No Seminário “Diagnósticos e Perspectivas da Segurança na UnB”, realizado nessa quinta-feira (30), servidores vigilantes, estudantes e outros servidores técnico-administrativos da Universidade ressaltaram a necessidade de o cargo de vigilante ser ocupado exclusivamente por servidores concursados.
A campanha pelo concurso público no setor de segurança universitária é um desdobramento do Seminário Nacional dos Vigilantes, realizado em Natal, em setembro deste ano.
O vigilante da UnB Edmilson Lima, que compõe o grupo de trabalho Vigilância da UnB e Nacional, explica que a terceirização do cargo de vigilante pode trazer sérios problemas à comunidade universitária, não por causa do trabalhador em si, mas pela falta de compromisso das empresas que terceirizam o trabalho.
“Empresas objetivam lucro e não o bem estar do trabalhador e da sociedade. Os servidores orgânicos se preocupam com o bem estar da sociedade. Isso dá um reflexo imediato nas relações entre os trabalhadores e a comunidade universitária. Nosso compromisso com a universidade é enorme, nós temos compromisso com a cidadania. As empresas trabalham com a exploração extrema. Eles alugam seres humanos e ganham dinheiro com isso”, avalia Lima.
Atualmente, a UnB tem 125 vigilantes de carreira e 128 vigilantes terceirizados, além de 600 porteiros.
Encaminhamentos
Além de concurso público, reivindicação nacional dos vigilantes das Universidades Federais, os servidores da UnB, reunidos no Seminário dessa quinta-feira (30), apontaram a necessidade da compra de novos equipamentos de segurança; formação específica para os vigilantes de carreira; melhores condições de trabalho; eleição para o diretor da Diretoria de Segurança – DISEG, entre outras questões.
Entre os encaminhamentos do encontro, está a realização de audiência pública, com a participação de instituições envolvidas no processo de autorização e cobrança de concurso público, como o Ministério do Planejamento e Ministério da Educação. Todas as propostas serão encaminhadas à administração superior da UnB e órgãos competentes.
“Temos que valorizar o servidor vigilante para, assim, construirmos um diálogo diferenciado com a comunidade universitária, a partir do qual possamos criar uma proposta de segurança para a UnB, de forma democrática e direcionada à cidadania”, avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes