Técnico-administrativos da UnB aprovam fim da greve

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Os servidores técnico-administrativos da UnB realizarão nova assembleia nesta quarta-feira (7) para deliberar sobre o fim da greve da categoria, deflagrada no dia 28 de maio e considerada a mais longa do funcionalismo federal neste ano. A atividade será às 9h, na Praça Chico Mendes.

A indicação da Fasubra é de que o movimento paredista não seja suspenso até que o governo federal assine o acordo resultante da Campanha Salarial da categoria. A orientação foi seguida pelos técnico-administrativos da UnB, em assembleia nesta terça-feira (6). A expectativa é de que o acordo seja assinado ainda nesta terça-feira (6), durante reunião entre Fasubra e governo federal.

Além do reajuste salarial de 10,8% dividido em dois anos (5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017), os técnico-administrativos das universidades federais, assim como outros setores do funcionalismo federal, receberam reajuste de 22,8% no auxílio-alimentação e no auxílio-saúde. No caso do auxílio alimentação, o benefício passará a ser de R$ 458. Já o auxílio-saúde é variável. Os servidores também conquistaram 317,3% no auxílio-creche, índice que eleva o benefício a R$ 396.

Para a Fasubra e para o Sintfub, a proposta está aquém do que necessitam os técnico-administrativos, diante do índice da inflação no período (superior a 10%). Entretanto, frente a inflexibilidade do governo, não havia mais chance de avançar. Para as entidades sindicais, de todos os itens do acordo, o ponto mais importante é referente ao reajuste de 0,1% no step – percentual de diferença entre um padrão de vencimento e o padrão seguinte na tabela salarial –, índice que passará a valer a partir de janeiro de 2017. Os valores de reajuste do step e demais benefícios não serão absorvidos pelo VBC (Vencimento Básico Complementar).

O acordo também afirma que, no prazo de 180 dias pós a assinatura do acordo, o Ministério do Planejamento apresentará os encaminhamentos feitos pelo Ministério da Educação sobre aproveitamento das disciplinas de graduação e pós-graduação para pleitear o incentivo à capacitação para todos os níveis; afastamento para capacitação e qualificação, entre outros. O termo garante ainda que a discussão sobre o aprimoramento da carreira se dará até 31 de maio de 2016, com início em outubro de 2015. Entre os ganhos, foi garantido o reconhecimento de títulos de mestrado e doutorado obtidos fora do país, desde que aplicadas as normas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Veja a íntegra do acordo aqui.

Quanto aos dias parados, o acordo entre governo e Fasubra garante que a reposição do serviço será fiscalizada pelas instituições federais de ensino superior.

Jornada de 30 horas
A negociação entre governo e Fasubra não gerou resultados positivos quanto à pauta que exige a implementação da jornada de trabalho de 30 horas semanais, luta histórica da categoria. Como outros setores do funcionalismo federal também adotaram o pleito, o governo recuou da portaria que determinaria o modelo de jornada nas universidades federais e deixou a cargo do administrador máximo das instituições decidir sobre o tema.

Diante disso, o Sintfub afirma que a luta pela implementação da jornada de 30 horas semanais não acabou. “Continuaremos com esta luta até que ela seja atendida. Não é um devaneio nosso, como afirma o reitor Ivan Camargo (reitor da UnB), mas uma pauta justa, legal e que trará benefícios não só aos servidores, como também para toda a comunidade universitária”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.

Nova diretoria
A assembleia desta terça-feira (6) decidiu que as eleições para definir a nova diretoria do Sintfub deverá ser realizada apenas em abril de 2016. O processo deveria ser realizado ainda este ano, mas foi inviabilizado pela longevidade da greve da categoria.

Como preparação às eleições, o Sintfub realizará um Congresso em novembro, que vai, entre outros pontos, deliberar o plano de lutas da categoria para o próximo período

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