Servidores da UnB em greve deliberam agenda de luta
Reunidos em assembléia realizada nesta quarta-feira (3), os servidores técnico-administrativos da UnB, em greve desde o dia 28 de maio, agendaram uma série de atividades que compõem a agenda de luta da categoria, até o dia 12 de junho.
Ainda nesta quarta-feira (3), representantes do Comando Local de Greve da UnB se reunirão com integrantes da AdUnB, entidade que representa os docentes da Universidade, para pedir apoio dos professores universitários à greve dos técnico-administrativos. A solidariedade de classe já esta sendo praticada em outras universidades federais do Brasil, não só com o apoio de docentes, mas também de estudantes.
Na próxima quarta-feira, dia 10, os servidores técnico-administrativos da UnB realizarão assembléia e, posteriormente, ato na reitoria. O objetivo é mostrar que a categoria está firme na luta e disposta a manter o movimento o tempo que for necessário, até que a pauta de reivindicação seja atendida. A atividade começará às 9h30, na Praça Chico Mendes.
Na sexta feira da próxima semana, dia 12, os técnico-administrativos participarão da reunião do Conselho Universitário – Consuni, também com o objetivo reforçar o movimento paredista.
Durante a assembleia desta quarta-feira (3), os representantes do Comando Local de Greve afirmaram que o movimento foi aderido em massa na UnB, com paralisação de mais de 80% da categoria, tanto do campus Darcy Ribeiro, como dos campi de Planaltina, Gama e Ceilândia.
Em nível nacional, a greve também vem sendo vitoriosa. Já são 56 universidades federais paralisadas, um record na história do movimento grevista dos servidores técnico-administrativos em Educação.
Greve no HUB
Os servidores de carreira do Hospital Universitário de Brasília – HUB decidiram, por unanimidade, aderir ao movimento grevista. A deliberação foi feita em reunião com a participação do Comando Local de Greve (CLG), nessa terça-feira (2), no auditório 2 do Hospital.
Durante o encontro, foi lembrado que a exigência judicial para realização de greve em locais enquadrados como serviço essencial, como é o caso do HUB, é de funcionamento de 30% da força de trabalho. Entretanto, atualmente, o HUB comporta cerca de mil trabalhadores ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares – Ebserh (contratados pelo regime CLT) e, em média, 580 servidores de carreira, quase a metade.
Diante disso, todos os servidores de carreira do HUB poderão aderir ao movimento, sem necessidade de escala de trabalho. Isso porque a quantidade de trabalhadores ligados à Ebserh, ao Ministério da Saúde e à Secretaria de Saúde do GDF já contempla o percentual de 30% exigido.
Além da pauta nacional de greve, os servidores do HUB também apontaram pontos específicos de luta no setor. Entre eles estão a racionalização dos cargos de auxiliar para técnico, a manutenção de cargos de chefia para os servidores de carreira e o fim do assédio moral praticado pelos representantes da Ebserh.
“Fomos abandonados pelo nosso órgão de origem, a FUB, dentro de uma nova instituição chamada Ebserh. Todos nós estamos sofrendo, dentro das nossas lotações, assédio moral, desvalorização da mão de obra, entre outras situações assustadoras. A pratica da gerência de enfermagem da Ebserh, por exemplo, é de que os cargos de chefia não precisam estar sendo lotados por enfermeiras de carreira, porque existe um organograma para ser cumprido pela Ebserh e as enfermeiras FUB não se adéquam a este organograma. Com isso, duas enfermeiras, que estão há 20 anos no HUB, foram convidadas a deixar o cargo e assumir outras clínicas”, denuncia Vânia Felício, técnica de enfermagem do HUB.