Na tarde de quarta (3), o Sintfub esteve presente na reunião da Reitoria com os servidores e trabalhadores do Hospital Universitário de Brasília. A pauta do encontro foi: flexibilização de horas, ponto eletrônico e exercício dos servidores do HUB.
Foi apresentado pela Reitora, Márcia Abrahão, a campanha “UnB sua Linda”, que explica o contexto atual da UnB e a situação do Orçamento 2019, que ainda está com 38% bloqueado no sistema.
Cerca de 60 pessoas estiveram presentes no Auditório 1 do Hospital. Ao final da apresentação da campanha, Márcia Abrahão abriu espaço para os presentes falarem.
O coordenador-geral do Sintfub, Edmilson Lima, aproveitou a ocasião e fez uma pequena retrospectiva. Disse que desde o governo Temer a universidade vem sofrendo cortes.
Entretanto, fez questão de ressaltar que o Sindicato age diferente da Reitoria. “A nossa diferença da administração da Márcia, é que no dia 15 e 30 de maio e 14 de junho fizemos uma grande manifestação, em nível nacional”.
Outras ações em defesa da Universidade também foram ressaltadas por ele, tais como a construção do Comitê em Defesa da UnB, que articulou atos no bandejão e o abraço à Biblioteca, com vários parlamentares presentes em defesa da UnB. Também foi realizada, no mês passado, uma Sessão Solene na Câmara Federal que denunciou a política de cortes de recursos da educação do governo Bolsonaro.
O Sintfub, mais uma vez, deixou claro não concordar com a implantação do ponto eletrônico e nem com a empresa Ebserh no HUB.
Também foi denunciada, novamente, a indiferença estabelecida entre técnico-administrativos e docentes. Lima perguntou por que os professores, que estavam se manifestando nos dias 15 e 30 de maio, juntos com os técnicos, não tiveram que pagar os dias igual aos técnicos?
Chicão aproveitou a palavra e fez um apelo.
– Não quero que a senhora seja uma marionete do governo e do ministro. Sei que você é muito melhor que isso.
Em resposta, a Reitora disse que também realiza ações em defesa da UnB e citou a parceria com a OAB, em prol da Universidade. Ela também defendeu que já esteve com toda a bancada do DF e foi para imprensa denunciar o corte de recursos. “Infelizmente não tivemos nenhum retorno, até o momento”, completou, mas acredita que a comunidade unida pode superar os desafios.
Em relação a flexibilização de horas, a Reitora disse que não pode conceder a todos e foi acusada pelos órgãos de controle por ter tornado a flexibilização algo generalizado. Por isso, a flexibilização passou a ser concedida em alguns casos, apenas, como explicou Márcia.
Por Camila Piacesi