Entidades sindicais e estudantes da Universidade de Brasília, representados pelos Centros Acadêmicos, participaram, na manhã de hoje (7), do ato de protocolo no Ministério da Educação do documento contrário ao programa Future-se.
O documento foi elaborado a partir de debates com a comunidade acadêmica e social. Para o coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores da UnB, Edmilson Lima, o ato é político e mostra ao MEC que a comunidade está contrária às privatizações das universidades.
A técnica-administrativa, Socorro Marzola, acredita que o projeto do governo Bolsonaro tira a autonomia das universidades e faz patrulhamento ideológico dos cursos de formação.
O processo de privatização se dá em razão do acesso à população negra às universidades. Para a técnica-administrativa, Susana Xavier, enquanto tínhamos uma universidade hegemônica e elitista não havia a discussão sobre os cursos da educação superior.
O professor Manoel de Andrade tocou em outro ponto nefasto do Future-se. “ É uma espécie de reforma universitária de direita que é baseada também na retirada de direitos”, apontou.
Neste momento, a categoria precisa de unidade para lutar contra os retrocessos na educação e da classe trabalhadora, disse o coordenador do Sinasefe, Júlio Mangini, que acredita que a unidade da classe só vai acontecer se as entidades sindicais se voltarem para a base e se aproximarem cada vez mais dos movimentos sociais.
“Vale lembrar que os ataques não são meramente para uma categoria, mas a toda a classe trabalhadora”, completou.
Lima aproveitou a ocasião e convidou todos os presentes para participarem da Greve Nacional da Educação e da Marcha das Margaridas, que acontecem no dia 13 de agosto.
Após o ato, todos seguiram para a Reitoria para protocolar o documento contrário ao programa e entregar para o chefe de gabinete, Paulo.
Por Camila Piacesi (texto e fotos)