Sintusp realiza protesto em frente ao HU e exige EPIs e testes às equipes do hospital

O Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP) realizou um protesto com os servidores do HU (Hospital Universitário) nesta quarta-feira (6), além de uma paralisação de quatro horas (das 11h às 15h), com a manutenção de escala mínima nos setores.

Foi organizado um ato em frente ao hospital para denunciar a realidade naquela unidade hospitalar e reivindicar que a Superintendência do HU dispense os que integram grupos de risco da Covid-19, faça contratações emergenciais de pessoal e providencie equipamentos de proteção individual (EPIs) e testes para diagnóstico da doença para todos os trabalhadoras e trabalhadores da unidade.

 

De acordo com o sindicato, mais de 30 profissionais do Hospital Universitário já foram diagnosticados com a Covid-19, três deles internados em estado grave.

 

Trabalhadora do HU e diretora do Sintusp, Rosane Meire Vieira disse que ao não liberar os servidores com mais de 60 anos de idade, os que tem comorbidades e as lactantes, e ao não fornecer máscaras e EPIs a todos os funcionários, “a Superintendência do HU e a Reitoria da USP demonstram o seu descaso e colocam em risco a vida dos profissionais”.

De acordo com o Sintusp, o superintendente do HU, Paulo Ramos Margarido, não demonstra a mínima intenção de negociar e atender às reivindicações dos trabalhadores, tendo se recusado a receber representantes do sindicato e dos servidores do HU. O sindicato denuncia que a superintendência do hospital nem mesmo responde os e-mails da entidade, reafirmando o desrespeito.

 

“A reitoria não age diferente, ou seja os trabalhadores e trabalhadoras do HU estão jogados  a própria sorte”, denuncia o diretor do Sintusp Reinaldo Souza.

 

A situação dos profissionais de saúde no país e em todo mundo, neste momento de pandemia, é bastante crítica. Na linha de frente do combate ao vírus, esses profissionais estão mais expostos ao contágio. O papel fundamental desses profissionais neste contexto contrasta, no entanto, com suas condições de trabalho. E no Hospital Universitário da USP (HU-USP) não é diferente.

 

O dirigente da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, Magno Carvalho, também do Sintusp, denuncia ser um absurdo realizar protestos e paralisações em defesa de EPIs e condições de trabalho. Magno também denuncia a irresponsabilidade do governo Bolsonaro diante da pandemia e chama a o povo a derrubá-lo.

Outros protestos já foram realizados anteriormente, as denúncias continuam. “Nossas vidas importam”, afirmam trabalhadoras e trabalhadores do HU da USP.




Pesquisadores projetam cenários de impacto social, econômico e ambiental causados pela pandemia

Um dos 115 projetos aprovados em edital lançado pelo Comitê de Pesquisa, Inovação e Extensão da Covid-19 (Copei) da UnB, o observatório de Predição e Acompanhamento da Epidemia Covid-19 (PrEpidemia) tem desenvolvido estudos e notas técnicas para ferramentalizar, com dados científicos, o diálogo sobre as políticas para contenção do avanço do novo coronavírus. O observatório é composto por equipe multidisciplinar de professores, pesquisadores e profissionais e tem o objetivo de acompanhar os impactos das políticas em áreas como saúde, educação, economia e mercado de trabalho.

 

O PrEpimedia foca as medidas de prevenção propostas para o Distrito Federal e para a Região Integrada de Desenvolvimento Econômico (RIDE). Os dados da primeira nota divulgada foram extraídos de mais de 40 mil respostas obtidas em questionário on-line feito com pais ou responsáveis por estudantes da rede pública e privada do DF e Entorno, desde o primeiro caso registrado no DF, em março.

 

Na segunda nota, os pesquisadores apontam projeção de número de infectados e de óbitos que podem ocorrer como resultado de diferentes níveis de relaxamento das políticas de isolamento. Os cenários propostos estão em consonância com atual debate público sobre melhores práticas para a retomada das atividades econômicas e comerciais nas regiões afetadas pela Covid-19.

 

Na previsão de relaxamento total de contenção, por exemplo, os especialistas identificam colapso no sistema público de saúde e grande número de mortes. Nos cenários mais flexíveis e moderados, os picos de internação serão menores e ocuparão menos leitos dos hospitais. No último cenário, com medida mais rígidas de isolamento, o número de mortes e de internações são baixos e reduzido risco de congestionamento do sistema de saúde.




