Ditadura nunca mais

Cinquenta anos depois do golpe militar, a quadra de esportes da UnB – OCAS, um dos principais pontos de ataque aos professores, técnico-administrativos e estudantes da Universidade que lutavam contra o regime, se tornou espaço de resistência. O marco foi realizado em atividade que reuniu a comunidade universitária para descomemorar o cinquentenário da ditadura, nessa quarta-feira (2), na OCAS.

A atividade teve cunho político, e contou com o depoimento de professores, técnico-administrativos e estudantes, que relembraram os tempos de chumbo e contextualizaram a opressão de outrora com o novo modelo de ditadura implantado nos dias de hoje. “Uma maneira de homenagear é continuar a luta”, afirmou a professora da Faculdade de Educação da UnB Maria Luiza Pereira Angelim.

Após o ato da OCAS, os manifestantes desceram rumo ao Ceubinho para dar continuidade às atividades em descomemoração ao golpe de 1964. O Ceubinho era o local onde os estudantes realizavam suas assembléias no período da ditadura. Lá eles protestavam contra o regime ditatorial e planejavam as ações para dar fim ao golpe.

DITADURA NOS TEMPOS DE HOJE
Para a professora Maria Luiza Pereira Angelim, a ditadura ainda persiste, entretanto através de novas maneiras de manifestação. “Hoje, as manifestações ditatoriais estão nos impedimentos das manifestações de todas as ordens, na cultura machista, na cultura de preconceitos, no não reconhecimento de que somos todos iguais”, afirma.

Segundo a docente, a forma mais eficaz de dar fim à ditadura é atuar nos espaços formativos, principalmente nas escolas e na mídia. “Nosso grande ganho na resistência democrática é a gestão democrática nas escolas, seja de ensino fundamental, médio ou superior. No nosso caso aqui na UnB, queremos a paridade nos órgãos de consulta e deliberação. Outro foco a ser modificado é a mídia. É preciso fortalecer uma outra formatação de mídia que não a vendida pelo interesse comercial”, avalia.

As atividades para descomemorar os 50 anos do golpe militar de 1964 continuam nesta quinta-feira, dia 3, no anfiteatro 9 da UnB.




Ato pela descomemoração dos 50 anos do golpe militar

Servidores técnico-administrativos, professores e estudantes se reuniram na quadra de esportes da UnB – OCAS e no Ceubinho para discutir a resistência da democracia após o golpe militar de 1964.




Após ocupação, reitor da UNB chama servidores para negociar

O movimento dos servidores técnico-administrativos da UnB surtiu resultados positivos. Após a ocupação da reitoria na manhã desta terça-feira, dia 1º de abril, o reitor da Universidade, Ivan Camargo, chamou o Comando Local de Greve – CLG para negociar. O intuito era realizar o encontro já nesta quarta-feira (2/04). Entretanto, como o calendário de atividades de greve dos trabalhadores está cheio, a reunião de negociação será nesta sexta-feira, 4 de abril. Com o resultado, o grupo de grevistas desocupou o prédio da reitoria no fim da tarde desta terça-feira.

“Nosso ato foi vitorioso. Desde que entramos em greve no dia 17 de março, a administração superior da UnB só vem tendo ações no sentido de criminalizar e desmoralizar o nosso movimento de greve. Essa postura só fortaleceu o nosso movimento, prova disso é a ocupação de hoje. O reitor viu que os servidores estão dispostos a continuar a luta, que não vão desistir”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes, que também compõe o CLG.

Na ocupação desta terça-feira, os servidores técnico-administrativos da UnB foram até a reunião do Conselho de Entidades de Base – Centros Acadêmicos, onde receberam o apoio dos estudantes. Alguns deles chegaram a se juntar à categoria na ocupação do prédio da UnB.

O Comando Geral de Greve da Fasubra também reforçou a atividade dos técnico-administrativos da UnB, nesta terça-feira. “A notícia dos estados é de que os reitores não estão tendo coragem de atacar o movimento pela força da greve. Mas na UnB o informe é diferente. O reitor da Universidade vem tendo uma posição dura com o movimento grevista. Por isso a importância de arrancarmos uma reunião com o reitor”, disse o coordenador geral da Fasubra, Gibran Ramos, no encerramento da ocupação.

Nesta quarta-feira e quinta-feira (2 e 3/04), os servidores técnico-administrativos da UnB em greve participarão de ato para descomemorar os 50 anos do golpe militar, realizado em 1964. No dia 2/04, a atividade será às 9h, na quadra de esportes – OCAS e, logo após, ás 11h, o ato será no Ceubinho. Já no dia 3, as atividades serão realizadas às 10h, no anfiteatro 9.




