A FASUBRA Sindical, juntamente com mais de 500 entidades e movimentos, partidos da oposição, além de milhares de pessoas assinam novo pedido de impeachment de Bolsonaro, que foi entregue nesta quinta-feira (21/05) à Câmara dos Deputados. Um ato simbólico foi realizado em frente ao Congresso Nacional, após o protocolo da peça, elaborada por juristas.
A peça foi assinada por sete partidos políticos, como PSOL, PT, PCdoB, PCB, pela Frente Povo Sem Medo, a Intersindical, o MTST, a CMP, MNU e diversas outras entidades e personalidades do Brasil democrático. No documento destacam os crimes contra a ordem democrática, contra a saúde pública e reiterados crimes contra as investigações pela Polícia Federal.
Há mais de 20 pedidos de impeachment por crimes de responsabilidade tendo como alvo o presidente. Com mais esse pedido, a oposição, entidades e sociedade civil buscam pressionar o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a dar andamento e submeter o pedido à apreciação do Plenário, para abertura de processo de cassação.
Manifesto “Impeachment Popular para salvar vidas”
Conforme manifesto intitulado “Impeachment Popular para salvar vidas”, derrubar Bolsonaro, assim como Mourão, é parte decisiva da luta para salvar vidas. “De um lado, o coronavírus chegou de avião e se alastrou pelas principais metrópoles e agora avança sobre periferias e para o interior. Encontra uma das sociedades mais desiguais do mundo, com um sistema de saúde sucateado por sucessivos cortes em investimentos públicos. Os mais de 18 mil mortos são reflexo desse encontro macabro”, lamenta.
O manifesto ainda destaca que, “ao mesmo tempo em que enterramos nossos mortos ou temos nossos entes queridos agonizando na espera por internação hospitalar, o presidente da República se torna o principal inimigo das regras elementares de isolamento social para a contenção da pandemia, zomba das dores do povo, ao mesmo tempo, em que ensaia um golpe contra as liberdades democráticas e suas instituições. Sua conduta piora o quadro geral, estimulando aglomerações, menosprezando o perigo e coincidem com a diminuição do isolamento em muitos estados do Brasil”.
O documento afirma que os desvios de conduta que fundamentam juridicamente crimes de responsabilidade cometidos por Jair Bolsonaro são múltiplos. “Seus atos recentes constituem crimes comuns de advocacia administrativa, falsidade ideológica, prevaricação, perigo para vida e saúde de outrem, infração de medida sanitária preventiva e corrupção, todos crimes contra a Administração Pública e de improbidade administrativa”.