Representantes do Comando Nacional de Greve da Fasubra – CNG entregaram ao Ministério do Planejamento, nessa quinta-feira (10), o ofício que contém a contraproposta à última oferta de reajuste salarial feita pelo governo. De acordo com a pasta, a resposta à categoria deverá ser feita até quarta-feira, dia 16.
Com isso, o prazo para o fim das negociações, que seria até dia 11 de setembro, se estenderá até o dia 18.
Na contraproposta da Fasubra, a federação aponta que concorda com a vigência do acordo em dois anos, mas reivindica que o índice a ser aplicado nos vencimentos dos servidores técnico-administrativos em educação deverá ser de 9,5% em 2016 e 5% em 2017, e não 5,5% em 2016 e 5% em 2017, como ofereceu o governo. Para a federação, o reajuste do step (0,1%) também deverá sofrer alteração e incidir nos anos de 2016 e 2017, e não apenas 2017.
Entre outros pontos, o documento da Fasubra ainda aponta que é necessário retomar o debate sobre a criação de portaria de turnos contínuos (jornada de trabalho de 30 horas), e não deixar que o tema seja condicionado apenas à autonomia universitária. Este foi um ponto encaminhado pelos servidores técnico-administrativos da UnB, na última assembleia da categoria, realizada nessa terça-feira (8).
O Ministério do Planejamento afirmou que encaminhará aos demais ministérios a orientação do corte de ponto aos servidores de todo o funcionalismo que aderiram à greve, mas destacou que os servidores técnico-administrativos “levam vantagem” nesta questão, já que há a autonomia universitária para decidir sobre o desconto ou não dos dias parados. Até essa quinta-feira (10), nenhuma universidade federal havia encaminhado pedido de conte de ponto ao Planejamento.
A Fasubra destaca que, caso o governo responda a Federação até quarta-feira (16), será encaminhado aos sindicatos de base a orientação de realização de assembleias na sexta-feira (18), para avaliar a proposta.