Servidores ocupam reitoria da UNB

Centenas de servidores técnico-administrativos da UnB ocuparam na manhã desta terça-feira, dia 1º de abril, a reitoria da Universidade. Em greve desde o dia 17 de março, a categoria exige que a administração superior atenda a pauta de reivindicações dos trabalhadores.

Às 9h30 desta terça-feira, na Praça Chico Mendes, os servidores realizaram assembleia informativa. Na ocasião foi informado que, até agora, a Comissão de Negociação da administração da UnB se reuniu com o Comando Local de Greve – CLG dos servidores técnico-administrativos apenas uma vez e não avançou no pleito da categoria. “O que eles (a administração) ofereceram foi adiar por um mês a demissão dos servidores do Sicap e realizar um seminário para informar aos setores que não tiveram o processo de solicitação da flexibilização da jornada de trabalho aprovado os motivos da recusa. Isso não atende o nosso pleito”, afirmou o coordenador geral do Sintfub, mauro Mendes, que compõe o CLG.

Após a assembleia, os servidores desceram em marcha até a reitoria. Pacificamente, eles subiram as rampas do prédio, entraram na sala do reitor (que não estava na Universidade), e se aglomeraram no salão de atos. Ainda não há previsão para que os manifestantes se retirem do espaço.

Entre os pontos reivindicados pelos servidores técnico-administrativos estão a flexibilização da jornada de trabalho (seis horas diárias corridas); a revogação da privatização do Restaurante Universitário – RU; revogação do contrato da FUB com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh; e a não demissão dos servidores do Sicap.




Assembleia Geral

Os servidores técnico-administrativos da UnB realizarão assembleia geral no dia 1º de abril, terça-feira, às 9h, na Praça Chico Mendes. Na ocasião, será informado à categoria os resultados das reuniões realizadas entre o Comando Local da Greve e a Comissão de Negociação da Reitoria da UnB; traçadas as atividades para fortalecer o movimento grevista; e informado o quadro de mobilização nas demais instituições federais de ensino superior.

Após a assembleia, os servidores descerão em marcha até a reitoria para exigir que a pauta de luta interna dos trabalhadores seja atendida, assim como sejam cessadas as ações antissindicais realizadas pela reitoria da UnB.

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Administração superior da UNB atua novamente na tentativa de criminalizar a greve

Administração superior da UNB atua novamente na tentativa de criminalizar a greve

Nessa quarta-feira (26), o Comando Local de Greve – CLG realizou ato durante a reunião de Câmara de Gestão de Pessoas contra a intervenção arbitrária da administração superior da UnB, que ameaçou abertura de sindicância contra o Sintfub, por considerar ilegal o desconto do Fundo de Greve. Para o CLG, esta é mais uma tentativa da administração da UnB de criminalizar o movimento grevista.

De acordo com a Constituição Federal, os sindicatos podem agir, na condição de substituto processual, na defesa dos interesses individuais ou coletivos da categoria, tanto na esfera administrativa quanto na judicial (art. 8º. III da CF). A Lei nº 8.073/90 reforça tal prerrogativa, dispondo expressamente que as entidades podem atuar como substitutos processuais dos integrantes da categoria (art. 3º). A Lei nº 7.783, de 1989 (Lei de Greve) aplicada aos servidores públicos por decisão do Coletivo Supremo Tribunal Federal, afirma no artigo 6º, inciso II: “São assegurados aos grevistas, dentre outros direitos: (…) II – a arrecadação de fundos e a livre divulgação do movimento”.

O Fundo de Greve foi aprovado em duas assembleias consecutivas ocorridas, nos dias 11 e 17 de março, por unanimidade dos presentes. Trata-se de parcela única que corresponde ao desconto de 1% do salário do servidor (sindicalizado ou não) para custear a greve. Deste valor, 15% são destinados ao Comando Nacional de Greve (CNG/Fasubra) e os outros 85% são destinados ao Comando Grevista local (CLG). Com o recurso será produzido todo o material de divulgação da greve (impressão de Notas, Boletins, Cartazes, Faixas, Bandeiras, Camisetas, Equipamentos de som, e outros).

Ao final da greve, o Conselho Fiscal eleito no XVII Congresso do Sintfub, ocorrido nos dias 11, 12 e 13 de março de 2014, apresentará as contas à comunidade universitária.




