Vigilantes da UnB seguem em mobilização pela vida

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Nesta quarta-feira (14/04) os vigilantes orgânicos da UnB realizaram uma Assembleia Setorial onde voltaram a denunciar a precarização das condições de trabalho (que inclusive os colocam em situação de risco por conta da pandemia) e cobraram ações concretas em defesa da vida por parte da Reitoria e da Prefeitura Universitária.

A Assembleia Setorial aconteceu em frente à Diretoria de Segurança (Diseg) e contou com um bom número de sindicalizados.

Coordenação executiva

coordenador geral do SINTFUB, Edmilson Lima, destacou a importância dessa mobilização dos vigilantes, mesmo durante o momento mais crítico da pandemia de COVID-19 no país, já que a luta se dá em defesa da vida dos servidores – que realizam trabalho de natureza essencial e ininterrupta para a Universidade.

Lima citou os avanços já conseguidos pela mobilização dos vigilantes, como a limpeza dos entulhos ao redor do prédio da Diseg, a conclusão das reformas dos banheiros e a instalação de acrílicos; mas lembrando que outras pautas ainda seguem sem atendimento, tais como a caracterização das viaturas (com adesivos e rotolight), a cessão de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a disponibilização de kits para segurança sanitária (com máscara, álcool 70% e luvas) e, principalmente, a manutenção da escala de pandemia.

Já o coordenador de finanças do sindicato, Maurício Rocha, lembrou que desde o início da nova escala dos vigilantes (imposta pela Reitoria) o SINTFUB tentou dialogar e negociar, mas sem perceber a mesma disposição pela gestão da UnB.

Maurício criticou a incoerência da reitora Márcia Abrahão, que lançou uma carta à comunidade acadêmica citando as notícias “tristes e chocantes” da pandemia de COVID-19 no país e no Distrito Federal, que “quebra recordes de infecções e mortes”; ao mesmo tempo que tem virado as costas para a situação de calamidade vivida pelos trabalhadores dos serviços essenciais da UnB.

A crítica foi feita pelo fato da reitora ter um discurso para fora da Universidade e uma prática oposta para dentro da Universidade. A mesma reitoria que diz prestar “solidariedade a todos que estão enfrentando a doença” vem implementando contra os vigilantes uma escala que aumentou em 50% a presença deles na UnB, deixando-os mais expostos aos riscos de infecção pelo vírus.

Também fizeram falas pela diretoria do SINTFUB o coordenador geral Francisco de Assis Menezes e o coordenador de cultura Francisco de Assis da Silva.

Reivindicações

Por unanimidade, foi aprovada a manutenção do estado de greve dos vigilantes – deliberado anteriormente na reunião de 31/03 e na assembleia de 07/04.

Os vigilantes reivindicaram (também por unanimidade):

  • Manutenção da escala de pandemia;
  • Fornecimento de EPIs por parte da Reitoria;
  • Disponibilização de kits para segurança sanitária (com máscara, álcool 70% e luvas);
  • Ajuizar ação junto ao Ministério Público Federal (MPF) por melhores condições de trabalho e em defesa da vida;
  • Construir Audiência Pública na Câmara Federal em parceria com a deputada Erika Kokay (PT-DF).

Apoios recebidos

Além dos vigilantes da UnB, marcaram presença na Assembleia Setorial a CUT-DF (por meio do seu presidente, Rodrigo Rodrigues), a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) e a AdUnB (por meio do seu ex-presidente, Luis Antonio Pasquetti).

Protocolo sanitário

Todos os presentes estavam de máscara no fórum – que aconteceu em local aberto – e mantiveram o distanciamento mínimo de 1,5m.

Imagens

Confira abaixo as fotos da Assembleia Setorial dos Vigilantes de 14/04 disponíveis em nossa galeria de imagens:

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Mário Júnior

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