Na quarta-feira (19), durante votação na Comissão de Educação do Senado do Novo Ensino Médio (NEM), o estudante Caio Sad Barbosa, diretor do Diretório Central dos Estudantes da UnB – Honestino Guimarães, foi agredido e preso pela Polícia Legislativa.
A truculência da direita para impor sua política contra a população e desafiar o governo do Presidente Lula se apresenta em todos os níveis. Enquanto na Câmara dos Deputados se discutia a possibilidade de retirar o direito das mulheres ao aborto legal, previsto em Lei desde 1940, em casos de estupro, risco de vida para a mulher e depois por decisão do STF em casos de anencefalia fetal, a direita no Senado Federal, atropela quem se opõe à sua política.
As imagens de Caio sendo agredido circulam na internet e são a demonstração da truculência típica da direita repressora. As cenas são o exemplo de como a Polícia Legislativa aumentou sua atuação repressiva sob o comando de Rodrigo Pacheco (PSD) e Arthur Lira (PP).
Trata-se da tentativa da direita de criminalizar, calar, impedir a manifestação de quem defende os interesses população, contrariando as iniciativas do Congresso Nacional que vão no sentido oposto. O que tende a se voltar contra a atuação o movimento organizado, de trabalhadores, estudantes etc. Repudiamos as agressões contra o estudante e a repressão contra a população que tenta expressar seu descontentamento com a política que está sendo levada adiante no Congresso Nacional que nada tem a ver com os interesses da maioria da população.
O Novo Ensino Médio é mais um entulho do governo golpista de Temer-Bolsonaro. O governo Lula não revogou a medida que voltou para discussão no Congresso, onde só tende a piorar. A “flexibilização” do currículo e outras propostas são o enquadramento da Educação Pública aos interesses capitalistas e tem relação com a influência de grupos como o Fundação Lemann, que se estabeleceu no Ministério da Educação (MEC) nos últimos anos e ali permanece.
O SINTFUB manifesta seu apoio à luta pela revogação do Novo Ensino Médio, e toda solidariedade ao estudante da UnB agredido pela polícia repressora do Congresso Nacional. É necessário garantir o direito de livre manifestação, particularmente onde se decide os rumos e destino do país e de milhões de brasileiros.