No último domingo (17/10) tivemos a passagem do Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza, data que tem o objetivo de conscientizar a sociedade e os governos de todo o mundo sobre o elevado número de pessoas que ainda estão vivendo na extrema pobreza, expostos à miséria, fome crônica e violência.
A pobreza extrema é considerada um crime contra os Direitos Humanos. Todos os governos devem assegurar que os seus habitantes vivam com qualidade de vida e dignidade.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), mais de 840 milhões de pessoas em todo o planeta continuavam sofrendo de fome excessiva entre os anos de 2011 e 2013.
A erradicação da pobreza e da fome é um dos oito objetivos de Desenvolvimento do Milênio, definidos no ano 2000 pelos 193 países membros da Organização das Nações Unidas (Onu).
No Brasil, de acordo com estimativas, temos atualmente 14 milhões de desempregados e cerca de 19 milhões de pessoas que vivem em situação de pobreza extrema. 55,2% da população brasileira não necessariamente come três refeições ao dia, vivendo em situação de insegurança alimentar.
Origem da data
O Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza surgiu a partir de uma iniciativa do padre francês Joseph Wresinski, em 17 de outubro de 1987. Naquele dia, Wresinski reuniu cerca de 100 mil pessoas para celebrar o primeiro Dia Mundial Para Erradicação da Miséria, na Praça dos Direitos Humanos e Liberdade – mesmo lugar em que foi assinada a Declaração dos Direitos Humanos em Paris, no ano de 1948.
Um enorme cartaz foi colocado em frente da Torre Eiffel, com os seguintes dizeres: “Onde homens e mulheres estão condenados a viver em extrema pobreza, direitos humanos são violados. Unir-se para fazer com que sejam respeitados é um dever sagrado”.
Como marco do ato político de 1987, a Assembleia Geral da Onu decretou, em 1992, o dia 17 de outubro como Dia Mundial Para Erradicação da Pobreza.
Pobreza Mundial
A pobreza está diminuindo nas últimas décadas, mas ainda revela um número alto e preocupante.
Em 1990, aproximadamente 43% da população mundial vivia em pobreza extrema (ou seja: com renda menor que US$ 1,25 por dia).
Este número reduziu para 21% em 2020, mas ainda há muito trabalho pela frente, especialmente no continente africano e em países nos quais o número de pobres e miseráveis está voltando a crescer – o Brasil de Bolsonaro é um destes.