Servidores da UNB participam de ato na esplanada dos ministérios

No terceiro dia de greve, os servidores técnico-administrativos da UnB participaram do ato funcionalismo público que reuniu mais de três mil servidores públicos federais de diversos setores, nesta quarta-feira (19), na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em ano eleitoral e de Copa do Mundo, o funcionalismo se movimenta para garantir o atendimento das reivindicações, já que a lei de responsabilidade fiscal impõe restrições à atualização salarial nos 180 dias antes do pleito eleitoral.
 
Os servidores técnico-administrativos e demais trabalhadores do Executivo federal realizaram ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG. O objetivo era de que a ministra da pasta, Miriam Belchior, recebesse os representantes dos trabalhadores, que compõem o Fórum em Defesa do Serviço Público. Entretanto, mais uma vez, o pedido foi recusado. De acordo com o secretário adjunto de relações de trabalho da CUT Nacional, Pedro Armengol, o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do MPOG, Sérgio Mendonça, receberá a representação dos servidores.
 
“Nós estamos juntos, unidos na luta com os demais servidores do Executivo. Agora é a hora de fazermos história tanto em âmbito nacional como em âmbito local. Não podemos abrir mão dos nossos direitos e do avanço em conquistas que são essenciais para a valorização do servidor técnico-administrativo das universidades federais. Essa não é uma luta corporativista, mas é uma luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade”, avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
 
Como pauta de luta unificada, os servidores públicos federais defendem a definição da data-base para 1º de maio; política salarial permanente com reposição inflacionária, valorização do salário base e incorporação das gratificações; retirada de reformas, projetos de lei, medidas provisórias e outras iniciativas que ferem ou tomam direitos dos servidores; antecipação para 2014 da parcela de reajuste salarial prevista para 2015, já que o índice apontado pelo governo não repõe sequer a inflação do período.
 
Entre os pontos de reivindicação dos técnico-administrativos da UnB estão a jornada de trabalho de seis horas diárias; revogação do aumento abusivo das moradias da UnB; revogação da privatização do Restaurante Universitário e do Hospital Universitário da UnB.
 
MAGISTÉRIO
Os professores da rede pública de ensino de todo o Brasil se aglomeraram em frente ao Congresso Nacional e marcharam até o Palácio do Planalto para exigir, entre outros pontos, 10% do PIB para a educação pública; votação imediata do Plano Nacional de Educação – PNE; cumprimento da lei do piso para o magistério. A manifestação foi o ponto máximo dos três dias de greve nacional, iniciada nessa segunda-feira (17), convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE.
 
Cerca de 85% dos estudantes do Brasil estão na rede pública de ensino. Mesmo com a responsabilidade de formar aproximadamente 40 milhões de crianças e adolescentes, os professores ainda são a categoria com menor salário dentre as de nível superior.
 
Desde 2008, vale em âmbito nacional a Lei do Piso Nacional do Magistério. Entretanto no Brasil, dos 26 estados e um Distrito Federal, apenas Acre, Tocantins, Distrito Federal e Ceará cumprem a lei, segundo o presidente da CNTE, Roberto Leão.
 
Além de lutarem para que todos os estados e municípios cumpram a Lei do Piso Nacional do Magistério, os trabalhadores em Educação também exigem que o índice de reajuste aplicado sobre o valor não seja o da inflação (INPC).
 
PNE
Uma das principais pautas dos educadores públicos do Brasil é a aprovação do Plano Nacional de Educação – PNE, com a garantia de que o financiamento seja direcionado apenas ao ensino público. O Plano propõe as diretrizes que vão nortear a educação brasileira nos próximos 10 anos.
 
O texto do PNE aprovado pela Câmara dos Deputados deixava claro que o investimento do Estado seria destinado apenas para o financiamento da educação pública. Entretanto, o projeto sofreu alterações no Senado Federal. A principal delas abre brecha para que o financiamento seja destinado também ao ensino privado.
 
“A escola que hoje precisa de investimento é a escola pública. Ela que está de portas abertas para a população, que recebe a todos, e que tem dificuldades. Portanto, ela precisa receber o investimento. Escola particular deve viver da sua própria renda. Dinheiro público é para a escola pública”, avalia o presidente da CNTE, Roberto Leão.



Terceiro dia de greve

No terceiro dia de greve, servidores técnico-administrativos da UnB e de várias universidades do país se somaram aos demais servidores do Executivo Federal de todo o Brasil, em ato no Ministério do Planejamento, nesta quarta-feira (19). A intenção dos servidores era de que a ministra da pasta, Miriam Belchior, recebesse a categoria. Entretanto, mais uma vez o pedido foi recusado. Uma delegação de representantes dos vários ramos do funcionalismo público estão, neste momento, em reunião com o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público do MPOG, Sérgio Mendonça.