Justiça barra reabertura do comércio no DF

A ganância do governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), para reabrir os comércios na capital federal e atender aos interesses de empresários foi barrada pela Justiça. Nessa quarta-feira (6), a juíza federal Kátia Balbino determinou que DF não pode reabrir estabelecimentos comerciais enquanto pendurar a pandemia do novo coronavírus, o COVID-19.

A previsão era de que as atividades voltassem a funcionar normalmente na próxima segunda (11). A decisão atende aos pedidos do Ministério Público Federal (MPF), do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério Público no Distrito Federal e Territórios (MPDFT).

De acordo com o presidente da CUT-DF, Rodrigo Rodrigues, a determinação assemelha-se ao que a Central vem defendendo desde o início da pandemia: o isolamento social — orientação da  Organização Mundial da Saúde (OMS) e de profissionais de saúde de todo o mundo — é a melhor forma de conter a propagação em massa do vírus.

“Reabrir os estabelecimentos comerciais nesse momento em que o número de casos só aumenta é colocar em risco a vida da população. Por isso, seguimos defendendo que, se você tem condições, fique em casa. Não há a menor dúvida de que o isolamento social é fundamental para conter a disseminação do COVID-19 e salvar vidas”, disse.

A decisão da juíza prevê ainda que a Justiça faça uma visita ao Palácio do Buriti para que o GDF apresente as medidas tomadas para combater a pandemia. Além disso, a Justiça exige transparência nos dados da rede pública de saúde.

No entanto, a determinação não dispõe sobre os estabelecimentos que já estão funcionando. Dessa forma, agências bancárias, clínicas, farmácias, e outros, seguem abertos.




Taxar grandes fortunas pode ajudar a salvar vidas na pandemia?

Desde que a pandemia do novo coronavírus se abateu sobre o Brasil centenas de projetos já foram apresentados por deputados e senadores com o objetivo de criar mecanismos que socorram a saúde e a economia neste momento de crise. Alguns deles miram nas grandes fortunas, acumuladas por 1% da população, para aumentar o orçamento e o investimento público em medidas que ajudem o país enfrentar as consequências geradas pela Covid-19.

A proposta, que segundo estimativas poderia render alguns bons bilhões de reais, vem nos últimos dias ganhando apoio popular em mobilizações lançadas na internet. Na plataforma de abaixo-assinados Change.org, por exemplo, ao menos três petições já foram abertas sobre o tema, acumulando juntas mais de 71 mil assinaturas. A maior delas, que sozinha reúne quase 63 mil apoiadores, foi criada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo.

“O Estado tem capacidade de aumentar o investimento público e deve agir urgentemente garantindo transferência de renda para salvar as vidas de quem mais precisa, as trabalhadoras e trabalhadores”, diz a petição. “É urgente que se implementem medidas de taxação no andar de cima para que caminhemos em direção à justiça tributária”, completa, sugerindo o aumento dos impostos de quem “pode mais” para proteger quem “pode menos”.

Tema que sempre gerou polêmica no Brasil, país com a segunda maior concentração de renda no mundo, de acordo com relatório da Organização das Nações Unidas (ONU), está neste momento de pandemia sendo defendido por parlamentares tanto da esquerda quanto da direita. Senadores e deputados federais de partidos como PSOL, PT, Cidadania, Podemos e PSDB pressionam pela criação do imposto – alguns já o faziam muito antes da pandemia.

“Precisamos corrigir injustiças para salvar vidas neste momento de pandemia”, afirmou em sua rede social o deputado federal Marcelo Freixo (PSOL-RJ) ao apresentar proposta para taxar os super-ricos e “socorrer os pobres e a classe média”. O parlamentar calcula um impacto de R$ 159,4 bilhões caso fossem taxados a renda e o patrimônio das pessoas que ganham mais de R$ 1,2 milhão por ano e daquelas que têm patrimônio superior a R$ 10 milhões.

Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH), da ONU, o 1% mais rico do Brasil concentra 28,3% da renda total do país. “Seguimos lutando no Congresso para enfrentar esta crise e garantir dignidade às pessoas que mais precisam”, acrescenta Freixo, propondo o fim da isenção do imposto de renda sobre lucros e dividendos, o aumento da alíquota máxima do imposto sobre heranças, a criação do tributo sobre grandes fortunas e da contribuição social sobre altas rendas, além da cobrança de IPVA sobre embarcações de luxo e aeronaves.

