A terceira LIVE do Sintfub foi ao ar na quinta-feira, dia 18 de junho, e foi sobre o trabalho remoto na Universidade de Brasília. A entrevista foi mediada por Valdir Borges e contou com a participação do advogado Valmir Floriano, da presidente do conselho do CAD – que formulou a proposta de trabalho remoto e diretora do Instituto de Letras – IL, Rozana Relgota, e do coordenador de comunicação Almiram.
Hoje já está sendo cobrado em vários setores para que enviem o projeto de trabalho remoto. Segundo o coordenador de comunicação, Almiram, existem alguns setores que se pronunciaram contrários à adesão, pois acham que o assunto merece mais discussão.
Rozana acredita que é muito importante pensar nas modernizações de trabalho. “A pandemia mostrou isto. É possível mudar as formas de trabalho, porém com a pandemia muitos servidores acham que não é o momento de pensar nisto agora”, explicou.
Esta semana saiu uma nova instrução normativa do Ministério da Economia que altera artigos da instrução anterior, e segundo a Rozana, por isto, é possível que o Conselho tenha que fazer alguns ajustes ao processo que está em curso.
A regulamentação no âmbito da universidade equipara ao decreto 1590 que trata da jornada de trabalho dos servidores e forma do controle de frequência. No artigo sexto, diz o seguinte: que as instituições poderão implementar o trabalho remoto dispensando o controle de assiduidade.
O advogado ressaltou que observa que o trabalho remoto pode ser implantado para alguns e outros talvez fiquem de fora deste direito ou possibilidade de usufruir deste direito.
Almiram lembrou que as transformações no mundo de trabalho normalmente vem para tirar direitos e fez uma pequena retrospectiva da luta do trabalhador e das perdas nas garantias de direitos. “O trabalhador fica trabalhado à distancia como um escravo moderno e sem direitos. Este tipo de trabalho vai afastar o trabalhador da instituição e nossa luta é pela ligação do servidor com a universidade, explanou e continuou falando que este afastamento vai prejudicar o trabalhador na luta pelos direitos.
O trabalho remoto pela sua própria natureza não se aplica em todas as atividades administrativas. No caso das universidades, o foco é o atendimento ao público.
Para Rozana, a maior parte das atividades dos servidores não se adequarão a exigência para o trabalho remoto. “É importante aproveitar este momento pandêmico para pensarmos se de fato temos aptidões para o trabalho remoto e condições em termos de equipamentos”, comentou.
Rozana ainda explicou que a UnB não vai usar este período de pandemia como parâmetro de metas e resultados para o trabalho remoto. “Vamos trabalhar com dados estáticos que a universidade tem do ano de 2019,” completou.
São três modalidade de trabalho remoto previstas na instrução normativa, a modalidade por tarefa, a semipresencial e a do teletrabalho.
O advogado ressaltou que o Sindicato vem debatendo o assédio no trabalho remoto, como mandar demandas em horários inoportunos ou sobrecarregar o servidor. “ Há muitos servidores reclamando da sobrecarga de trabalho em tempos pandêmicos. Nesta situação tem que verificar com os outros colegas se eles também estão se sentindo assediados e se esta divisão de trabalho está de uma forma equânime”, completou.
Como resultado da Live, a Rozana vai realizar uma reunião com o Sindicato para incorporar sugestões ao relatório final que será debatido no CAD.
LIVE SOBRE TRABALHO REMOTO REPERCUTE ENTRER SERVIDORES
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