Uma passeata de cerca de 100 mil mulheres, marcou o encerramento da Marcha das Margaridas. O evento é realizado em Brasília a cada quatro anos e reúne mulheres agricultoras de todo o país. Na solenidade de encerramento, o Presidente Lula discursou e anunciou um programa de reforma agrária e um pacto de prevenção ao feminicídio.
O Sintfub foi representado pela coordenadora de mulheres, Carla Marcia Viana David e outras mulheres atuantes no Sindicato.
Carla disse, ao final da caminhada que era preciso “parabenizar as margaridas pela luta e pela resistência. Essa é uma marcha que mostra a resistência das mulheres brasileiras, na luta em defesa de políticas sociais, na questão da fome, que hoje ainda é problema, devido a um governo que deixou aí uma situação caótica.”
Para a dirigente “nós mulheres lutamos por direitos em defesa dos nossos corpos, em defesa do direito de criar nossos filhos. Em geral, por todas as lutas das mulheres que passam fome, das mulheres que vivem na ruína. Hoje estamos aqui, lutando por dias melhores, para que a gente possa avançar e criar políticas melhores em defesa de todo mundo, especialmente de todas as mulheres deste país. As mulheres do campo, que resistem e que garantem alimento para as nossas mesas por meio da agricultura familiar. Isso merece o nosso respeito. São mulheres de luta e de muita garra. Parabéns, Margaridas, essas flores lindas fazem com que a cidade de Brasília demonstre hoje muita alegria.”
No encerramento do segundo dia de evento, que vai até quinta-feira, 17, Lula assinou decretos que pretendem ampliar os direitos e as possibilidades das mulheres do campo e chefes de família e discursou sobre as margaridas.
“Os poderosos, os fascistas, os golpistas podem matar uma, duas ou três margaridas, mas jamais impedirão a chegada da primavera. E a vinda de vocês aqui hoje demonstra que só pensa em dar golpe nos dias de hoje, quem não conhece a capacidade de luta dos homens e das mulheres do país”.
No seu discurso, Lula disse ainda que os anúncios feitos “convergem para a autonomia econômica e para a inclusão produtiva das mulheres rurais. É preciso criar uma cultura de respeito no campo e nas cidades. Não toleramos mais a discriminação, a misoginia e a violência de gênero. Não podemos conviver com tantas mulheres sendo agredidas e mortas, diariamente, dentro de suas casas”.