No outro campo político-partidário e outra casa do Congresso Nacional, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) fala a favor da criação do tributo sobre grandes fortunas ao defender um projeto de lei apresentado por ele ainda no ano passado, o 183/2019. “Os mais ricos têm que colaborar porque essa injustiça tem que ser corrigida”, diz o parlamentar em vídeo postado em sua página oficial no Facebook, chamando as pessoas a apoiarem a ida do PL a plenário.

O senador ainda explica que essa medida de taxação preocupa-se em corrigir uma “injustiça” para garantir o “equilíbrio tributário”, “principalmente agora que as novas medidas de crédito privilegiarão os mais ricos. É hora de toda a sociedade fazer sua parte”, afirma.

Taxar para salvar

A campanha lançada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, coletivos formados por centrais sindicais e movimentos populares, aposta que a taxação das fortunas dos milionários brasileiros pode salvar vidas, especialmente nesta pandemia do coronavírus, ao garantir com a transferência de renda mais investimentos para a área da saúde pública.

“A implementação de uma carga tributária justa e solidária permite que 99% da população possa a ter uma renda disponível maior, o Estado aumenta sua capacidade de investimento no Sistema Público de Saúde (SUS) e amplia ações de proteção social, de modo a garantir uma vida digna a toda a população”, propõem as frentes na campanha.

O abaixo-assinado, aberto há 10 dias, ganhou 8,4 mil apoiadores apenas nas últimas 24 horas. Além do imposto sobre grandes fortunas, algumas das outras medidas defendidas na petição são: taxação de lucros e dividendos das pessoas físicas detentoras de cotas e ações de empresas; instituição de alíquota sobre os lucros remetidos ao exterior; tornar mais efetiva a cobrança do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), atualizando valores em defasagem; e empréstimo compulsório das empresas com patrimônio superior a R$ 1 bilhão.

Movimento de enfrentamento ao coronavírus

Assim como a campanha a favor da taxação das grandes fortunas, outras estão sendo erguidas por brasileiros em busca de soluções que aliviem diferentes setores da sociedade durante a pandemia da Covid-19. Para dar mais visibilidade às causas, a Change.org criou uma página que apresenta mais de 200 petições com 3,1 milhões de assinaturas sobre o tema.




PLP 39 volta ao Senado: congelamento de salário de servidores e fraude na Dívida Pública são mantidos

O objetivo de aprofundar a retirada de direitos dos trabalhadores e garantir privilégios ao setor financeiro, aproveitando da pandemia do coronavírus, segue no centro das ações do governo Bolsonaro e do Congresso e, nesta terça-feira (5), foi dado mais um passo neste sentido com a votação do PLP (Projeto de Lei Complementar) n° 39 pela Câmara.

 

Os deputados aprovaram projeto por maioria de votos, mas como ocorreram algumas mudanças no texto, a proposta terá de ser votada novamente pelo Senado, que já a havia aprovado no último sábado.

Congelamento salarial

 

O PLP 39 prevê repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios, mas em contrapartida cobra a fatura dos servidores públicos, impondo o congelamento de salários para todo o funcionalismo, sejam federais, estaduais e municipais. Ficam vedadas também contratações e a realização de concursos públicos. Um “sonho” do ministro Paulo Guedes, por várias vezes anunciado.

 

Numa tentativa de minimizar o impacto negativo da medida, principalmente no momento em que os serviços públicos são essenciais em meio à crise do coronavírus, algumas categorias ficariam de fora do arrocho salarial, como os funcionários das Forças Armadas, profissionais da saúde, servidores da assistência, limpeza e segurança pública, incluindo polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civil, militar e os bombeiros.

 

Ontem, na Câmara, também foram excluídos os professores, mas o presidente do Senado Davi Alcolumbre já anunciou que é contra qualquer alteração no texto. O fato, contudo, é que o PLP atingirá a maioria das categorias do funcionalismo em todo o país.

 

Esquema fraudulento com a Dívida Pública

 

O PLP inclui ainda outro golpe camuflado na “ajuda” aos estados. É a chamada “securitização de créditos públicos”. O nome é complicado e, de fato, é um complexo esquema fraudulento que aumenta a Dívida Pública, com desvio de recursos para o setor financeiro.

 

Segundo denuncia a Auditoria Cidadã da Dívidaestados e os municípios irão reciclar sua dívida com a União, que já foi paga diversas vezes, mudando de credor, “passando a dever aos bancos de forma ainda mais onerosa”.

