PLP 39 volta ao Senado: congelamento de salário de servidores e fraude na Dívida Pública são mantidos

O objetivo de aprofundar a retirada de direitos dos trabalhadores e garantir privilégios ao setor financeiro, aproveitando da pandemia do coronavírus, segue no centro das ações do governo Bolsonaro e do Congresso e, nesta terça-feira (5), foi dado mais um passo neste sentido com a votação do PLP (Projeto de Lei Complementar) n° 39 pela Câmara.

 

Os deputados aprovaram projeto por maioria de votos, mas como ocorreram algumas mudanças no texto, a proposta terá de ser votada novamente pelo Senado, que já a havia aprovado no último sábado.

Congelamento salarial

 

O PLP 39 prevê repasse de R$ 60 bilhões a estados e municípios, mas em contrapartida cobra a fatura dos servidores públicos, impondo o congelamento de salários para todo o funcionalismo, sejam federais, estaduais e municipais. Ficam vedadas também contratações e a realização de concursos públicos. Um “sonho” do ministro Paulo Guedes, por várias vezes anunciado.

 

Numa tentativa de minimizar o impacto negativo da medida, principalmente no momento em que os serviços públicos são essenciais em meio à crise do coronavírus, algumas categorias ficariam de fora do arrocho salarial, como os funcionários das Forças Armadas, profissionais da saúde, servidores da assistência, limpeza e segurança pública, incluindo polícias federal, rodoviária federal, ferroviária federal, civil, militar e os bombeiros.

 

Ontem, na Câmara, também foram excluídos os professores, mas o presidente do Senado Davi Alcolumbre já anunciou que é contra qualquer alteração no texto. O fato, contudo, é que o PLP atingirá a maioria das categorias do funcionalismo em todo o país.

 

Esquema fraudulento com a Dívida Pública

 

O PLP inclui ainda outro golpe camuflado na “ajuda” aos estados. É a chamada “securitização de créditos públicos”. O nome é complicado e, de fato, é um complexo esquema fraudulento que aumenta a Dívida Pública, com desvio de recursos para o setor financeiro.

 

Segundo denuncia a Auditoria Cidadã da Dívidaestados e os municípios irão reciclar sua dívida com a União, que já foi paga diversas vezes, mudando de credor, “passando a dever aos bancos de forma ainda mais onerosa”.

 

“O pagamento da securitização se dá por fora do orçamento público, mediante a cessão do fluxo de arrecadação de estados e municípios, que perderão o controle sobre suas receitas”, denuncia em nota, que alerta ainda que todo o esquema ocorre durante o percurso do dinheiro pela rede bancária.

 

O esquema compromete o fluxo de arrecadação de estados e municípios de forma definitiva, o que irá trazer graves consequências para a população e serviços públicos.

 

É preciso barrar estes ataques




Coronavírus é considerado pelo Supremo Tribunal Federal como doença ocupacional

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a contaminação de um trabalhador por covid-19 pode ser considerada uma doença ocupacional. Muitos trabalhadores estão expostos ao novo coronavírus por negligência dos patrões e essa decisão reforça a garantia de direitos diante da doença.

Ao reconhecer a covid-19 como doença ocupacional, é permitido aos trabalhadores dos considerados serviços essenciais, que vierem a se contaminar pelo vírus, que tenham garantidos benefícios como auxílio-doença e que estejam protegidos pelo INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social).

 

A decisão foi tomada no dia 29 de abril e suspende, em caráter provisório, o artigo 29 da Medida Provisória 927/2020 que não considerava o vírus como doença ocupacional.

 

Também suspende o artigo 31 que limitava a fiscalização de auditores inspecionarem os locais de trabalho e autuar possíveis irregularidades.

 

A decisão foi tomada a partir de ações feitas por sindicatos e partidos políticos que questionam esses artigos como inconstitucionais.

