Defender a eleição de Lula como tarefa central da classe trabalhadora para esse mês de outubro é uma necessidade da atual conjuntura, posto que uma reeleição do atual governo neofascista pode representar o fim das entidades sindicais e do direito de organização político-social dos trabalhadores. Não estamos diante de uma simples eleição, mas de um plebiscito da vida contra a barbárie representada por Bolsonaro.
Bolsonaro, em seus três anos e dez meses de mandato, devastou a Previdência com a EC 103/2019. A aposentadoria no Brasil ficou mais difícil de ser conquistada, mais cara de ser paga e mais escassa de ser recebida. Cortou, sucessivamente, verbas da educação pública, deixando toda a Rede Federal de Ensino com estruturas e orçamentos defasados, a ponto de quase fecharmos as portas.
Nem o próprio regime democrático está seguro diante das investidas golpistas de Bolsonaro, que busca descredibilizar e enfraquecer as Instituições do Estado Brasileiro, como o sistema eleitoral, o Poder Judiciário e tudo o que lhe faça oposição.
Bolsonaro atuou na pandemia contra a população, contra as vidas do povo brasileiro e em favor do vírus, com atrasos e corrupção nas compras de vacinas e com atitudes irresponsáveis que possibilitaram a falta de oxigênio em hospitais, diversas aglomerações intempestivas e, consequentemente, mais mortes. Foram mais de 687 mil vidas perdidas até agora…
Também atacou o serviço e os servidores, deixando nossos salários congelados e tentando privatizar os serviços públicos com a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e também estatais estratégicas, como Correios, Eletrobras e Petrobras. Fomos chamados de parasitas, de inimigos e tivemos até uma granada colocada em nossos bolsos. Ele negou o reajuste de 19,99% aos servidores. Ignorou as reivindicações do Fonasefe e não respondeu a pauta das categorias do serviço federal. Com isso, se tornou o primeiro Presidente da República do Século XXI a não conceder reajuste salarial ao funcionalismo público!
Nosso direito de organização foi atacado: ele tentou acabar com os sindicatos com a MP 873/2019. Nosso direito de greve foi atacado: ele tentou impedir os movimentos paredistas com a IN 54/2021. A democracia interna das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) foi atacada: ele tentou nomear reitores sem eleição com as MPs 914/2019 e 979/2020.
Nunca vimos tantos absurdos enfileirados numa mesma prateleira. O país está sequestrado por madeireiros, latifundiários, garimpeiros, milicianos, banqueiros e todo tipo de pensamento atrasado. Não aguentaremos mais quatro anos disso e é preciso dar um basta!
Precisamos eleger Lula para derrotar Bolsonaro pela manutenção das nossas lutas por direitos; pelo retorno dos investimentos nas Universidades Federais e nos demais serviços públicos; pelo fim do nosso congelamento salarial; e pela revalorização dos salários, do poder de compra e da dignidade dos trabalhadores.
Esse país precisa ser entregue ao seu povo para se reencontrar e voltar a crescer. Esse caminho que perdemos depois do golpe de 2016 e ficou ainda mais longe com a eleição de Bolsonaro em 2018 é um horizonte distante, mas a esperança vai nos ajudar a trilhá-lo. Precisamos derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo e o neofascismo para evitar que esse caminho se torne inalcançável.
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