Na manhã desta quinta-feira, 25, a comissão responsável pela análise da situação do Restaurante Universitário – RU – encontrou-se com os representantes do SINTFUB e da ADUnB. A reunião teve como objetivo principal trazer informações que foram repassadas ao Conselho de Administração – CAD – referentes ao RU e expor uma nova proposta, que será levada ao CAD, novamente, no próximo mês.
Durante o evento, a Reitora Márcia Abrahão apresentou dados referentes ao orçamento geral da Universidade de Brasília para o ano de 2018 e explicou quais os motivos levariam a gestão da UnB a aumentar o preço das refeições do RU. Dentre eles, estava o fato do preço do RU não ser alterado desde 1994; a quantidade de alunos que fazem parte da assistência estudantil e que não podem deixar de receber esse auxílio para se manterem na universidade até o fim do curso; o número de refeições diárias estar chegando a quase 11 mil por dia; além das despesas que a estrutura do restaurante gera.
O comitê representante do SINTFUB, juntamente com os responsáveis da ADUnB, levantaram alguns pontos pertinentes para a discussão. O Secretário Geral da ADUnB, Wagner Rizzo, falou sobre “a possibilidade de mudar o local ou a infraestrutura do restaurante, de forma que não houvesse mais gastos com manutenção de elevadores, banheiros, dentre outros.” Frisou que o campus é grande e o restaurante poderia ser realocado para outro lugar mais acessível, no térreo.
Maurício Sabino, Coordenadores Geral do SINTFUB, destacou, ainda a diferença de preço do restaurante da ASFUB e do preço que querem vir a cobrar no RU: “Enquanto a comida do restaurante da ASFUB, que não é feita em grande escala, cobra-se 10 reais por um prato de comida, no RU, que são vendidas cerca de 11 mil refeições por dia, querem cobrar o valor de 13 reais. Torna-se claro que o valor do prato de comida para a empresa não chega nem a um terço desse valor que pretendem cobrar”, ressalta.
Rogério Marzola, Coordenador Geral do SINTFUB, falou como a proposta de aumento atual, de 7 para 13 reais, nas refeições para os funcionários da universidade acarretaria numa provável exclusão dos trabalhadores da Universidade no RU: “neste caso, seria mais cômodo e confortável que eles comprassem marmitas com vendedores ambulantes no Campus, com valores entre 8 e 10 reais. Comeriam de forma tranquila no horário de almoço, ao invés de pegarem filas demoradas, que tomam quase todo o tempo que possuem para se alimentarem, além de pagarem 13 reais.” destacou ainda sobre o número de vendedores informais espalhados pelo Darcy Ribeiro, que aumentaria drasticamente.
O evento foi encerrado com os representantes do SINTFUB e da ADUnB mantendo-se contra os preços absurdos que podem vir a ser cobrados dos funcionários da Universidade. De acordo com Márcia Abrahão, as informações geradas na reunião e a atual proposta de valor para as refeições do RU serão passadas ao CAD, em fevereiro, e lá serão decididos quais valores o RU adotara em 2018.
SINTFUB