 

Para o integrante do Setorial de Saúde do Trabalhador da CSP-Conlutas Jordano Carvalho a contaminação do coronavírus, de fato, tem de ser considerada como doença ocupacional, pois os (as) trabalhadores (as) estão sendo colocados (as) em condições nos ambientes de trabalho que os expõem ao risco da contaminação.

 

“Em boa parte dos ambientes de trabalho há grandes aglomerações, falta equipamentos de proteção de qualidade, de materiais de higienização. O risco que passam nos meios de transporte para chegar até o ambiente de trabalho e no retorno para casa também enfrentam aglomerações”, aponta.

 

Jordano reforça a importância da medida na proteção dos trabalhadores e para que tenham direitos garantidos. “Se o trabalhador está exposto ao risco da contaminação em decorrência do seu trabalho e este é um forte motivo para a contaminação então tem de ser considerada doença ocupacional”, conclui.




SJPDF pede prioridade em investigações e questiona GDF sobre falta de atuação contra agressões

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF solicitou à Secretaria de Segurança Pública do DF que dê atenção especial às investigações envolvendo as agressões cometidas contra jornalistas nos últimos dias, tanto na sexta-feira (01/05) quanto no domingo (03/05).

Já há inquérito instaurado na Polícia Civil e o pedido do Sindicato é que ele seja conduzido com prioridade, tendo em vista o grave atentado à liberdade de imprensa e à democracia. Também solicitamos que seja apurada a atuação da Polícia Militar no episódio, já que recebemos denúncias de que teria ocorrido omissão na prestação de socorro aos profissionais de imprensa agredidos.

O SJPDF também já questionou o governo do DF sobre quais medidas estão sendo tomadas para evitar novas aglomerações e atuações violentas por parte dos grupos que, além de defender o governo do presidente Jair Bolsonaro, atacam instituições como o Judiciário e o Legislativo, em flagrante ato inconstitucional. São esses mesmos grupos que, de forma sistemática, ofendem e colocam em risco a vida dos jornalistas do Distrito Federal.

Ainda na segunda-feira (04/05), o SJPDF solicitou também providências por parte do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República e colocou-se à disposição do Ministério Público do DF e Territórios para auxiliar nas apurações demandadas pela Procuradoria-Geral da República.

Basta de ataques contra jornalistas!




Brasil tem 109 mil casos de Covid-19 e 7.395 mortes, mas número real pode ser maior

O Brasil ultrapassou a marca dos 100 mil infectados pelo novo coronavírus (Covid-19). Já são 109 mil os casos confirmados da doença e pelo menos 7.395 mortes, segundo balanço das Secretarias Estaduais de Saúde divulgado nesta terça-feira (5). No entanto, o número real pode ser bem maior. Há muita subnotificação por falta de exames, demora nos resultados e pessoas morrendo em casa com diagnóstico de problema pulmonar.

Correndo contra o avanço da doença, vários estados endureceram as medidas restritivas para conter a disseminação da doença, como é o caso do Maranhão que, nesta terça, determinou o lockdown, bloqueio total da capital e três cidades da Região Metropolitana de São Luís.

No Pará, onde o governador Helder Barbalho também analisa a adoção do confinamento obrigatório, os leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) de Belém estão quase todos lotados e o Estado já registra 4.262 infectados e 344 mortos.

O afrouxamento da quarentena em Santa Catarina, depois da reabertura dos comércios, fez os casos de Covid-19 disparar. O estado tem 2.623 casos confirmados e 55 mortes. Em 46 municípios a situação é de emergência, segundo um levantamento feito pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).

Uso obrigatório de máscaras no Estado de SP e bloqueio na capital

Estado mais afetado pela pandemia, em São Paulo o número de mortes por coronavírus subiu para 2.654 nesta segunda-feira (4), segundo a Secretaria Estadual de Saúde. No total, já são 32.187 casos confirmados da doença.

A média de mortes cresceu 280% no último mês. Na última semana, a média foi de 118 óbitos por dia. Um mês atrás, a taxa era de 31 mortes confirmadas diariamente.
O governador João Doria (PSDB) anunciou, nesta segunda-feira (4), que decretará a obrigatoriedade do uso de máscaras nas vias públicas de todo o estado a partir da próxima quinta-feira (7). Segundo ele, a medida será aplicada para qualquer pessoa que esteja “caminhando ou andando ou se dirigindo a qualquer local no estado”.

