Nesta terça-feira (08/12) o Brasil chega a uma triste e simbólica data: mil dias desde o assassinato brutal de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.
Levou quase um ano até que os assassinos fossem presos: Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz, ambos ex-policiais militares, estão na cadeia.
Um dirigiu o carro, o outro deu a saraivada de tiros que matou Marielle e Anderson. Por “coincidência” e “pura obra do destino”, um deles era vizinho do atual Presidente da República, Jair Bolsonaro.
São mil dias de muita luta por justiça, mas também de frustrações. Até hoje, praticamente nenhuma resposta foi dada pelas investigações sobre os mandantes desse crime político.
Se antes perguntávamos “quem matou Marielle?”, hoje a pergunta é outra: “quem mandou o vizinho do Presidente matar Marielle?”
Nossa pergunta segue sem resposta. Lessa e Queiroz nada falam sobre quem encomendou o crime. Mas isso não desmotiva todas e todos que pedem Justiça para Marielle e prisão de todos os envolvidos neste crime.
Faz mil dias que Marielle foi tirada de sua filha, de sua esposa, de sua família, de seu mandato no parlamento e de sua militância. Mas quem quis silenciar o discurso de Marielle, não conseguiu. Marielle floresceu, se multiplicou: hoje temos muitas Marielles não só na cidade do Rio de Janeiro-RJ, mas em todas as cidades do Brasil.
O SINTFUB soma sua voz às vozes que continuam cobrando do Estado Brasileiro a devida Justiça para Marielle até que ela seja feita. E, quando ela for feita, seguiremos celebrando a memória de Marielle e encampando a luta que era dela e que também é nossa: a luta por uma sociedade justa, igualitária, fraterna, emancipada e sem exploração.
Atos virtuais
Participe dos atos simbólicos que acontecem hoje (08/12).
Faça publicações em suas redes sociais cobrando Justiça para Marielle com a hashtag #MilDiasSemMarielle.
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