9º Dia de greve

Cerca de 400 servidores técnico-administrativos da UnB realizaram ato na Universidade nesta terça-feira, 25. Os manifestantes passaram pelos ICCs Norte e Sul, pelos pavilhões João Calmon e Anísio Teixeira e pelo Restaurante Universitário. E todos os lugares, a categoria explicou à comunidade universitária os motivos da greve dos servidores.

Em greve desde o último dia 17, os trabalhadores exigem que o reitor da UnB, Ivan Camargo, contemple a pauta de reivindicação da categoria. Nesta quarta-feira, os servidores irão até à reitoria exigir uma resposta positiva do reitor, o que, até agora, se mostra inviável. Na última sexta-feira (21), o Tribunal Regional Federal da 1ª Região encaminhou ao Sintfub liminar determinando que os setores fechados pelo movimento fossem reabertos e, caso isso não fosse cumprido, estava “autorizada a força policial”. Próxima assembleia na terça-feira, 1º de abril. Acompanhe aqui pelo Face as notícias sobre a greve dos servidores técnico-administrativos da UnB e das outras universidades federais do país.




Comando local registra no CONSONI retorno da ditadura na UNB

Às 11h55 desta sexta-feira (21), chegou ao Sintfub liminar do Tribunal Regional da 1ª Região para “desobstruir o acesso aos edifícios e institutos do Campus Darcy Ribeiro”. Por meio da Advocacia Geral da União, o reitor da UnB ainda solicitou a força policial, caso a determinação não seja cumprida. O fato foi denunciado pelo Comando Local de Greve dos servidores técnico-administrativos da UnB durante reunião do Conselho Universitário – Consuni da UnB, realizado nesta sexta-feira.

O prazo determinado pela justiça para a desobstrução dos edifícios e institutos é de 12 horas. “Vamos cumprir a determinação judicial, mas lamentamos a postura autoritária da reitoria da UnB. A autonomia universitária não pode ser utilizada para determinar a continuidade da jornada de 30 horas semanais para os servidores técnico-administrativos, que foi, inclusive, promessa de campanha dessa gestão. Mas utilizam a autonomia universitária para tentar desmoralizar o movimento grevista”, denuncia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes, que compõe o Comando Local de Greve. “Não somos criminosos, somos trabalhadores técnico-administrativos em educação”, completa Rogério Marzola, integrante do Comando Local de Greve, durante a reunião do Consuni.

MATRACADA
Em alusão à dificuldade de diálogo com a reitoria, os servidores técnico-administrativos da UnB adotaram a utilização das matracas nos atos do movimento paredista. “Precisamos ser ouvidos”, afirma Mauro Mendes.

Na terça-feira, dia 25, a categoria voltará a se reunir em assembleia para discutir os rumos da greve. A atividade será às 9h, na Praça Chico Mendes.




Comando local orienta servidores do HUB a formarem comissão de mobilização

Os servidores da Fundação Universidade de Brasília – FUB lotados no Hospital Universitário de Brasília – HUB foram um dos principais prejudicados com entrada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, responsável pela gestão do Hospital. Após a entrada da empresa, foram várias as reclamações dos servidores sobre a retirada de direitos conquistados há anos. Os prejuízos dos servidores do HUB viraram pauta de reivindicação da greve da categoria em toda a UnB. Pra mobilizar os servidores do Hospital e conscientizá-los sobre a importância de aderir ao movimento paredista, o Comando Local de Greve dos técnico-administrativos da UnB realizou reunião com os trabalhadores nesta quinta-feira (20), no auditório do HUB.
 
A orientação do Comando Local de Greve é de que seja criada entre os servidores do quadro do HUB uma comissão de mobilização da greve no Hospital, que terá a função de discutir a melhor estratégia de se fazer o movimento no HUB. “Não temos outro caminho senão o da organização e da mobilização da nossa categoria”, afirma o coordenador de Administração do Sintfub, Messias Barbosa. 
 
“Apesar de ser fruto de projeto de iniciativa do Executivo Federal, a implantação da Ebserh foi bancada pela atual administração superior da UnB, que agora faz vista grossa para os problemas gerados aos servidores do quadro. Mas os servidores não devem baixar a guarda. São todos servidores da FUB, e não da Ebserh. Aderir à greve agora é lutar pela garantia de direitos”, avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes, que também compõe o Comando Local de Greve.
 