A regulamentação das sanções a quem descumprir a determinação será feita pelas 645 prefeituras, que definirão como será feita a fiscalização e quais serão as punições para quem descumprir as regras.

Para conter a circulação de veículos na capital paulista, a prefeitura de São Paulo ampliou os pontos de bloqueio na cidade na manhã desta terça-feira (5). Apenas a faixa de ônibus estará preservada para os coletivos, viaturas em serviço e prestadores de serviço da área da saúde.

O objetivo da ação, de acordo com a prefeitura, é estimular a população a aderir ao isolamento social e impedir o avanço do novo coronavírus.

Pesquisa “Viver em São Paulo – Especial Pandemia”, a Rede Nossa São Paulo mostra que 68% dos paulistanos apoiam as ações do governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e do prefeito Bruno Covas (PSDB), no combate à pandemia.

Manaus no epicentro da crise

Um dos estados que chama mais atenção e preocupa as autoridades da saúde é o Amazonas que atravessa uma grave crise no sistema de saúde e nos serviços funerários que beiram o colapso, especialmente na capital Manaus.

O número de mortes disparou em Manaus desde o início da pandemia. Com mais de 559 novos casos confirmados de Covid-19 em 24 horas, o Amazonas atingiu 7.242 casos da doença e 584 mortes.

Em uma semana, os casos confirmados do novo coronavírus do estado aumentaram 58,2%.




Não à retirada de direitos dos servidores públicos

Diante de mais um ataque desferido pelo governo por meio do PLP 39/2020 às trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, apresentado e aprovado no Senado no último sábado (2/5), pelo relator e senador David Alcolumbre (DEM – AP), que visa o auxílio financeiro aos estados, distrito federal e municípios, mas congela o salário de servidores públicos até dezembro de 2021, a Direção Nacional da FASUBRA Sindical faz um chamado às entidades de base.

O PLP ainda necessita de aprovação da Câmara dos Deputados e, portanto, a DN da FASUBRA orienta as entidades de base a fazerem pressão virtual aos parlamentares de seus estados para que votem contra o artigo que retira o direito dos servidores públicos.

Lembramos que as votações iniciam a partir desta segunda-feira (4/5) e são virtuais. Sendo assim, a pressão aos deputados(as) deve iniciar imediatamente, pois nesse momento é fundamental que se posicionem contrários a mais este ataque.

Sobre o PLP 39/2020

O projeto prevê ainda condições de negociação das dívidas com a União, dentre outras propostas de auxílio durante o período da pandemia. Em contrapartida estados e municípios ficam impedidos de criar despesas obrigatórias até dezembro de 2021, ou seja, realizar concurso público e conceder reajuste a trabalhadoras e trabalhadores do serviço público, exceto os das áreas de saúde, segurança, assistência e militares.

Essa proposta tramitava na Câmara dos Deputados como PLP 149/19 e apresenta uma política de cortes e austeridade, onde quem pagará a conta será os servidores públicos.




FONASEFE exige retirada dos artigos 7 e o do PLP 39/2020

Em carta dirigida aos deputados(as) entidades do FONASEFE, entre elas a FASUBRA Sindical, pedem a retirada dos artigos 7 e 8 do PLP 39/2020, que destina recursos para estados e municípios, mas congela os salários das trabalhadoras e trabalhadores do serviço público em plena pandemia.

“Defendemos a necessidade de destinar recursos para que estados e municípios possam prestar melhores serviços para atendimento da população. Mas quem vai prestar esses serviços essenciais à população? São servidores e servidoras público(a)s municipais, estaduais e federais”.

Na carta, ao invés de os trabalhadores pagarem a conta, o FONASEFE reforça que há outras formas como a taxação das grandes fortunas e operações financeiras e a suspensão do pagamento dos juros da dívida.




