TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO HUB PEDEM REMOÇÃO/SAÍDA DO HOSPITAL EM MASSA NESSA MANHÃ DE 21 DE JUNHO

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Nota à Imprensa

Cansados de não terem suas reivindicações atendidas, das péssimas condições de trabalho, assédio moral e desrespeito por parte das chefias, trabalhadores e trabalhadoras da FUB lotados no HUB sob a Gestão da EBSERH, encaminharam pedido de remoção em massa do Hospital Universitário de Brasília. A decisão extrema foi tomada após quase dois meses de greve em que solicitam melhores condições para atendimento da população, mudança nas relações de trabalho, hoje estruturadas em relações assediosas e sobrecarga de tarefas, manutenção do regime de escalas de plantões de 12 horas com carga horária de 30 horas semanais, entre outros itens. Para esses trabalhadores a gestão da EBSERH é nociva para a saúde pública e para a saúde dos trabalhadores que estão adoecidos pelos constantes casos de assédio e perseguições. Diante da total falta de respeito para com os trabalhadores/as que dedicaram suas vidas ao HUB, decidiram em assembleia geral da categoria solicitar a remoção em massa uma vez que não conseguem estabelecer um processo negocial que dê resolutividade às demandas colocadas.

HUB sob gestão da Ebserh : crise de atendimento e trabalhadores sob exploração máxima – a face de um contrato que não responsabiliza a empresa pelo descaso na saúde.

Atualmente temos vários locais onde os serviços foram fechados e o atendimento à população diminuído. O número de médicos, farmacêuticos e técnicos também não aumentou na mesma proporção da necessidade do atendimento da população, da assistência e da formação de estudantes nas áreas da saúde. Esse problema é latente. A EBSERH não cumpriu o que foi vendido como solução de problemas. As condições de trabalho são cada vez mais deterioradas o que facilita a exploração e o assédio a cada trabalhador .

A falácia do argumento da Ebserh como solução para a carência de pessoal e a substituição da terceirização.
A EBSERH foi o engodo que foi imposto aos trabalhadores em hospitais universitários como a salvação para os problemas de financiamento, gestão e falta de pessoal. Passados 4 anos desde sua implantação, o que se viu foram serviços sendo fechados, como o pronto atendimento infantil e adulto, falta de insumos, como reagentes para exames, e atendimento ambulatorial, exames e cirurgias canceladas. A Empresa não cumpriu o contrato: os concursos via CLT que acontecem não repõem o quantitativo de pessoal que era o compromisso.
O papel do HUB como hospital escola diante da gestão como empresa e do congelamento orçamentário na saúde e educação.

A assistência e formação que é papel dos Hospitais Escolas, não é respeitado pela EBSERH, uma vez que não aumenta a assistência, serviços são fechados dificultando o ensino e a pesquisa, e diminui as possibilidades de campo de ensino e pesquisa para os estudantes que são formados pelas instituições de ensino, bem como a assistência para a população que depende dos serviços que são oferecidos pelos hospitais universitários. Diante dos ataques que o governo Federal impõe aos serviços públicos, com corte de verbas e congelamento dos recursos pelos próximos 20 anos, tememos pela manutenção do SUS uma vez que são os recursos destinados a saúde e a educação os mais atacados.

Câmara discute a crise dos hospitais universitários, diante da suspensão de diversos serviços de saúde, mas a Ebserh apresenta dados que não condizem com a mazela diária. Conselho Nacional de Saúde monta comissão para investigar a situação dos hospitais e o efeito do corte.

No último dia 07 a Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados tratou de discutir a crise hoje vivida nos hospitais universitários. Da mesma forma, Conselheiros Nacionais de Saúde aprovaram, no último dia 06, a criação de um grupo de trabalho para aprofundar as discussões sobre a situação dos hospitais universitários na assistência à saúde no Brasil. Na ocasião, também concordaram com a realização de um seminário sobre o tema, com o envolvimento de diferentes atores sociais. As medidas foram tomadas após as polêmicas discussões sobre os hospitais universitários, realizada na 306ª Reunião Ordinária do colegiado, em Brasília.

A representante da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnicos Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra), Maria do Socorro Oliveira Marzola, discorda das informações apresentadas pela empresa e afirma que ainda existem vários problemas em relação à assistência.

“Temos vários locais onde os serviços foram fechados e o atendimento à população diminuído. O número de médicos, farmacêuticos e técnicos também não aumentou na mesma proporção da necessidade do atendimento da população, da assistência e da formação de estudantes nas áreas da saúde. Esse problema é latente. A EBSERH não cumpriu o que foi vendido como solução de problemas”, afirmou, ao denunciar ainda casos de assédio moral aos trabalhadores.

 

SINTFUB – Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Fundação Universidade de Brasília

Contatos:
Socorro – 992137348
Marilene – 999525427
Maurício – 992488175
Rogério – 992715026

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