Assembleia lotada contou com a participação dos candidatos à reitoria da UnB.
Na manhã desta terça-feira, 09, trabalhadores técnico-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) reunidos em assembleia geral da Categoria aprovaram a participação na Paralisação Nacional da Educação para o dia 11 de agosto. Cerca de 230 servidores lotaram a Praça Chico Mendes no campus Darci Ribeiro, Asa Norte.
Aprovada no II Encontro Nacional da Educação e na última Plenária Nacional da FASUBRA Sindical, a paralisação do dia 11 de agosto marca o dia do estudante, como dia nacional de lutas em defesa da educação pública e gratuita.
Os trabalhadores também aprovaram a paralisação com indicativo de greve geral no dia 16 de agosto, contra o PLP 257/16, a PEC 241/16, em defesa do serviço público e da valorização dos servidores e em defesa do regime de previdência social e pública.
A Reunião Ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) acontece hoje, às 9h na sede onde será discutida a construção de uma greve geral do funcionalismo público.
PLP 257/16
Também houve informes sobre a atuação dos técnicos administrativos da UnB, na mobilização da Categoria no Congresso Nacional para barrar a aprovação do PLP 257/16 que renegocia a dívida de municípios, estados e Distrito Federal com a União e altera a Lei de Responsabilidade Fiscal, penalizando servidores públicos de todas as esferas.
A contrapartida para alongar em 20 anos a dívida seria o congelamento de salários, instituição de programas de demissão voluntária, desmonte do serviço público, fim da regra de valorização do salário mínimo, reforma da Previdência Social com a retirada de direitos, fim de concursos públicos, proibição de reajuste salarial durante 24 meses, terceirização e outros.
Eleições para reitor 2016
Os três candidatos à reitoria da UnB convidados pelo Sintfub apresentaram as propostas de campanha durante a assembleia. As eleições ocorrem nos dias 30 e 31 de agosto.
Mauro Mendes, coordenador geral do Sintfub destacou a importância da participação dos servidores no processo eleitoral em defesa da pauta dos técnicos administrativos. “Hoje temos a pauta das 30 horas, muito importante para os servidores e está nas mãos do reitor, por meio da autonomia universitária a decisão pela implementação da redução da jornada de trabalho, sem redução de salários”.
Atualmente são 3.111 técnico- administrativos e 3029 docentes na universidade, de acordo com o coordenador, que conclamou a participação nas urnas.“Só tem como cobrar indo às urnas exercitar o voto, escolham o candidato que acreditem ter as melhores propostas”.
Pauta nacional
Há uma preocupação com a pauta nacional dos trabalhadores técnico-administrativos, segundo o Mendes, vem aí um pacote de retirada de direitos pela reforma da Previdência Social, reforma trabalhista, projetos de lei que propõe o desmonte do serviço público. “O Sintfub junto com a FASURA tem participado de todas as atividades no Congresso Nacional contrapondo toda essa política de retrocesso implementada por esse governo golpista que está colocado”, disse Mauro.
Ameaça de retrocesso
Ao longo dos anos os servidores conquistaram o Plano de Cargos e Carreira dos Trabalhadores Técnico-Administrativos (PCCTAE), a incorporação das gratificações e outros.
No governo de Fernando Henrique Cardoso (FHC) os trabalhadores do funcionalismo público conviveram oito anos com o congelamento de salários e sem concurso público, ou seja, na política de Estado Mínimo.
Para o coordenador, se na atual conjuntura não haver mobilização, “podemos retroceder tudo o que conquistamos no governo de esquerda. Os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional contêm propostas semelhantes ao do Bresser Pereira, de Estado Mínimo e privatização”.
Assessoria de Comunicação Sintfub