SINTFUB ganha ação que reconhece o direito das servidoras nutrizes a jornada de trabalho de 06 (seis) horas diárias

O SINTFUB obteve êxito restabelecendo a Resolução Administrativa nº 0028/2016, a qual reconhece o direito das servidoras nutrizes a jornada de trabalho de 06 (seis) horas diárias e/ou 30 (trinta) horas semanais. O benefício foi concedido por meio da decisão proferida no processo judicial nº 75534-08.2016.4.01.3400, em julgamento da 1ª Turma do TRF da 1ª Região, bem como requereu-se que sejam adotadas as providências necessárias para fins de dar cumprimento imediato da citada decisão e assegurar a todas servidoras nutrizes o exercício do direito previsto na Resolução Administrativa nº 0028/2016.

A decisão alinha as ações do SINTFUB às recomendações do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Ministério da Saúde, que preconizam a amamentação materna até os dois anos de vida do bebê.

O SINTFUB hoje é uma entidade que possui uma política de gênero muito concreta, madura, e que mostra em atos, não apenas no discurso, como fazer uma política interna que beneficie a seus filiados.




1º de Maio – Dia Internacional do Trabalhador 134 anos de luta (1886-2020)

O 1º de Maio deste ano será comemorado com muita reflexão pelos trabalhadores, dentro de suas casas, se protegendo contra o novo Coronavírus, sem nenhuma manifestação como de costume em todos os cantos do mundo.

Mais uma vez, a data precisa ser lembrada por causa dos nossos mártires que perderam suas vidas na grande greve histórica em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886, uma cidade dominada à época pela máfia. Naquele dia vários homens e mulheres perderam suas vidas lutando pela redução da jornada de trabalho, salário mínimo, melhores condições de trabalho e contra a exploração da mão de obra infantil. Muitas lideranças da greve foram depois julgadas e enforcadas pela justiça patronal da época.

Muita coisa mudou. Muitas conquistas foram se acumulando, mas a vigília e a luta são eternas. Por isso, neste 1º de maio é preciso fazer a luta silenciosa contra as mesmas forças opressoras do capital.

Segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho, 195 milhões de pessoas perderam seus empregos no mundo por causa da pandemia do coronavírus. Assim, mais uma vez a classe trabalhadora paga a conta com suas vidas e seus meios de sustento.

Aqui no Brasil a situação é drástica. Há três crises que assolam o país: a sanitária, a econômica e a política.

O ministro da Saúde, que antes combateu o SUS – Sistema Único de Saúde, passou a se ancorar no SUS e a seguir as orientações da Organização Mundial de Saúde e foi demitido, por um presidente da República negacionista que diz que a pandemia não passa de uma “gripezinha”.

No Ministério da Justiça havia um ex-juiz chamado de “ladrão” e com vasta ficha criminal de um processo ilegal e sem provas que levou Lula a 580 dias de prisão que pede demissão e acusa o presidente Bolsonaro de uma série de crimes, inclusive de “responsabilidade”, que já levou a Câmara dos Deputados a receber 32 pedidos de impeachment.

Além de lutar pela sua vida e de seus familiares, o trabalhador, neste 1º de maio, tem o dever de fazer o que for possível para que suas lutas tenham vez e voz, visibilidade e que possam ser compartilhada pelos demais membros de sua categoria profissional.

O futuro pós-pandemia não pode esperar. É preciso agir agora, neste momento, e exigir responsabilidade dos nossos parlamentares federais e distritais, do GDF e se esforçar para afastar da Presidência da República um presidente genocida, que até o momento não deu uma palavra sobre as mortes no país nem governa mais a Nação, pois está totalmente concentrado em evitar a prisão de seus filhos envolvidos em crimes de fake news, no comando do gabinete do ódio, e lavagem de dinheiro na “rachadinha”.

Oxalá, o STF – Supremo Tribunal Federal seja mais ágil e afaste do cargo o presidente Bolsonaro por uma série de crimes já denunciados ao Tribunal por participação em atos que ferem a Constituição, e que pediam o fechamento do Congresso Nacional e do STF e a volta do AI-5 – Ato Institucional nº 5.