 

“O pagamento da securitização se dá por fora do orçamento público, mediante a cessão do fluxo de arrecadação de estados e municípios, que perderão o controle sobre suas receitas”, denuncia em nota, que alerta ainda que todo o esquema ocorre durante o percurso do dinheiro pela rede bancária.

 

O esquema compromete o fluxo de arrecadação de estados e municípios de forma definitiva, o que irá trazer graves consequências para a população e serviços públicos.

 

É preciso barrar estes ataques




Coronavírus é considerado pelo Supremo Tribunal Federal como doença ocupacional

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a contaminação de um trabalhador por covid-19 pode ser considerada uma doença ocupacional. Muitos trabalhadores estão expostos ao novo coronavírus por negligência dos patrões e essa decisão reforça a garantia de direitos diante da doença.

Ao reconhecer a covid-19 como doença ocupacional, é permitido aos trabalhadores dos considerados serviços essenciais, que vierem a se contaminar pelo vírus, que tenham garantidos benefícios como auxílio-doença e que estejam protegidos pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

 

A decisão foi tomada no dia 29 de abril e suspende, em caráter provisório, o artigo 29 da Medida Provisória 927/2020 que não considerava o vírus como doença ocupacional.

 

Também suspende o artigo 31 que limitava a fiscalização de auditores inspecionarem os locais de trabalho e autuar possíveis irregularidades.

 

A decisão foi tomada a partir de ações feitas por sindicatos e partidos políticos que questionam esses artigos como inconstitucionais.

 

Para o integrante do Setorial de Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas Jordano Carvalho a contaminação do coronavírus, de fato, tem de ser considerada como doença ocupacional, pois os (as) trabalhadores (as) estão sendo colocados (as) em condições nos ambientes de trabalho que os expõem ao risco da contaminação.

 

“Em boa parte dos ambientes de trabalho há grandes aglomerações, falta equipamentos de proteção de qualidade, de materiais de higienização. O risco que passam nos meios de transporte para chegar até o ambiente de trabalho e no retorno para casa também enfrentam aglomerações”, aponta.

 

Jordano reforça a importância da medida na proteção dos trabalhadores e para que tenham direitos garantidos. “Se o trabalhador está exposto ao risco da contaminação em decorrência do seu trabalho e este é um forte motivo para a contaminação então tem de ser considerada doença ocupacional”, conclui.




SJPDF pede prioridade em investigações e questiona GDF sobre falta de atuação contra agressões

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF solicitou à Secretaria de Segurança Pública do DF que dê atenção especial às investigações envolvendo as agressões cometidas contra jornalistas nos últimos dias, tanto na sexta-feira (01/05) quanto no domingo (03/05).

Já há inquérito instaurado na Polícia Civil e o pedido do Sindicato é que ele seja conduzido com prioridade, tendo em vista o grave atentado à liberdade de imprensa e à democracia. Também solicitamos que seja apurada a atuação da Polícia Militar no episódio, já que recebemos denúncias de que teria ocorrido omissão na prestação de socorro aos profissionais de imprensa agredidos.

O SJPDF também já questionou o governo do DF sobre quais medidas estão sendo tomadas para evitar novas aglomerações e atuações violentas por parte dos grupos que, além de defender o governo do presidente Jair Bolsonaro, atacam instituições como o Judiciário e o Legislativo, em flagrante ato inconstitucional. São esses mesmos grupos que, de forma sistemática, ofendem e colocam em risco a vida dos jornalistas do Distrito Federal.

Ainda na segunda-feira (04/05), o SJPDF solicitou também providências por parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e colocou-se à disposição do Ministério Público do DF e Territórios para auxiliar nas apurações demandadas pela Procuradoria-Geral da República.

Basta de ataques contra jornalistas!




Brasil tem 109 mil casos de Covid-19 e 7.395 mortes, mas número real pode ser maior

O Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil infectados pelo novo coronavírus (Covid-19). Já são 109 mil os casos confirmados da doença e pelo menos 7.395 mortes, segundo balanço das Secretarias Estaduais de Saúde divulgado nesta terça-feira (5). No entanto, o número real pode ser bem maior. Há muita subnotificação por falta de exames, demora nos resultados e pessoas morrendo em casa com diagnóstico de problema pulmonar.

Correndo contra o avanço da doença, vários estados endureceram as medidas restritivas para conter a disseminação da doença, como é o caso do Maranhão que, nesta terça, determinou o lockdown, bloqueio total da capital e três cidades da Região Metropolitana de São Luís.

