Vamos à construção do indicativo de greve para 09/03 em defesa dos nossos salários!

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2022 será um ano de muitas mobilizações para os servidores públicos federais e a primeira delas já está diante de nós: a luta contra o arrocho e pela recomposição salarial. O SINTFUB fará parte desse enfrentamento e, desde já, convoca toda sua base à organização para nosso indicativo de greve!

No final do ano passado, quando Bolsonaro anunciou (por razões eleitoreiras) que daria aumento para as carreiras policiais federais, o Fonasefe – Fórum Nacional do qual a Fasubra faz parte – prontamente se mobilizou para que esse reajuste fosse repassado, também, a todas as demais categorias de funcionários públicos.

A realidade dos Técnico-Administrativos em Educação é vivida e conhecida por todos nós: somos uma das carreiras mais maltratadas e desvalorizadas pelo Governo Federal, não à toa que estamos desde 2017 sem nenhum reajuste, com salários congelados sendo corroídos pela inflação, e ainda com vários cargos do nosso plano de carreira postos em extinção desde 2019.

Chegou a hora de botarmos “o bloco na rua” e lutarmos contra a desvalorização do nosso trabalho, contra o desmantelamento da nossa carreira e contra a corrosão do nosso poder de compra: são mais de quatro anos sem aumento e com uma inflação que pesa nos nossos bolsos.

Nossa mobilização para a luta coletiva, com todas as demais categorias do funcionalismo público, pode sim fazer o governo recuar e arrancar de Bolsonaro e Paulo Guedes a nossa justa recomposição salarial.

Essa mobilização, contudo, começa com cada um de nós, em nossos locais de trabalho, participando das ações do SINTFUB, da Fasubra e do Fonasefe e trazendo outros servidores para a resistência.

Em janeiro desde ano, já fizemos importantes mobilizações em Brasília-DF e entregamos a nossa pauta de reivindicações ao governo. Estamos cobrando de Bolsonaro que ele reponha a perda salarial que tivemos nos três anos do seu mandato: 19,99%.

Neste exato momento, todas as entidades de base do funcionalismo federal estão consultando seus filiados sobre o indicativo de greve unificada para ser deflagrada em 09/03. As informações preliminares do Fonasefe e da Fasubra dão conta de uma grande adesão dos trabalhadores ao movimento paredista.

Com os servidores da UnB não será diferente. Por isso, o SINTFUB estará reunindo nesta semana o seu Conselho de Representantes Setoriais (em 15/02) e, depois disso, todos os sindicalizados em uma Assembleia Geral (em 16/02) para reforçar a nossa disposição de lutar e aprovar o indicativo de greve em defesa da recomposição salarial.

Há recursos suficientes para que Bolsonaro aprove a recomposição de 19,99% a todos os servidores públicos, visto que os dados do próprio governo mostram que temos quase R$ 5 trilhões na gaveta: R$ 1,289 trilhão na conta única do Tesouro Nacional, R$ 1,836 trilhão em reservas internacionais e R$ 1,393 trilhão da sobra de caixa dos bancos (parados no Banco Central, rendendo juros somente aos banqueiros, às custas do sacrifício da população).

Há motivos suficientes para não ficarmos parados enquanto nosso salário vale menos a cada dia: com mais de quatro anos de congelamento e tendo nesse período um aumento brutal do custo de vida (gasolina, gás de cozinha e cesta básica dispararam de preço), chegamos ao dilema de que é preciso derrotar o arrocho para evitar a volta da carestia.

Há razões suficientes para acreditarmos em nossa vitória nessa luta. Primeiro porque ela é justa, recomposição salarial é um direito. Depois porque recentemente derrotamos o Governo Federal, na luta contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020). E, por fim, porque não há justificativa plausível para Bolsonaro reajustar o salário de apenas uma categoria (policiais) e ignorar as reivindicações de todas as outras.

É preciso resistir porque é possível vencer. Por isso, vai ter greve. E o SINTFUB, com o apoio de sua base, estará nela!

Mário Júnior

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