Que venha mais um 1º de Maio, pois a luta não para.

 

Por Camila Piacesi




Sintfub repudia manifestação golpista de Bolsonaro

A diretoria do Sintfub repudia, de forma veemente, a participação do presidente Jair Bolsonaro numa manifestação golpista em total afronta à Constituição Federal e aos ditames de um cargo de Presidente da República.

Neste momento de combater a pandemia do Coronavírus, a diretoria do Sintfub conclama os sindicalistas, as centrais sindicais, professores e alunos e democratas, mais do que nunca, a combater também o vírus do autoritarismo, o vírus do golpismo e da ditadura, e a unirem-se em defesa da DEMOCRACIA.

Além disso, conclama a lutar por investigação séria de manifestações ilegais e golpistas que ferem a Constituição, que estão sendo organizadas em revelia à Democracia, quando solicitam a volta do AI-5 e fechamento do Congresso Nacional e do STF, e punição exemplar para que cesse o crescimento do nazifascismo no país.

Ao presidente da República também cabe punição, afastamento do cargo e até o impeachment por não honrar o cargo máximo da Nação que ora ocupa com desdenho e ânsia golpista.

Para o Sintfub não é hora de compactuar com quem sempre defendeu a tortura e a ditadura militar. As forças democráticas não podem perdoar os golpistas de 1964 que estão de volta ao poder e prontos para implantarem uma nova ditadura militar no Brasil.

Muito pelo contrário. A hora é de lutar para defender os direitos estabelecidos pela Constituição de 1988 e de avançar em direitos e conquistas. Mais um 1º de Maio está chegando. São 134 Anos de Luta, desde 1886. As forças democráticas terão mais uma oportunidade de se manifestarem diante desta tarefa histórica de defesa da vida e da democracia




Nota das Centrais – Trabalhadores defendem barrar o golpe de Bolsonaro e garantir a Democracia

Em nota divulgada nesse domingo (19), as centrais sindicais repudiam a escalada golpista liderada pelo presidente Jair Bolsonaro. Confira:

As centrais sindicais abaixo assinadas repudiam a escalada golpista liderada pelo presidente Jair Bolsonaro.

Sua participação em um ato em defesa da volta do famigerado AI-5, do fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, e pela da ruptura da ordem democrática, prevista na Constituição de 1988, foi mais um episódio grotesco desta escalada.

Isolado e crescentemente descontrolado que está, provocou, novamente, o seu show de horrores em relação ao necessário isolamento social e de bravatas que afrontam a democracia e colocam o país numa situação ainda mais dramática diante da pandemia que nos assola, e que já contabiliza mais de 30 mil contaminados e nos aproxima dos 3 mil mortos.

Seguindo o mau exemplo de Bolsonaro, atos semelhantes ocorreram hoje em diversas cidades brasileiras, mesmo em meio a quarentena para prevenção da disseminação do coronavírus.

Bolsonaro, mais uma vez testa os limites do seu cargo e os limites das instituições democráticas. Ele avança, com suas extravagâncias, onde não encontra resistência. Se esta resistência não vier, até onde irá a irresponsabilidade do presidente? Onde vamos parar? Uma contundente resposta faz-se urgente e necessária.

Importante frisar que, além de sua postura irresponsável, ele nada oferece aos trabalhadores. A dura realidade do Brasil de Bolsonaro é que os brasileiros, que já vem sofrendo perdas de direitos desde 2017, agora sofrem redução salarial de 30% por conta das medidas de suspensão do contrato de trabalho e redução de salário, instituídas pela MP 936.

Neste grave contexto as centrais sindicais chamam os líderes políticos e da sociedade civil, os representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, das instituições, bem como a todos os democratas, a cerrarem fileiras na defesa da Democracia para barrar os planos do atual Presidente de impor um regime autoritário e repressivo.

Não ao golpe de Bolsonaro! Viva a Democracia!

