O Conselho de Representantes – CR dos técnico-administrativos da UnB, reunidos nesta quarta-feira (29), deliberou encaminhar ao Decanato de Gestão de Pessoas – DGP da Universidade documento solicitando todos os processos sobre flexibilização da jornada de trabalho nos setores da UnB. O objetivo é analisar o procedimento e os métodos adotados para deferir ou indeferir tais processos, feitos, segundo membros da Comissão de Flexibilização da Jornada de Trabalho, de forma “não transparente, arbitrária e não inclusiva”.
Para analisar os processos, o Conselho de Representantes ainda deliberou a formação de um grupo com a participação dos membros da Comissão de Flexibilização e integrantes do CR. “O Sintfub disponibilizará máquina de Xerox e pessoal para fazermos a cópia dos processos de flexibilização. Isso não pode ser empecilho para que estes documentos não cheguem às nossas mãos”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Impasse
Mesmo com todas as reuniões e disposição de negociação dos servidores técnico-administrativos da UnB e do Sintfub, tudo indica que a administração superior da UnB quer, a qualquer preço, centralizar o processo de flexibilização da jornada de trabalho, inviabilizando, na maior parte das vezes, que haja a mudança proposta no tempo diário de trabalho de cada servidor.
Os representantes dos técnico-administrativos na Comissão de Flexibilização publicaram nota denunciando que, no dia 20 de outubro, receberam convocação do DGP para reunião no dia seguinte, 21 de outubro. Diz o documento: “A reunião, que não durou nem 30 minutos, consistiu na apresentação do Relatório de Flexibilização, feito pela própria decana de Gestão e Pessoas, sem espaço para contra argumentação. Essa apresentação gerou surpresa, pois a definição da participação dos técnico-administrativos, nos termos negociáveis na greve, é de junho, e a portaria que recompôs a Comissão de Flexibilização é de agosto. Entretanto, o relatório apresentado é de outubro. Com isso, conclui-se que a Comissão funcionou nesse intervalo sem nos convocar, apesar das sucessivas cobranças que fizemos nos órgãos colegiados nesse período, impedindo assim a participação dos técnico-administrativos na definição do relatório”, diz o documento.
O Relatório de Flexibilização e o parecer sobre o documento seriam apresentados no Conselho de Administração – CAD do dia 23 de outubro. Entretanto, por pressão de servidores, garantiu-se que apenas o Relatório fosse apresentado. Ainda no CAD do dia 23, os servidores técnico-administrativos garantiram o prazo de três semanas para que fossem analisados os processos de flexibilização.
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