Um dos principais problemas gerados aos servidores do HUB com a entrada da Ebserh foi o aumento da jornada de trabalho. Os trabalhadores cumpriam jornada de seis horas diárias há cerca de 10 anos. Entretanto, o regime de trabalho da Ebserh é regido pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, que determina jornada de trabalho de oito horas diárias. A mudança de horário não foi totalmente implementada no HUB, mas já dá sinais com o aumento do número de plantões, trabalho em recessos e feriados, realidade que já atingiu a maioria dos servidores do quadro do Hospital.
 
Servidores do HUB que não querem continuar no hospital sob a gestão da Ebserh estão tendo dificuldade para serem realocados. Já os que não querem sair do Hospital, temem ser cedidos arbitrariamente. “As cessões devem ser aceitas pelo servidor. Ninguém pode ser transferido de local sem consentimento”, explica a integrante do Comando Local de Greve Socorro Marzola. Ela ainda lembra que nenhum servidor que aderir ao movimento grevista poderá receber falta.
 
FUNCIONAMENTO MÍNIMO
Para garantir a legalidade da greve dentro do HUB, 30% de servidores no exercício das atividades deverão manter-se no setor. Isso por que o serviço do HUB é caracterizado pela lei como serviço essencial. Entretanto, é importante lembrar que os 30% que deverão ser mantidos engloba todos os trabalhadores do hospital, e não só os da FUB.



Servidores da UNB participam de ato na esplanada dos ministérios

No terceiro dia de greve, os servidores técnico-administrativos da UnB participaram do ato funcionalismo público que reuniu mais de três mil servidores públicos federais de diversos setores, nesta quarta-feira (19), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em ano eleitoral e de Copa do Mundo, o funcionalismo se movimenta para garantir o atendimento das reivindicações, já que a lei de responsabilidade fiscal impõe restrições à atualização salarial nos 180 dias antes do pleito eleitoral.
 
Os servidores técnico-administrativos e demais trabalhadores do Executivo federal realizaram ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG. O objetivo era de que a ministra da pasta, Miriam Belchior, recebesse os representantes dos trabalhadores, que compõem o Fórum em Defesa do Serviço Público. Entretanto, mais uma vez, o pedido foi recusado. De acordo com o secretário adjunto de relações de trabalho da CUT Nacional, Pedro Armengol, o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do MPOG, Sérgio Mendonça, receberá a representação dos servidores.
 
“Nós estamos juntos, unidos na luta com os demais servidores do Executivo. Agora é a hora de fazermos história tanto em âmbito nacional como em âmbito local. Não podemos abrir mão dos nossos direitos e do avanço em conquistas que são essenciais para a valorização do servidor técnico-administrativo das universidades federais. Essa não é uma luta corporativista, mas é uma luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade”, avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
 
Como pauta de luta unificada, os servidores públicos federais defendem a definição da data-base para 1º de maio; política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações; retirada de reformas, projetos de lei, medidas provisórias e outras iniciativas que ferem ou tomam direitos dos servidores; antecipação para 2014 da parcela de reajuste salarial prevista para 2015, já que o índice apontado pelo governo não repõe sequer a inflação do período.
 
Entre os pontos de reivindicação dos técnico-administrativos da UnB estão a jornada de trabalho de seis horas diárias; revogação do aumento abusivo das moradias da UnB; revogação da privatização do Restaurante Universitário e do Hospital Universitário da UnB.
 
MAGISTÉRIO
Os professores da rede pública de ensino de todo o Brasil se aglomeraram em frente ao Congresso Nacional e marcharam até o Palácio do Planalto para exigir, entre outros pontos, 10% do PIB para a educação pública; votação imediata do Plano Nacional de Educação – PNE; cumprimento da lei do piso para o magistério. A manifestação foi o ponto máximo dos três dias de greve nacional, iniciada nessa segunda-feira (17), convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE.
 
Cerca de 85% dos estudantes do Brasil estão na rede pública de ensino. Mesmo com a responsabilidade de formar aproximadamente 40 milhões de crianças e adolescentes, os professores ainda são a categoria com menor salário dentre as de nível superior.
 
Desde 2008, vale em âmbito nacional a Lei do Piso Nacional do Magistério. Entretanto no Brasil, dos 26 estados e um Distrito Federal, apenas Acre, Tocantins, Distrito Federal e Ceará cumprem a lei, segundo o presidente da CNTE, Roberto Leão.
 
Além de lutarem para que todos os estados e municípios cumpram a Lei do Piso Nacional do Magistério, os trabalhadores em Educação também exigem que o índice de reajuste aplicado sobre o valor não seja o da inflação (INPC).
 