São Paulo, 19 de abril de 2020




COVID-19 – SINTFUB EM AÇÃO – Em defesa da educação pública e do desenvolvimento da ciência

Neste momento em que o Brasil enfrenta a pandemia da COVID-19, o Sindicato das Trabalhadoras e dos Trabalhadores da Universidade de Brasília (SINTFUB) continua trabalhando para apoiar da melhor maneira possível a categoria e a comunidade acadêmica.

Foram muitos os ataques contra as universidades públicas, as instituições federais de educação, o serviço e os servidores públicos. Ataques estes que não param. Vejam a PEC 10/2020 em votação no Senado, aprovada pela Câmara dos Deputados, que previa a redução salarial e a redução da jornada de trabalho do servidor.

A direção do Sintfub está atenta e participando das articulações para derrotar o governo Bolsonaro e suas medidas enviadas ao Congresso Nacional, que está funcionando por votação remota, inclusive alterando a Constituição por esta forma vil, sem a participação da sociedade.

Soma-se a esta luta, a vitória que o movimento sindical teve ao aprovar o auxílio emergencial para os trabalhadores autônomos e desempregados no valor de R$ 600,00 e de R$ 1.200,00 para as mulheres chefes de família. Agora a luta é para que este auxílio se torne permanente, se transformando em uma renda mínima prevista pela Constituição.

Enquanto a sociedade obtém esta vitória, a PEC 10 do Bolsonaro destina um trilhão para salvar os bancos, que poderão vender papeis podres para o Banco Central. Uma trapaça que violenta o povo brasileiro e deixa os ricos cada vez mais ricos.

Neste momento de pandemia, fica cada vez mais evidente que a classe trabalhadora precisa se unir para vencer de vez os neoliberais, os privatistas e as políticas do estado mínimo.

Hoje é o SUS – Sistema Único de Saúde público, juntamente com o corpo de seus profissionais de saúde, que está salvando da morte o povo brasileiro. Não é a saúde privada.

Neste momento são as universidades públicas e seus centros de pesquisa que estão trabalhando 24 horas por dia para encontrar uma vacina que possa salvar vidas e o mundo da pandemia do novo coronavírus.

A Universidade de Brasília, por exemplo, que completará 58 anos no dia 21 de abril, quando Brasília também fará aniversário, completando 60 anos, que possibilitou ao Lacen – o Laboratório Central de Saúde Pública do Distrito Federal a realizar mil exames por dia, ao invés de 300, para saber se as pessoas estão contaminadas pelo Covid-19. E isto só foi possível porque o Departamento de Farmácia emprestou uma máquina usada para diagnósticos em testes da Covid-19 para o Lacen e cedeu três funcionários da UnB.

Além disso, a UnB atualmente tem cerca de 120 projetos de pesquisa sobre o novo coronavírus. Professores, alunos e técnico-administrativos arregaçam as mangas e mostram que o meio acadêmico tem força e vontade para ajudar a vencer a doença. Todos estão madrugando nas pesquisas, nos estudos e nos laboratórios em busca de uma cura para o Covid-19. Uma linha de pesquisa conhecida como PCR (Polymerase Chain Reaction), analisa as amostras de DNA colhidas da garganta e mucosa nasal de pacientes no DF, para identificar o vírus que ataca no DF e buscar uma solução urgente.

Se não fossem os criminosos cortes de recursos promovidos pelo presidente Jair Bolsonaro e seu ministro da Educação, Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub, o Brasil hoje poderia ser a vanguarda das pesquisas no mundo. O Brasil não merece um ministro desse tipo que pode pegar 3,5 de cadeia por racismo contra a China.

Portanto, companheiros e companheiras, não se intimidem. Mesmo em quarentena, em defesa da vida, a direção do Sintfub permanece na luta e exigindo do Congresso Nacional a revogação da Emenda Constitucional 95 que congelou por 20 anos os investimentos em saúde, educação, ciência e políticas públicas sociais.

Contem com o Sintfub agora e depois do Coronavírus.




