Sindicato prepara Campanha Salarial 2021

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O SINTFUB inicia o ano pautando a Campanha Salarial 2021, que será discutida com a base e proposta nos fóruns da Fasubra para incorporação nas lutas nacionais deste ano dos técnico-administrativos.

A urgência por esta Campanha Salarial se faz necessária pelo congelamento das remunerações do PCCTAE, que já entra em seu quarto ano.

Os últimos reajustes que tivemos foram conquistados pela greve de 2015, que garantiu a reposição de 5,5% em agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017, além do aumento de 0,1% no step do Plano de Carreira.

Após essas conquistas, mesmo com as lutas encampadas pelas greves de 2016 e 2017, não houve novos acordos para correção da defasagem salarial da categoria, que viu seus vencimentos corroídos pela inflação de 2018 (3,75%), 2019 (4,31%) e 2020 (4,39%), perdendo parte considerável do seu poder de compra.

Na Campanha Salarial do ano passado, encampada pela Fasubra e pelo Fonasefe, foi reivindicado para os técnico-administrativos o índice de reposição de 33,9%, equivalentes à defasagem salarial de julho de 2010 a dezembro de 2019, mas o Governo Federal não abriu negociações e não apresentou nenhuma resposta.

O que subiu de 2017 pra cá?

2017 2021 Variação
Gasolina R$ 3,75 R$ 4,60 22,67%
Gás R$ 55,61 R$ 87,99 58,23%
Cesta básica R$ 392,97 R$ 556,25 41,55%
Dólar R$ 3,14 R$ 5,34 70,06%
Salário mínimo R$ 937,00 R$ 1.100,00 17,40%
Salário PCCTAE (média) R$ 4.000,00 R$ 4.000,00 00,00%

Conclusão: o nosso salário vale menos!

É necessário enfrentar o governo

Após consumir R$ 20 milhões em gastos secretos no cartão corporativo em 2020, Bolsonaro iniciou seu discurso de austeridade contra os trabalhadores alegando que “o Brasil está quebrado”, fato que não se sustenta quando as contas da União são verificadas.

Segundo estudos da Auditoria Cidadã da Dívida, consultando os números divulgados oficialmente pelo Portal da Transparência do Executivo Federal, a despesa executada da União em 2020 foi de R$ 2,711 trilhões. Desse total, cerca de R$ 1,038 trilhão foi gasto com o pagamento do chamado Sistema da Dívida Pública empregado pelo Estado brasileiro junto a bancos e ao sistema financeiro. Já a despesa com servidores públicos e encargos sociais foi cerca de R$ 292 bilhões (ou 3,55 vezes menos que o gasto com a dívida pública). Esses números são mais que suficientes para que se constatem as distorções financeiras no nosso sistema e explicar as razões do estrangulamento salarial do funcionalismo.

Vamos à luta!

Chega de arrocho e congelamento! O SINTFUB quer debater com sua base a luta pela auditoria da dívida pública, a luta pela revogação da Emenda Constitucional nº 95/2016 (Teto dos Gastos) e a luta pela recomposição dos nossos salários, auxílios e direitos trabalhistas.

Fortaleça o sindicato e faça parte dessa luta conosco!

Mário Júnior

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