SINTFUB divulga estimativa das perdas salariais do PCCTAE na última década

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Às vésperas do Natal, Bolsonaro concedeu reajuste para a Polícia Federal (PF) por motivos eleitoreiros e ignorou todas as demais categorias do serviço público federal, que estão com salários congelados e sendo corroídos pela inflação há vários anos.

Em virtude disso, uma mobilização para lutar por reajuste e recomposição salarial para os demais servidores públicos federais teve início no Fonasefe – Fórum Nacional de servidores públicos do qual a Fasubra Sindical faz parte!

Metodologia

A primeira providência tomada para calcular as perdas salarias dos servidores públicos federais foi a de definir o marco temporal. Desde a Greve Unificada do Funcionalismo Federal de 2012, o Fonasefe utiliza como referência o último reajuste concedido pelo segundo governo Lula (2007-2010), em julho de 2010. Portanto, as perdas salarias aqui calculadas são referentes ao período de 01/07/2010 a 31/12/2021.

Outra importante definição para o cálculo das perdas salarias é a definição do índice que será utilizado para calcular a inflação. Neste caso, foi utilizado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é o índice oficial para medição inflacionária do nosso país.

Os cálculos foram feitos por David Lobão, representante do Fonasefe e professor de matemática do IFPB.

PCCTAE

A carreira do PCCTAE (lei 11.091/2005) teve, de 01/07/2010 a 31/12/2021, reajustes lineares.

Inflação acumulada

* O mês de dezembro de 2021 foi previsto uma inflação de 1% (ainda não temos a oficial)

A inflação acumulada de 01/07/2010 a 31/12/2021 é de 95,55%.

Reajustes PCCTAE

Conclusão

As perdas salariais na carreira do PCCTAE de 01/07/2010 a 31/12/2021 são de 52,5%.

Situação específica da UnB

Os cálculos acima são feitos para o PCCTAE em nível nacional. No caso específico dos servidores técnico-administrativos da UnB, a perda é ainda maior, pois houve redução dos valores da URP ao patamar de 2016 por ação da Universidade – cedendo à pressão feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O SINTFUB vai dialogar em breve com a AdUnB sobre essa situação.

Mário Júnior

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