Em um cenário de incertezas e desgastes, o governo se mantém firme na proposta apresentada ao funcionalismo público e não mostra intenções de flexibilizar os pontos apresentados. Na última reunião com os representantes dos servidores técnico-administrativos das universidades federais e do conjunto do funcionalismo, o secretário de Relações de Trabalho, Sérgio Mendonça, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG ratificou a proposta de reajuste plurianual de 21,3%, fracionado em quatro anos, com a diferença da inclusão de uma cláusula de revisão em 2017. Nesta quarta-feira (29), os servidores técnico-administrativos da UnB se reunirão em assembleia, às 9h, no prédio da reitoria, para encaminhar os rumos da greve iniciada dia 28 de maio.
“Este é o pacote que conseguimos trazer até agora”, afirmou Mendonça, que considera a proposta coerente e razoável. A cláusula de revisão corrigiria a inflação, caso ela fosse superior ao previsto para o período. No caso do auxílio-alimentação, seria levada em conta a correção da inflação apenas deste ano, prevista em 9,13%. Assim, o benefício que está em R$373 há mais de três anos, passaria a R$ 458, um acréscimo de R$85.
O auxílio-creche, que nos últimos 20 anos nunca sofreu ajuste, teria reposição da inflação desse período, um percentual de 373%. Este benefício, que difere por região, tem valores fixados entre R$66 e R$95. Já os planos de saúde teriam reajuste médio de 22,8%.
Perseguição nas universidades
A Fasubra e os sindicatos de base vêm recebendo diversas denúncias de perseguição contra os servidores em greve. De acordo com o secretário de Educação Superior da Fasubra, Jesualdo Farias, foram encaminhados ofícios às reitorias denunciando a prática e pressionando para que não haja corte de ponto na greve. Farias informou que será realizado um seminário sobre assédio moral entre os meses de setembro e outubro e que serão convidados reitores das instituições e entidades sindicais.
Em relação à insalubridade, foi encaminhado documento para a Secretaria de Gestão Pública do MPOG exigindo a realização de vistorias com equipamento apropriado nos locais de trabalho, observando os riscos químicos e biológicos. Os servidores cedidos à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh, segundo o dirigente da Fasubra, devem manter seus ganhos. Ele disse que foi encaminhado ao Ministério do Trabalho um ofício para consulta sobre a legitimidade da Fasubra Sindical representar os trabalhadores vinculados à Ebserh