No Pará, onde o governador Helder Barbalho também analisa a adoção do confinamento obrigatório, os leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Belém estão quase todos lotados e o Estado já registra 4.262 infectados e 344 mortos.

O afrouxamento da quarentena em Santa Catarina, depois da reabertura dos comércios, fez os casos de Covid-19 disparar. O estado tem 2.623 casos confirmados e 55 mortes. Em 46 municípios a situação é de emergência, segundo um levantamento feito pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

Uso obrigatório de máscaras no Estado de SP e bloqueio na capital

Estado mais afetado pela pandemia, em São Paulo o número de mortes por coronavírus subiu para 2.654 nesta segunda-feira (4), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. No total, já são 32.187 casos confirmados da doença.

A média de mortes cresceu 280% no último mês. Na última semana, a média foi de 118 óbitos por dia. Um mês atrás, a taxa era de 31 mortes confirmadas diariamente.
O governador João Doria (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (4), que decretará a obrigatoriedade do uso de máscaras nas vias públicas de todo o estado a partir da próxima quinta-feira (7). Segundo ele, a medida será aplicada para qualquer pessoa que esteja “caminhando ou andando ou se dirigindo a qualquer local no estado”.

A regulamentação das sanções a quem descumprir a determinação será feita pelas 645 prefeituras, que definirão como será feita a fiscalização e quais serão as punições para quem descumprir as regras.

Para conter a circulação de veículos na capital paulista, a prefeitura de São Paulo ampliou os pontos de bloqueio na cidade na manhã desta terça-feira (5). Apenas a faixa de ônibus estará preservada para os coletivos, viaturas em serviço e prestadores de serviço da área da saúde.

O objetivo da ação, de acordo com a prefeitura, é estimular a população a aderir ao isolamento social e impedir o avanço do novo coronavírus.

Pesquisa “Viver em São Paulo – Especial Pandemia”, a Rede Nossa São Paulo mostra que 68% dos paulistanos apoiam as ações do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e do prefeito Bruno Covas (PSDB), no combate à pandemia.

Manaus no epicentro da crise

Um dos estados que chama mais atenção e preocupa as autoridades da saúde é o Amazonas que atravessa uma grave crise no sistema de saúde e nos serviços funerários que beiram o colapso, especialmente na capital Manaus.

O número de mortes disparou em Manaus desde o início da pandemia. Com mais de 559 novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas, o Amazonas atingiu 7.242 casos da doença e 584 mortes.

Em uma semana, os casos confirmados do novo coronavírus do estado aumentaram 58,2%.




Não à retirada de direitos dos servidores públicos

Diante de mais um ataque desferido pelo governo por meio do PLP 39/2020 às trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, apresentado e aprovado no Senado no último sábado (2/5), pelo relator e senador David Alcolumbre (DEM – AP), que visa o auxílio financeiro aos estados, distrito federal e municípios, mas congela o salário de servidores públicos até dezembro de 2021, a Direção Nacional da FASUBRA Sindical faz um chamado às entidades de base.

O PLP ainda necessita de aprovação da Câmara dos Deputados e, portanto, a DN da FASUBRA orienta as entidades de base a fazerem pressão virtual aos parlamentares de seus estados para que votem contra o artigo que retira o direito dos servidores públicos.

Lembramos que as votações iniciam a partir desta segunda-feira (4/5) e são virtuais. Sendo assim, a pressão aos deputados(as) deve iniciar imediatamente, pois nesse momento é fundamental que se posicionem contrários a mais este ataque.

Sobre o PLP 39/2020

O projeto prevê ainda condições de negociação das dívidas com a União, dentre outras propostas de auxílio durante o período da pandemia. Em contrapartida estados e municípios ficam impedidos de criar despesas obrigatórias até dezembro de 2021, ou seja, realizar concurso público e conceder reajuste a trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, exceto os das áreas de saúde, segurança, assistência e militares.

Essa proposta tramitava na Câmara dos Deputados como PLP 149/19 e apresenta uma política de cortes e austeridade, onde quem pagará a conta será os servidores públicos.




FONASEFE exige retirada dos artigos 7 e o do PLP 39/2020

Em carta dirigida aos deputados(as) entidades do FONASEFE, entre elas a FASUBRA Sindical, pedem a retirada dos artigos 7 e 8 do PLP 39/2020, que destina recursos para estados e municípios, mas congela os salários das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público em plena pandemia.

