de maio as entidades da base da Fasubradentre elas o SINTFUB – seguiram a orientação da Direção Nacional da Federação de ocupar as ruas (com os devidos cuidados: usando máscaras, álcool 70% e mantendo o distanciamento) nos atos contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e os cortes na Educação, em conjunto com outros setores da sociedade nas 26 capitais, no Distrito Federal e em mais de 250 cidades, exigindo vacina no braço, comida no prato, auxílio emergencial de R$ 600,00 e Fora Bolsonaro!

Na esteira de levantes que ocorrem em países como a Colômbia, em que o povo foi às ruas lutar contra reformas que retiram direitos do povo, e no Chile, que derrubou a Constituição Pinochetista, as trabalhadoras e os trabalhadores no Brasil começam a construir uma agenda ativa para enfrentar o governo Bolsonaro. Os atos de 29 de maio cruzaram nossas fronteiras e tiveram repercussão em vários países da Europa e da América Latina.

A Direção Nacional da Fasubra, além de participar dos atos, pela primeira fez a cobertura virtual da participação da categoria nas atividades em todo o país, com chamadas ao vivo das manifestações. Desde o início da pandemia que a população não ocupava as ruas com tamanha energia, mostrando que quando o governo é mais nocivo que o vírus, o povo vai às ruas para enfrentá-lo.

Com esses atos de 29 de maio, as entidades sindicais, os movimentos sociais, estudantis e os partidos políticos de esquerda retomaram o protagonismo das grandes mobilizações, colocando o governo na defensiva. Bolsonaro, que na semana anterior aos atos alcançou o índice de 59% de rejeição, ignora as manifestações e tenta manter sua agenda contrarreformista no Congresso Nacional.

No dia 25 de maio, por 39 votos contra 26, foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal a admissibilidade da Reforma Administrativa. Agora Bolsonaro e Paulo Guedes tentam aprová-la na Comissão Especial, que ainda será instalada, e posteriormente em votação no Plenário (em dois turnos, precisando de um mínimo de 308 votos em cada).

No entanto, a pressão que as entidades do serviço público têm feito junto aos parlamentares e também a disputa da oposição na Câmara estão surtindo efeitos, pois a base governista não possui a maioria dos votos para levar a votação ao Plenário. E o desgaste de Bolsonaro segue aumentando com a CPI da Pandemia no Senado, que a cada dia traz mais detalhes da política genocida do governo, que levou à morte de mais de 473 mil pessoas no Brasil.

As entidades que participam da Campanha Nacional Fora Bolsonaro se reuniram e estarão construindo novas manifestações no dia 19 de junho (sábado) para ampliar o desgaste do governo e levá-lo ao impeachment. As entidades que compõem o Fonasefe participarão do calendário nacional de lutas contra o governo e acompanharão as ações contra a Reforma Administrativa.

Na avaliação da Direção Nacional da Fasubra, as manifestações de 29 de maio foram o pontapé inicial para a derrubada do (des)governo Bolsonaro, com o retorno da ocupação das ruas pela classe trabalhadora.

No calendário de lutas da Fasubra está a convocação de uma Plenária Nacional para 25 e 26 de junho, que avaliará as ações da Federação e a organização da categoria para esse novo momento da conjuntura.

A Direção Nacional da Fasubra também orienta as entidades de base a manterem:

  • a posição de retorno ao trabalho presencial só com condições de segurança sanitária garantidas, com vacina para todas e todos;
  • a pressão junto aos parlamentares em suas bases eleitorais;
  • o impulsionamento das campanhas virtuais da Fasubra e do Fonasefe;
  • a realização de audiências públicas sobre a Reforma Administrativa;
  • a aprovação de representantes para o Comando Nacional de Mobilização;
  • a participação nos Fóruns Estaduais.

Fora Bolsonaro e Mourão!
Contra os cortes na Educação!
Vacina para todas e todos!
Não à Reforma Administrativa!

Download

Baixe aqui o Informe da Fasubra de 2 de junho de 2021, que lançou a análise de conjuntura acima (formato PDF, tamanho A4, 5 páginas).

Mário Júnior

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