Campanha Salarial 2024 e PCCTAE: sem contraproposta, é greve!

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No dia 28/2, enquanto os servidores(as) da UnB se reuniam na Praça Chico Mendes confirmando a decisão de greve para o dia 11 de março, a direção da Fasubra participava da 7ª reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) da campanha salarial de 2024.

Do lado de fora acontecia uma vigília das(os) Servidores Públicos Federais de diversas carreiras que também estão em negociação coletiva com o governo. A reunião e a o ato dos servidores(as) aconteceu na sede do DNIT, em Brasília-DF.

Mais uma vez não houve resposta para as reivindicações da categoria. A informação é a mesma de dezembro. Não apenas para as questões econômicas, mas também para as questões não econômicas.

O Secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijoó, responsável direto pela negociação no MGI, afirma que só pode apresentar alguma coisa concreta, valor disponível para os trabalhadores, em abril/maio, depois que o governo tiver um balanço da arrecadação. Mas essa não foi a resposta do governo para outras categorias mais bem remuneradas que já receberam tanto propostas de reajuste salarial como tiveram suas carreiras reestruturadas. E como é público a arrecadação foi recorde, com pelo menos 6% a mais do que esperavam para o período.

Hoje tem reunião no MEC

Hoje se reúne no Ministério da Educação a CNSC (Comissão Nacional de Supervisão de Carreira), e como foi acordado na reunião do dia 22, o MGI indicou seus representantes para participar do Grupo de Trabalho que discute a reestruturação do PCCTAE.

De acordo com o secretário Feijoó, na reunião do dia 28, no DNIT, isso permitirá uma avaliação por parte do Ministério a respeito da reestruturação carreira que, segundo ele, é uma prioridade do governo. Tanto que já fecharam mais de 10 acordos com servidores, incluindo próprio MEC, o Banco Central e a Polícia Federal.

Sem proposta, é greve

A  Fasubra mais uma vez declarou que a greve do dia já está sendo confirmada em diversos sindicatos pelo país, como é o caso do SINTFUB.

A mobilização da categoria é o instrumento de força para a negociação. Mobilizados os trabalhadores podem mostrar que não vão aceitar continuar com um dos menores salários do serviço público, o que vem comprometendo o funcionamento das Universidades Federais em todo o país, com a grande evasão de trabalhadores para outras carreiras etc.

O SINTFUB estará nos próximos dias organizando o material e passando em todos os setores de trabalho para ajudar na mobilização, constituir os comandos de greve local para um movimento forte e unificado de todos os servidores(as).

Perci Marrara

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