Servidores realizam ato e ratificam fechamento dos setores de trabalho

Com matracas, cartazes de greve e palavras de ordem, centenas de servidores técnico-administrativos da UnB realizaram, nesta terça-feira (18), ato na Universidade. Os manifestantes, que deflagraram greve nessa segunda-feira (17), percorreram em marcha o Restaurante Universitário e os ICCs Norte e Sul da UnB, e aprovaram em assembleia, por unanimidade, a manutenção do fechamento dos setores paralisados pela greve e a paralisação dos que continuam abertos.
 
Em reunião com Comando Local de Greve, nessa segunda-feira (17), representantes da reitoria da UnB mantiveram discurso inflexível quanto ao atendimento à pauta de reivindicação da categoria. Ao contrário de avançar no processo negocial, foi informado ao Comando Local de Greve que qualquer negociação só seria feita após a abertura dos setores paralisados.
 
Quanto aos pontos reivindicados pelos servidores, os representantes da reitoria ainda afirmaram que a jornada de trabalho de seis horas ininterruptas por dia é assunto superado e não voltará à pauta do Conselho de Administração (CAD) da UnB, colegiado que tem prerrogativa para discutir o tema.
 
Também não foi aceito ser discutido pela reitoria o fim da privatização do Restaurante Universitário, que hoje é gerido por empresa, mas continua recebendo dinheiro do governo.
 
O reconhecimento dos diplomas obtidos em países membros do Mercosul para fins de incentivo à qualificação e progressão funcional também foi recusado pela reitoria.
 
Os servidores técnico-administrativos da UnB voltarão a se reunir em assembleia na próxima terça-feira, dia 25, às 9h, na Praça Chico Mendes, para avaliar as atividades da greve e os resultados do movimento junto à reitoria.
 
MOVIMENTO NACIONAL
A greve dos servidores técnico-administrativos das universidades federais é um movimento nacional. Os trabalhadores lutam pelo cumprimento de uma pauta unificada de luta, mas cada estado tem também sua pauta local.
 
De acordo com o coordenador geral da Fasubra, federação que representa a categoria, Gibran Ramos Jordão, 22 sindicatos da base da Federação aderiram ao movimento paredista. “Isso quer dizer que mais de 22 universidades estão em greve, pois existem sindicatos que representam servidores de mais de uma instituição”, explica o dirigente sindical
 
Durante a falação na assembleia desta terça-feira (18), Gibran Ramos aproveitou para convocar os servidores técnico-administrativos da UnB para participarem do ato unificado do funcionalismo público, agendado para esta quarta-feira (19), às 9h, em frente ao Congresso Nacional. “O Sintfub estará presente neste ato. É importante que unamos forças para obtermos vitórias”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
 
HUB
Foi agendada para esta quinta-feira, dia 20, às 11h30, assembleia com os servidores do Hospital Universitário de Brasília – HUB. No encontro, será discutida a adesão dos servidores ao movimento grevista dos técnico-administrativos da UnB e as estratégias de luta da categoria para o atendimento de pautas específicas dos servidores do setor.



Segundo dia de greve

Segundo dia de greve, realizado nesta terça-feira (18), os servidores técnico-administrativos da UnB aprovaram em assembleia a continuidade do fechamento dos setores da Universidade e realizaram grande ato, passando pelo Restaurante Universitário e ICCs Norte e Sul.




Trabalhadores fecham setores da UNB

No primeiro dia de greve dos servidores técnico-administrativos da UnB, já foram fechados a Biblioteca Central, a prefeitura, a Rua de Serviço, o almoxarifado central, a Faculdade de Biologia, o Centro de Manutenção de Equipamentos Científicos (CME), a Faculdade de Direito, o Centro de Informática (CPD), a Secretaria de Administração Acadêmica (SAA), a Faculdade de Educação, a odontologia do HUB, a Faculdade de Tecnologia e o decanato de extensão.
 
Os servidores do campus de Planaltina realizarão reunião na tarde desta segunda-feira para discutir a adesão ao movimento grevista.
“Estamos a todo vapor! Convocamos todos os servidores e servidoras a se somarem na greve que só será suspensa quando nossa pauta de reivindicações for acatada”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Nesta terça-feira, dia 18, os servidores técnico-administrativos da UnB realizarão assembleia para discutir os rumos da greve. A atividade será às 9h, na Praça Chico Mendes. Após a reunião, a categoria realizará ato na Universidade.