PNE
Uma das principais pautas dos educadores públicos do Brasil é a aprovação do Plano Nacional de Educação – PNE, com a garantia de que o financiamento seja direcionado apenas ao ensino público. O Plano propõe as diretrizes que vão nortear a educação brasileira nos próximos 10 anos.
 
O texto do PNE aprovado pela Câmara dos Deputados deixava claro que o investimento do Estado seria destinado apenas para o financiamento da educação pública. Entretanto, o projeto sofreu alterações no Senado Federal. A principal delas abre brecha para que o financiamento seja destinado também ao ensino privado.
 
“A escola que hoje precisa de investimento é a escola pública. Ela que está de portas abertas para a população, que recebe a todos, e que tem dificuldades. Portanto, ela precisa receber o investimento. Escola particular deve viver da sua própria renda. Dinheiro público é para a escola pública”, avalia o presidente da CNTE, Roberto Leão.



Terceiro dia de greve

No terceiro dia de greve, servidores técnico-administrativos da UnB e de várias universidades do país se somaram aos demais servidores do Executivo Federal de todo o Brasil, em ato no Ministério do Planejamento, nesta quarta-feira (19). A intenção dos servidores era de que a ministra da pasta, Miriam Belchior, recebesse a categoria. Entretanto, mais uma vez o pedido foi recusado. Uma delegação de representantes dos vários ramos do funcionalismo público estão, neste momento, em reunião com o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do MPOG, Sérgio Mendonça.




Servidores realizam ato e ratificam fechamento dos setores de trabalho

Com matracas, cartazes de greve e palavras de ordem, centenas de servidores técnico-administrativos da UnB realizaram, nesta terça-feira (18), ato na Universidade. Os manifestantes, que deflagraram greve nessa segunda-feira (17), percorreram em marcha o Restaurante Universitário e os ICCs Norte e Sul da UnB, e aprovaram em assembleia, por unanimidade, a manutenção do fechamento dos setores paralisados pela greve e a paralisação dos que continuam abertos.
 
Em reunião com Comando Local de Greve, nessa segunda-feira (17), representantes da reitoria da UnB mantiveram discurso inflexível quanto ao atendimento à pauta de reivindicação da categoria. Ao contrário de avançar no processo negocial, foi informado ao Comando Local de Greve que qualquer negociação só seria feita após a abertura dos setores paralisados.
 
Quanto aos pontos reivindicados pelos servidores, os representantes da reitoria ainda afirmaram que a jornada de trabalho de seis horas ininterruptas por dia é assunto superado e não voltará à pauta do Conselho de Administração (CAD) da UnB, colegiado que tem prerrogativa para discutir o tema.
 
Também não foi aceito ser discutido pela reitoria o fim da privatização do Restaurante Universitário, que hoje é gerido por empresa, mas continua recebendo dinheiro do governo.
 
O reconhecimento dos diplomas obtidos em países membros do Mercosul para fins de incentivo à qualificação e progressão funcional também foi recusado pela reitoria.
 
Os servidores técnico-administrativos da UnB voltarão a se reunir em assembleia na próxima terça-feira, dia 25, às 9h, na Praça Chico Mendes, para avaliar as atividades da greve e os resultados do movimento junto à reitoria.
 
MOVIMENTO NACIONAL
A greve dos servidores técnico-administrativos das universidades federais é um movimento nacional. Os trabalhadores lutam pelo cumprimento de uma pauta unificada de luta, mas cada estado tem também sua pauta local.
 
De acordo com o coordenador geral da Fasubra, federação que representa a categoria, Gibran Ramos Jordão, 22 sindicatos da base da Federação aderiram ao movimento paredista. “Isso quer dizer que mais de 22 universidades estão em greve, pois existem sindicatos que representam servidores de mais de uma instituição”, explica o dirigente sindical
 
Durante a falação na assembleia desta terça-feira (18), Gibran Ramos aproveitou para convocar os servidores técnico-administrativos da UnB para participarem do ato unificado do funcionalismo público, agendado para esta quarta-feira (19), às 9h, em frente ao Congresso Nacional. “O Sintfub estará presente neste ato. É importante que unamos forças para obtermos vitórias”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
 
HUB
Foi agendada para esta quinta-feira, dia 20, às 11h30, assembleia com os servidores do Hospital Universitário de Brasília – HUB. No encontro, será discutida a adesão dos servidores ao movimento grevista dos técnico-administrativos da UnB e as estratégias de luta da categoria para o atendimento de pautas específicas dos servidores do setor.