Em reunião no dia 14, a Administração Superior se comprometeu a realizar alterações e enviar nova proposta para ser analisada pela categoria
No último dia 14, o SINTFUB juntamente com membros(as) da Comissão se reuniram com representantes da gestão superior para discussão sobre o acordo de compensão da greve. O documento apresentado pela Reitoria, embora, traga no bojo a perspectiva de recomposição qualitativa com a execução das tarefas represadas, também enfatiza termos como “reposição da carga horária” inclusive com a sugestão de “cursos fora do horário restrito ao trabalho” (leia aqui).
O Acordo proposto pela reitoria foi rejeitado pelos representens dos(as) servidores(as) técnico-adminsitrativos da UnB presentes na reunião. Primeiro porque a assembleia do SINTFUB aprovou que a negociação com a reitoria para compensação da greve deveria se dar de forma “qualitativa” das tarefas represadas, tendo como base o Termo de Acordo nº 11, assinado entre o governo federal (MEC e MGI) e as entidades nacionais (FASUBRA e Sinasefe), após a greve de mais de 100 dias em 2024, sendo válido para 69 universidade e centenas de Institutos Federais espalhados pelo país.
Ao final da Reunião, após uma discussão minuciosa sobre os termos apresentados, destacando cada ponto problemático do documento que fala em “compensação de horas” para, alegadamente, não enfrentar resistência no MGI e “cumprir a lei”, ficou acordado que a reitoria enviaria um novo documento para o SINTFUB, para nova discussão, e possível encerramento das tratativas, em reunião a ser realizada na sexta-feira, dia 17, às 10h, o que ainda não ocorreu (esta publicação foi realizada no dia 16/10, às 18h).
O SINTFUB reitera que a greve de 2025 foi legítima, apoiada pelos Conselhos Superiores da UnB e pela sociedade, e que a UnB dispõe de autonomia administrativa para adotar o acordo de 2024 como precedente, sem incorrer em nenhuma irregularidade. Inclusive tendo em vista assinatura anterior de documento semelhante pelo próprio governo (MGI) e a necesside de proteger os trabalhadores que bravamente lutaram por seus direitos.
O SINTFUB vê com preocupação os temos apresentados e defende que o acordo deve oferecer garantias para o retorno ao trabalho, sem brechas para ser utilizado pelas chefias como instrumento de perseguição, punição, sobrecarga, ameaças e assédio contra quem paralisou as atividades para defender seus salários e a própria Universidade, o que vai acontecer se vigorar os termos apresentados no documento preliminiar defendido pelos representantes da reitoria na reunião (leia aqui).
Neste sentido, retomaremos as discussões com a gestão superior na sexta (17), na expectativa de que os destaques que foram alvos do debate sejam considerados, como aconteceu no decorrer da reunião do dia 14, e possamos, enfim, finalizar essa etapa do processo, após a aprovação final em assembleia dos(as) servidores(as) técnicos-administrativos que será convocada para deliberar sobre o instrumento.


