Em assembleia realizada na manhã desta terça-feira (19), os trabalhadores terceirizados da UnB, organizados pelo Sintfub, mostraram que estão dispostos a realizarem manifestações e paralisação caso haja ameaça de demissão com o fim dos contratos entre a Universidade e as empresas Planalto e Ágil. Em reunião realizada nessa segunda-feira (18) com o Sintfub e a CUT Brasília, o reitor da UnB, Ivan Camargo, afirmou que o objetivo da administração superior da instituição de ensino é garantir todos os postos de trabalho dos terceirizados dessas empresas.
Segundo Camargo, os quatro contratos firmados com a Planalto e a Ágil – que prestam serviço de manutenção, transporte e parques e jardins – foram renovados cinco vezes e, legalmente, esses serviços devem passar por nova licitação. Ele explica que ao invés de quatro, agora serão nove contratos que abrangerão os serviços prestados.
Durante a reunião, Ivan Camargo afirmou aos dirigentes sindicais que a maioria das licitações será finalizada ainda neste mês de janeiro. Com isso, os trabalhadores que estão de aviso prévio até a primeira quinzena de fevereiro não seriam prejudicados. Entretanto, o reitor da UnB fez a ressalva de que o contrato de manutenção de sistema elétrico e manutenção de sistema hidráulico, provavelmente, não terão a mesma agilidade.
“O Sintfub está levantando o número de trabalhadores terceirizados que se enquadram nas modalidades de manutenção de sistema elétrico e manutenção de sistema hidráulico, bem como nas demais. Teremos todos os números para podemos viabilizar não só a manutenção dos empregos, mas também a agilidade da recontratação de todos os trabalhadores. O Sintfub não vai permitir que nenhum trabalhador fique em casa esperando telefonema de empresa”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Garantia de emprego
Durante a reunião com o Sintfub e a CUT Brasília, o reitor da UnB, Ivan Camargo, afirmou que o corte de trabalhadores terceirizados será efetuado, mas só atingirá aqueles trabalhadores que estão em desvio de função, ou seja, realizam atividades de servidores de carreira.
De acordo com os números da própria administração superior da Universidade, cerca de 240 terceirizados se enquadram nesse perfil. O número corresponde ao corte de 20% dos terceirizados da UnB, já anunciados pela Universidade como uma exigência do Tribunal de Contas da União.
“A gente não vai permitir que nenhum trabalhador terceirizado que esteja em situação legal perca o emprego. Desde o início, estamos acompanhando este processo de perto e, se for o caso, realizaremos as ações necessárias para garantir nossos postos de trabalho. Sabemos que a UnB tem poder político para garantir o emprego de todos os terceirizados que prestam serviço a nesta Universidade, na maioria das vezes, há mais de 20 anos”, disse o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Para o presidente da CUT Brasília, Rodrigo Britto, não há motivo para que nenhum terceirizado perca o emprego. “O reitor da UnB se comprometeu a garantir o emprego daqueles terceirizados que não estão em desvio de função. Agora, temos que ficar de olho nesses dois contratos que ele disse ser mais problemático. Vamos pressionar para que isso saia já do papel. A CUT está junto com o Sintfub e junto com os terceirizados da UnB e não pensaremos duas vezes na hora de engrossarmos atos, manifestações e paralisações, caso isso seja necessário”, se comprometeu o dirigente cutista.