Servidores técnico-administrativos da Universidade de Brasília/UnB, se reuniram em assembleia nesta quinta (27), e decidiram pela continuação da greve contra a PEC 241/ 16 que foi aprovada pela Câmara e enviada ao Senado.
A medida é um retrocesso ao país e quem vai pagar por tudo isso somos nós e as futuras gerações, “Não podemos pagar pelos erros desse governo e de sua política econômica” disse Mauro Mendes, Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília(Sintfub).
Ainda de acordo com ele, a PEC 241/16 muda ao chegar ao Senado, e de agora em diante passa a se chamar PEC 55 e vai ser tramitada no Senado no próximo dia 28 de novembro em primeiro turno e segundo turno, dia 13 de dezembro.
Para Maria Lúcia Fattorelli, fundadora do movimento- Auditoria Cidadã da Dívida, a mobilização que os servidores estão fazendo não é simplesmente para defender a categoria, mas sim, o serviço público ”Porque na medida em que você está pautando a PEC 241/16, que a partir de hoje passa a se chamar PEC 55, vocês estão prestando um serviço ao país”, disse.
Segundo Fattoreli, em 2015, o Brasil arrecadou 2,74 milhões de reais e as despesas foram de 2,26 milhões, portanto, diz ela, quais seriam as justificativas absurdas para aprovação da PEC 241? É a de que o Brasil gasta mais do que arrecada. Porém, isso não é verdade, no ano de 2015 foi alardeado um déficit de 115 milhões de reais e depois o Congresso aprovou para 2016 um déficit de 170 milhões, essas seriam as justificativas para criação dessa medida chamada PEC 241/16.
Ainda de acordo com ela, quando se coloca lado a lado honestamente todas as receitas e despesas não se encontra déficit, pelo contrário, encontra uma sobra de quase meio trilhão de reais “Essa é uma informação para o sindicato utilizar e para sociedade tomar o verdadeiro conhecimento do que realmente está acontecendo nesse país” ressaltou.
Conforme ela, a PEC 241/16 e que agora passa se chamar PEC 55, está fazendo, é colocar um teto nas despesas primárias, o que significa isso? Significa que as despesas como: – saúde, educação, assistência sofrerão impactos terríveis. A sociedade está equivocada achando que a PEC vai colocar uma moral nas finanças públicas e que o país vai controlar os gastos, isso é enganação, quando na verdade não é. Na verdade, ela simplesmente estabelece um teto, isso, as pessoas não compreenderam ainda. Essa PEC é a PEC do teto de chumbo nas despesas primarias (saúde, educação, assistência, previdência etc.) e deixar os gastos livres para juros de uma dívida que nunca foi auditada.
Fattoreli destaca ainda que, o que está em jogo é um esquema financeiro semelhante o que quebrou a Grécia e que está entrando no país igual uma praga, concluiu.
O coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes convocou uma nova assembleia para o dia 03/11(quinta-feira), às 09h, na Praça Chico Mendes.
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO