O Sindicato dos Trabalhadores da Universidade de Brasília- Sintfub promoveu nesta terça (18), I Encontro de Mulheres, realizado no auditório Antônio Rodrigues. O evento contou com a presença da professora Márcia Abrahão (UnB), da deputada federal Érica Kokay (PT/DF), Maria do Socorro Marzola, Coordenadora CR/ UnB, Vânia Felício, Coordenadora Geral do Sintfub e Raquel Pinheiro, Coordenadora de Administração e Política Sindical.
Embora, a Lei Maria da Penha, promulgada e sancionada em 2006 crie mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente de classe, raça, etnia, orientação sexual, renda, cultura, nível educacional, idade e religião, direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sendo-lhe asseguradas as oportunidades e facilidades para viver sem violência, preservar sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual e social, muitas mulheres ainda se encontram reprimidas ao regime machistas.
De acordo com professora, Márcia Abrahão, é de suma importância esses debates, tendo em vista que a violência contra a mulher não acontece só em casa ou no trabalho, de maneira que para sociedade toda essa violência é normal, porém, não é “Que neste encontro vocês apontem para políticas dentro da Universidade e consigam aprofundar nesse debate”. Ainda de acordo com ela, dentro de sua gestão esse assunto que está sendo abordado [violência contra a mulher em todos os âmbitos] terá um papel relevante, que é um dos objetivos da Instituição, servir de exemplo para todo país, afirmou.
A deputada Federal Érica Kokay (PT-DF) ressaltou que é preciso combater a violência e a discriminação contra a mulher e não se pode gerar essa desigualdade, cada ser humano é único, disse.
Para Vânia Felício, Coordenadora Geral do Sintfub, o objetivo do Encontro é subtrair políticas públicas no combate da violência contra a mulher. Ainda conforme ela, o Sintfub repudia todo e qualquer ato discriminatório e de violência contra a mulher “Lutaremos para vivenciar livremente nossas escolhas e exercer o controle sobre nossas próprias vidas” disse. Ainda conforme ela é necessário levar esse tema para os processos educativos e familiares, para que nossa criança vivencie relações de igualdade de direitos entre os gêneros e cresçam capazes de tratarem as mulheres como semelhantes, ressaltou.
Já a Coordenadora de Administração e Política Sindical, Raquel Pinheiro ressaltou que a primeira batalha da mulher no movimento sindical é pelo espaço no próprio sindicato “Estou aqui, não sou invisível. Sou branca, sou loira, sou parda, sou preta, sou negra! Sou mulher, sou de luta, sou guerreira. Abaixo ao machismo, preconceito e racismo” concluiu.
Para Maria do Socorro Marzola, o evento teve um papel relevante nas discussões que é preparar os trabalhadores e que eles participem da defesa dessa causa. Segundo ela, é um trabalho continuo, porém, a violência é diária e o evento tem que ser repetido mais vezes ao ano “Foram detectados vários problemas de trabalhadores sendo assediado no trabalho e muitos afastamentos por causa das péssimas condições de trabalho”. É preciso trazer as mulheres que trabalham na Universidade a participarem desse debate que envolve todas nós, afirmou.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO SINTFUB