Nos dias 24 e 25 de junho, foi realizado o XX Congresso dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Fundação Universidade de Brasília (CONSINTFUB). O encontro propôs alterações estatutárias, mudanças na denominação e base territorial do Sintfub, e aumentou de 29 para 35 o número de cargos da direção do Sindicato.
Além disso, o congresso aprovou um plano de lutas da categoria, foram discutidos mais de 200 itens para o documento. Os principais são os seguintes: 30 horas semanais sem redução de salário; não ao ponto eletrônico e reposição salarial de 33%.
Na quarta-feira (26), foi realizada a Assembleia Geral para analisar as decisões do congresso, que contou com a presença dos 70 delegados e sindicalizados. A assembleia aprovou as alterações estatutárias deliberadas no XX Consintfub e as bandeiras de luta.
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O Congresso começou com um café da manhã junino e seguiu com a mesa de abertura, na qual participaram Vagner Freitas, presidente da CUT nacional; Teresa, representante da Fasubra; Maria Luisa, do PT; Edmilson Lima, coordenador-geral do Sindicato; Márcia Abrahão, reitora da UnB; deputado distrital Chico Vigilante; José Mauro, suplente da Tesouraria da Associação dos Docentes da UnB; e a representante do deputado distrital Fábio Félix, a Fernanda.
A reitora fez uma retrospectiva dos atuais acontecimentos que envolvem a universidade. Em relação aos cortes, disse que na semana passada a OAB entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal para reaver o bloqueio que foi feito nas Universidades e Institutos Federais. A UnB tem bloqueado 30% do seu orçamento anual.
Para Lima, estamos vivendo um grande ataque à educação brasileira. Este ano já superamos diversas adversidades e fizemos o 15 e 30 de maio, e a Greve Geral. Além de uma sessão pública que denunciava a situação da universidade e da educação brasileira, no Congresso e na Câmara Legislativa,” explicou e completou ao falar que o Sintfub está sempre disposto à defender as universidades públicas no País.
Já a importância do Congresso foi ressaltada pelo Toninho, da Fasubra. O momento em que é realizado o Congresso é estratégico e de extrema relevância para o país, pois mostra a seriedade de um serviço público de qualidade e eficiente. A situação atual não só ataca a educação. Para ele, desmonta os direitos dos trabalhadores e destrói o papel do país.
O cenário político continuou a ser debatido na mesa “Avaliação de conjuntura”, com a presença do ex-ministro Ricardo Berzoini, da Auditoria Cidadã da Dívida; e Mariana Lopes, representante da Fasubra Sindical.
A apresentação foi na parte da tarde e explanou ainda sobre a reforma da Previdência proposta pelo governo Bolsonaro.
No segundo dia, 24, houve três mesas, “Apreciação de reforma estatutária”, “Defesa de teses” e “Plenária final/Plano de Lutas”.
Por Camila Piacesi