No dia 28 de abril foi celebrado o Dia Mundial da Educação, mas no Brasil não temos nada a comemorar. A aprovação da Lei Orçamentária Anual para 2021 decretou um corte de cerca de R$ 3,9 bilhões no setor, deixando a situação ainda mais crítica para o Ensino Público.
Os estudos da Auditoria Cidadã da Dívida apontaram que, em 2020, 39% do orçamento da União foi destinado ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública, enquanto apenas 2,49% desse montante foi utilizado para investimentos na Educação – um corte de mais de R$ 6 bilhões em relação a 2019.
Por outro lado, somente até 26 de abril deste ano, já foram gastos R$ 868 bilhões com a dívida pública, o que representa 66% de todos os gastos federais – número alarmante, que mostra como a prioridade com o pagamento da dívida suga recursos de todas as outras áreas.
É urgente realizarmos uma auditoria desta dívida, com participação cidadã, para que saibamos exatamente quanto e a quem estamos pagando, pois boa parte deste dinheiro poderia estar sendo investido não só na Educação, mas também na Saúde, na Ciência, em obras de infraestrutura, em ações de combate à pandemia de COVID-19, no pagamento de um auxílio emergencial com valor justo e diversas outras áreas, trazendo contribuições reais para a sociedade brasileira, algo que a priorização do sistema da dívida não tem feito.