O SINTFUB (Sindicato dos Servidores Técnico-administrativos da Fundação Universidade de Brasília) se junta à FASUBRA (Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil) e outras organizações dos trabalhadores em Educação, em defesa do deputado Glauber Braga, e contra a cassação de seu mandato.

O Deputado Federal Glauber Braga (PSOL-RJ), é alvo de perseguição política no Congresso Nacional a partir de um processo que visa a cassação de seu mandato. Glauber Braga está neste momento em greve de fome, nas dependências da Câmara dos Deputados em Brasília, desde que o parecer do deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), favorável à cassação, foi aprovado na Comissão de Ética, no último dia 9 de abril, com 13 votos favoráveis e 5 contrários.

De acordo com os parlamentares que defendem Braga, foi montado um roteiro para que a Comissão de Ética se desenrolasse sem interrupções e o atual presidente da Câmara, Hugo Mota (Republicanos-PB), confirmando seu alinhamento político com Arthur Lira (PP-AL), garantiu o desenrolar da trama. A decisão final cabe ao Plenário da Casa. Enquanto isso, o processo de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) completa, nesta quinta-feira (10), um ano em tramitação na Câmara. Desde setembro de 2024 o processo está pronto para análise no plenário, no entanto, ainda não há data prevista para que o presidente, Hugo Motta, inclua o item na pauta de votações. Brazão está preso desde março de 2024, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, em 2018.

Perseguição Política

O processo de cassação foi aberto em abril de 2024, após ação do Partido Novo que acionou o Conselho de Ética acusando Glauber de agressão contra o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Guilherme Costenaro, dentro da Câmara. O acontecimento foi gravado. A cena é típica de provocação da direita. Dessa que a comunidade universitária da UnB infelizmente tem sido obrigada a assistir com a presença de provocadores também em suas dependências. Neste sentido, o que Glauber fez foi o que o movimento organizado de servidores e estudantes da UnB tem se organizado para fazer, mostrar para a direita o seu lugar, uma reação, um ato de legítima defesa e defesa dos interesses populares. “Se tratou de uma reação a um sujeito que por sete vezes foi me atacar, me provocar em espaços públicos onde eu estava fazendo alguma atividade do mandato”, defendeu Glauber Braga em entrevista à Agência Pública na véspera da votação da cassação. 

Glauber denuncia que o processo é orquestrado pelo então presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP/AL), e foi iniciado em meio às denúncias do Orçamento Secreto, ação que investiga uma manobra do ex-presidente da Câmara para liberar R$ 4,2 bilhões em emendas. O parlamentar do PSOL também tem seu mandato marcado pela atuação educação pública-estatal, gratuita, democrática e de qualidade, à causa Palestina e temas de interesse da classe trabalhadora, da luta antifascista e contra a extrema-direita.

O Congresso Nacional dominado pela direita, repleta de latifundiários, milicianos, parlamentares que atuam contra os interesses do povo, atuam a serviço dos bancos e do imperialismo, chantageiam o governo por fisiologismo e emendas enquanto temas importantes ficam sem legislação e Orçamento, quer silenciar e criminalizar quem atua no sentido contrário.

Defender o mandato de Glauber Braga é defender o voto da democracia, do serviço público e dos direitos das trabalhadoras e trabalhadores.

Brasília, 11 de abril de 2025.