Na última quarta-feira (24/02) o Brasil chegou à marca oficial de 250 mil mortos por COVID-19. Hoje (01/03), quatro dias depois, esse número já soma 254.942 mortos – havendo ainda uma expectativa de que existam mais de 60 mil mortes subnotificadas.
O ritmo de mortes diárias vem se acelerando desde o fim do ano passado e as novas variantes do vírus se espalham rapidamente. O Distrito Federal, que nesta segunda-feira (01/03) está com deficit de mais de 80 leitos de UTIs (ou seja: mais de 80 pessoas que estão na fila dos hospitais, entre a vida e a morte, esperando por uma vaga de UTI), voltou a decretar lockdown e regredir a circulação de pessoas à fase mais restrita de todas, como aconteceu entre março e maio do ano passado.
Com mais de mil mortes por dia como ocorre atualmente, chegaremos às 300 mil no fim de março. Estamos, de fato, no pior momento da pandemia no país. E, sem vacina para todos, esse momento triste e preocupante segue sem prazo para acabar.
Isso poderia ser evitado? Com certeza!
Entre os erros cometidos pelos governos (Federal, Estaduais, Distrital e Municipais) podemos listar a resistência em implementar medidas que possibilitassem o isolamento social, especialmente em pagar auxílios emergenciais durante todo o período da pandemia.
Na última sexta-feira (26/02) completamos um ano do primeiro caso de COVID-19 no Brasil, mas apenas seis meses de auxílio emergencial foram pagos pelo Governo Federal aos brasileiros.
Os governadores e prefeitos também não se preocuparam muito com incentivos financeiros para que as pessoas pudessem ter tranquilidade econômica e realizarem uma quarentena de verdade.
Faltaram também testes e rastreamento dos casos confirmados, houve lentidão no fechamento de fronteiras, recusa em desenvolver vacinas, escassez de investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e falta de informação aos cidadãos.
Sobrou menosprezo pela vida, incentivo ao uso de medicamentos que não funcionam e disputas político-eleitorais.
A situação atual é de incertezas, ausência de vacinas e seringas nos postos de saúde.
Infelizmente, já entramos para a história como o pior país a se estar durante a pandemia de COVID-19. O povo brasileiro não merecia isso. Mas a história será implacável e os responsáveis por essa catástrofe, mais cedo ou mais tarde, vão acertar suas contas com ela.
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