Mais de cem dias do novo coronavírus

Ao navegar por esse diário, vimos que o mundo foi atingido de forma muito rápida pelo novo coronavírus, a partir do momento em que a China, em 31 de dezembro de 2019, alertar a Organização Mundial de Saúde para casos de uma pneumonia incomum em Wuhan, cidade de 11 milhões de habitantes.

O mundo da economia “moderna” neoliberal, nome do capitalismo cada vez mais selvagem, antiestado, em crescimento virou as costas para o Coronavírus sob o argumento de que a economia não podia parar.

Assim foi com a Itália, Espanha, França, Inglaterra e até o país mais rico do mundo, os Estados Unidos. Hoje tais países estão pagando alto preço ao enterrar milhares de mortos diariamente.

Aqui no Brasil, o presidente da República, Jair Bolsonaro, convocou cadeia nacional de rádio e televisão para afirmar que a economia não podia parar,  confrontando a posição acertada dos governadores que decidiram parar,  e que o Coronavírus não passava de uma “gripezinha”, um “resfriadinho”. Bolsonaro se viu isolado e enfrenta resistência dentro do Senado Federal, Câmara dos Deputados e Supremo Tribunal Federal.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, hoje aparece na mídia como o salvador da pátria, usando uma camisa escrita SUS – Sistema Único de Saúde. O ministro cara de pau parece que esquece seu passado recente quando votou no volpe contra a presidenta Dilma Rousseff, votou a favor da Emenda Constitucional 95, que retirou 22,5 bilhões de dólares somente da saúde, e congelou por 20 anos os recursos da saúde, educação e ciência.

Mandetta é a mesma pessoa que desmantelou o SUS, demitiu 22 mil agentes de saúde e enxotou 10 mil médicos cubanos, não montou nenhuma UTI, nenhuma UPA e permitiu a exportação de máscaras e nunca equipou os hospitais públicos com kits de proteção. Além disso, acabou com a Farmácia Popular, fechou o Departamento de HV/AIDS, sucateou a Atenção Básica à Saúde e mudou para pior a política de saúde mental (antimanicomial).

Para ficar no cargo, agradou o presidente genocida ao liberar as pequenas cidades para abrir o comércio e ignorar o isolamento social e as recomendações da OMS.

Portanto, diante desse cenário tenebroso, o Sintfub convoca a categoria a permanecer em casa e a seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde para que, em breve, possamos estar todos juntos novamente e recuperar os nossos serviços, as nossas aulas, outros afazeres, com saúde e com VIDA, O BEM MAIS PRECIOSO QUE TODOS TEMOS.

 

Como se prevenir contra o coronavírus?

Neste momento de pandemia do novo coronavírus, é muito importante que você siga as orientações da Organização Mundial de Saúde, do Ministério da Saúde e dos governos estaduais e municipais. Cada um de nós precisa fazer a sua parte. Siga as instruções abaixo da Fiocruz – Fundação Oswaldo Cruz – uma instituição a serviço da vida.

– Usar máscaras quando sair de casa por qualquer motivo, nem que seja uma saidinha rápida;
– Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos, incluindo o espaço entre os dedos, unhas e punhos;
– Lavar as mãos principalmente antes de comer e após tossir ou espirrar
– Se não tiver água e sabão, usar desinfetante para as mãos a base de álcool
– Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas;
– Usar lenço descartável para higiene nasal;
– Cobrir nariz e boca ao espirrar ou tossir com um lenço de papel descartável ou com a parte interna do cotovelo (nunca as mãos);
– Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência, como celulares;
– Evitar contato com pessoas que apresentem sinais da doença;
– Evitar sair de casa;
– Evitar locais de muita aglomeração;
– Pessoas doentes devem permanecer em casa e, caso a doença se agrave, procurar a unidade básica de saúde;
– Grupos vulneráveis, como idosos, crianças, gestantes, pessoas com doenças crônicas ou com imunodeficiência, devem ficar mais atentos às manifestações clínicas;
– Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).

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