Durante o Debate entre as Chapas que concorrem na Consulta Pública para a reitoria da Universidade de Brasília, realizado na quinta-feira (25), na Faculdade da UnB Ceilândia (FCE), as entidades representativas dos três setores que compõem a Universidade puderam realizar uma pergunta que foi respondida pelas três chapas.
Publicamos no canal do SINTFUB no Youtube o trecho com as respostas à pergunta do SINTFUB. É um recorte do Debate entre as chapas cuja transmissão ao vivo foi feita pela UnB TV.
Confira abaixo o resultado do debate:
Pergunta
“Candidatas recentemente o corpo técnico-administrativo das Universidades e dos Institutos Federais a nível Nacional fizeram a maior greve dos últimos anos tendo como pauta reestruturação da carreira e a reposição salarial. O movimento paredista avançou em conquistas que com certeza irão garantir melhores condições de evolução na carreira, nas condições de trabalho com a conquista das 30 horas e impactos nos contracheques. Neste contexto o SINTFUB pergunta como a sua gestão pretende garantir a implementação dessas conquistas? Principalmente o programa de gestão de desempenho que já é uma realidade Nacional e a flexibilização da jornada de trabalho para todos os servidores(as), além da implementação do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competência) com vistas a garantir a evolução dos servidores(as) na carreira?”
Respostas
Pela ordem estabelecida no regramento a primeira chapa a responder foi a Chapa 90 – Pensar e Fazer UnB. A candidata a Reitora, Olgamir Amancia Ferreira, atual Decana de Extensão da reitoria, declarou que o tema faz parte de uma das “dimensões fundamentais do programa” da sua Chapa que busca o reconhecimento do valor do trabalho das pessoas que fazem a UnB, “com a lógica de atuar para o desenvolvimento e a valorização das pessoas”. No sentido de “organizarmos todo o processo de trabalho para que as pessoas possam viver bem e viver melhor em nossa universidade”. Declarou compromisso e concordância com a Pauta dos servidores, destacando a “implementação do PGD em 60% das unidades administrativas”.
Se comprometeu com a aplicação das 30 horas como “direito de ter uma jornada compatível”, e sobre a RSC disse ser importante “o reconhecimento desses saberes acumulados no âmbito da experiência e da vivência do trabalho”. Apresentou a proposta de um programa chamado Proquality “que é a criação de um programa de qualificação dos técnicos que permite que nós socializemos a partir da experiência dos servidores de nossa universidade a qualificação de outros servidores”.
Da Chapa 99 – A UnB que queremos, a candidata a Reitora Maria Fátima de Sousa, declarou que o programa de sua chapa tem o compromisso com o PGD “não só cuidando do teletrabalho ou sua modalidade mista para que possam não só não serem assediados, que possam ser cuidados e não tenha pressão de nenhum dos seus chefes imediatos”. Assim como temos acordo com a “flexibilização, em especial né das 30 horas e certamente nosso plano reafirma compromisso com os processos de qualificação e de formação dos nossos técnicos”.
“Mas tem duas questões que para nós são muito caras que é fazermos a nossa gestão de forma horizontal e os nossos técnicos administrativos possam fazer parte na nossa gestão nos lugares onde eles tenham perfil, competência e habilidade para fazê-lo”, disse.
Segundo Fátima, será mantida a formação e qualificação, com possibilidade de realização de mestrado e doutorado e uma Mesa Permanente de Negociação, “de valorização dos trabalhadores em que eles possam revisar o seu processo de trabalho”.
O candidato a Vice-reitor pela Chapa 99, professor Paulo Celso dos Reis, disse que “se você olhar o perfil hoje dos nossos técnicos, 10% dos técnicos tem doutorado e isso não permite que eles cheguem ao final da carreira e foi aberta agora oito vagas no doutorado profissional da Universidade. Dá para ver que há um descompasso entre a oferta de vagas e a necessidade da categoria”. Para ele é preciso pensar em “uma forma que os nossos colegas técnicos possam chegar ao final de carreira de forma efetiva e muito mais incisiva porque senão nós vamos atrapalhar a carreira desses técnicos”. E ter “uma política de moradia, plano de saúde, creche, e transporte intercampi” coisas que impactam nos salários dos trabalhadores, concluiu.
A candidata a Reitora Rozana Reigota Naves, da Chapa 93 – Imagine UnB: participar e transformar, lembrou que acompanhou de perto o movimento paredista dos técnico-administrativos e docentes, inclusive participando de assembleias e atos da greve e reconheceu “o resultado e as conquistas decorrentes dessa luta que é importante e é de todos porque é em defesa da educação pública, gratuita autônoma e de qualidade”.
Rozana declarou que “nosso programa tem como um dos eixos a valorização de todas as pessoas da nossa comunidade”. E lembrou que que participou da comissão de flexibilização por quase quatro anos e é “uma defensora da jornada de 30 horas para os nossos técnicos e técnicas e consegui implementar de forma efetiva essa conquista no Instituto de Letras”.
“Também pude participar da elaboração da primeira resolução do programa de gestão e desempenho em 2021, lá se vão três anos, e agora que está sendo implementada” portanto há compromisso com essa pauta. Sobre o RSC disse que essa conquista do movimento paredista “merece um olhar especial por parte da nova gestão a partir do que vai sair da Mesa junto ao governo federal” e que “para além da ampliação das vagas de mestrado e doutorado profissional, é preciso reconhecer também a qualificação dos técnicos por meio da participação em projetos de pesquisa de extensão, sua capacitação por meio do exercício da coordenação, de participação em projetos significa reconhecer os saberes e as competências desenvolvidos também pela participação na gestão. Muitos técnicos já há bastante tempo atuam em atividades que os habilitam a serem promovidos e a obterem resultados a partir de estratégias outras que não sejam exatamente a titulação em mestrado e doutorado”.
“Nos comprometemos também com a o fortalecimento do nosso Decanato de Gestão de Pessoas e no que diz respeito à implementação de uma efetiva política de gestão de pessoas que contemple as demandas e a fazer uma gestão próxima das técnicas dos técnicos comprometida com a carta que recebemos ontem do SINTFUB”, concluiu.
agenda de debates:
25/07 (quinta-feira), às 15h, auditório da Faculdade UnB Ceilândia;
31/07 (quarta-feira), às 15h, auditório da Faculdade UnB Gama;
07/08 (quarta-feira), às 15h, auditório da Faculdade UnB Planaltina;
12/08 (segunda-feira), às 12h, auditório da ADUnB, no campus Darcy Ribeiro.
Em caso de segundo turno, a COC organizará um debate, presencial, no campus Darcy Ribeiro no dia 28/08 (quarta-feira), às 18h.
VOTAÇÃO: Dias 20 e 21 de agosto.
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