Neste 8 de março vamos comemorar o Dia de Luta da Mulher Trabalhadora no SINTFUB.
Na sexta-feira, 8 de março, à partir das 8h a coordenação do SINTFUB está organizando um café da manhã seguido de debate sobre a situação da mulher, a importância da participação política e sindical, particularmente neste momento de luta e mobilização da nossa categoria, e pelo fim do genocídio na Palestina, que tem entre as mulheres suas principais vítimas.
O Dia Internacional das Mulheres é um dia de luta, estabelecido no início do Século XX, em um encontro de mulheres da Internacional Socialista, com proposta de Clara Zetkin e Rosa Luxemburgo, para ser um dia que seguisse a tradição e luta das mulheres socialistas, com mártires operárias espalhadas pelo mundo desde o final do Século XIX. Mulheres que realizaram greves históricas e duramente reprimidas em defesa da redução da jornada de trabalho, melhores salários e condições de trabalho, direitos políticos como o sufrágio universal (direito de votar e ser votada), participação nas organizações sindicais etc.
Vítimas, mas símbolo de luta e resistência
Assim, o 8 de março ganhou adesão com ampla reivindicação democrática pelo fim da opressão e pelos direitos das mulheres em todo o mundo. Diante disso, em 2024, este Dia de Luta não poderia estar desvinculado do grande acontecimento que é o genocídio que está sendo cometido contra os palestinos que faz das mulheres suas principais vítimas e tem nelas também grande símbolo de resistência.
Em cinco meses de ataques e bombardeios do Estado sionista de Israel, são mais de 30 mil mortos. A contagem de mortos, desaparecidos, feridos, mutilados, não para de crescer. Mais de 8 mil mulheres e 12 mil crianças assassinadas, 70% do total. Essa é a característica da denúncia do genocídio, inclusive feita pelo presidente Lula. Israel extermina a expectativa de futuro dos palestinos. O assassinato de crianças, bombardeio a hospitais e escolas/universidades (cerca de 80% das infraestruturas civis de Gaza, foram destruídas ou não funcionam) revelam que não se trata de uma tentativa de eliminar o “terrorismo”, mas de limpeza étnica; assim como o assassinato de mulheres é deliberada, um projeto de eliminar a capacidade de reprodução do povo palestino.
A Palestina (Gaza, Cisjordânia, Rafah…) é o lugar mais perigoso para as mulheres no mundo. Segundo Sima Bahous, diretora da ONU Mulheres, “duas mães morrem violentamente em Gaza a cada hora, e sete mulheres morrem a cada hora”. PArto sem anestesia, sequestros de mulheres e meninas com denúncias de tortura, ameaças sexuais e estupro atribuídas às forças israelenses de ocupação são muitas.
A relatora especial da ONU sobre a situação dos direitos humanos nos Territórios Palestinos Ocupados, a italiana Francesca Albanese, denuncia que “já havia uma forte desumanização dos palestinos antes do 7 de outubro. Mas após esta data, o Exército israelense abandonou todas as restrições”. Diz que “há casos em que mulheres foram obrigadas a assistir à execução de suas famílias. Quando foram presas, foram fotografadas, às vezes nuas, em posições muito embaraçosas e degradantes. Houve muitas reclamações, ameaças de estupro, como: ‘vamos estuprar você, suas irmãs e sua mãe’, etc. E também houve estupros”. Albanese está proibida de entrar em Israel após suas denúncias.
Mas as mulheres palestinas, como seu povo, não desiste e resiste. Elas seguem lutando pela sua sobrevivência e dos seus. A nós, aqui no Brasil e no resto do mundo, cabe a solidariedade, o protesto e a defesa de que o Brasil siga denunciando o genocídio, expulse o embaixador de Israel e rompa relações com esse Estado sionista assassino.
8 de março no SINTFUB
O SINTFUB está convidando para o debate representante da Fasubra, da Adunb, CUT-DF e a reitora da UnB, Márcia Abrahão, decanas e parlamentares.
Venha para o sindicato dia 8 de março, à partir das 8h no auditório Antônio Rodrigues.