“Defendemos a necessidade de destinar recursos para que estados e municípios possam prestar melhores serviços para atendimento da população. Mas quem vai prestar esses serviços essenciais à população? São servidores e servidoras público(a)s municipais, estaduais e federais”.

Na carta, ao invés de os trabalhadores pagarem a conta, o FONASEFE reforça que há outras formas como a taxação das grandes fortunas e operações financeiras e a suspensão do pagamento dos juros da dívida.




SINTFUB ganha ação que reconhece o direito das servidoras nutrizes a jornada de trabalho de 06 (seis) horas diárias

O SINTFUB obteve êxito restabelecendo a Resolução Administrativa nº 0028/2016, a qual reconhece o direito das servidoras nutrizes a jornada de trabalho de 06 (seis) horas diárias e/ou 30 (trinta) horas semanais. O benefício foi concedido por meio da decisão proferida no processo judicial nº 75534-08.2016.4.01.3400, em julgamento da 1ª Turma do TRF da 1ª Região, bem como requereu-se que sejam adotadas as providências necessárias para fins de dar cumprimento imediato da citada decisão e assegurar a todas servidoras nutrizes o exercício do direito previsto na Resolução Administrativa nº 0028/2016.

A decisão alinha as ações do SINTFUB às recomendações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde, que preconizam a amamentação materna até os dois anos de vida do bebê.

O SINTFUB hoje é uma entidade que possui uma política de gênero muito concreta, madura, e que mostra em atos, não apenas no discurso, como fazer uma política interna que beneficie a seus filiados.




1º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador 134 anos de luta (1886-2020)

O 1º de Maio deste ano será comemorado com muita reflexão pelos trabalhadores, dentro de suas casas, se protegendo contra o novo Coronavírus, sem nenhuma manifestação como de costume em todos os cantos do mundo.

Mais uma vez, a data precisa ser lembrada por causa dos nossos mártires que perderam suas vidas na grande greve histórica em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, uma cidade dominada à época pela máfia. Naquele dia vários homens e mulheres perderam suas vidas lutando pela redução da jornada de trabalho, salário mínimo, melhores condições de trabalho e contra a exploração da mão de obra infantil. Muitas lideranças da greve foram depois julgadas e enforcadas pela justiça patronal da época.

Muita coisa mudou. Muitas conquistas foram se acumulando, mas a vigília e a luta são eternas. Por isso, neste 1º de maio é preciso fazer a luta silenciosa contra as mesmas forças opressoras do capital.

Segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, 195 milhões de pessoas perderam seus empregos no mundo por causa da pandemia do coronavírus. Assim, mais uma vez a classe trabalhadora paga a conta com suas vidas e seus meios de sustento.

Aqui no Brasil a situação é drástica. Há três crises que assolam o país: a sanitária, a econômica e a política.

O ministro da Saúde, que antes combateu o SUS – Sistema Único de Saúde, passou a se ancorar no SUS e a seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde e foi demitido, por um presidente da República negacionista que diz que a pandemia não passa de uma “gripezinha”.

No Ministério da Justiça havia um ex-juiz chamado de “ladrão” e com vasta ficha criminal de um processo ilegal e sem provas que levou Lula a 580 dias de prisão que pede demissão e acusa o presidente Bolsonaro de uma série de crimes, inclusive de “responsabilidade”, que já levou a Câmara dos Deputados a receber 32 pedidos de impeachment.

Além de lutar pela sua vida e de seus familiares, o trabalhador, neste 1º de maio, tem o dever de fazer o que for possível para que suas lutas tenham vez e voz, visibilidade e que possam ser compartilhada pelos demais membros de sua categoria profissional.

O futuro pós-pandemia não pode esperar. É preciso agir agora, neste momento, e exigir responsabilidade dos nossos parlamentares federais e distritais, do GDF e se esforçar para afastar da Presidência da República um presidente genocida, que até o momento não deu uma palavra sobre as mortes no país nem governa mais a Nação, pois está totalmente concentrado em evitar a prisão de seus filhos envolvidos em crimes de fake news, no comando do gabinete do ódio, e lavagem de dinheiro na “rachadinha”.

Oxalá, o STF – Supremo Tribunal Federal seja mais ágil e afaste do cargo o presidente Bolsonaro por uma série de crimes já denunciados ao Tribunal por participação em atos que ferem a Constituição, e que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF e a volta do AI-5 – Ato Institucional nº 5.

Que venha mais um 1º de Maio, pois a luta não para.

 

Por Camila Piacesi