O Comando Local de Greve do Sintfub protocolará nesta quarta-feira (4), na reitoria da UnB, documento em resposta à carta emitida pelo reitor da Universidade, Ivan Camargo, à Andifes – associação que congrega os reitores das universidades públicas federais, ao Ministério da Educação e ao Ministério do Planejamento. A carta do reitor da UnB, que concorda com a pauta de reivindicação dos servidores técnico-administratrivos da Universidade, foi resultado da pressão do movimento grevista da categoria, deflagrado no dia 17 de março.
O documento assinado por Ivan Camargo afirma, por exemplo, que há necessidade de melhores salários para os técnico-administrativos e que é necessário mais recurso do governo federal para investir na qualificação da categoria.
Na resposta do Comando Local de Greve, os representantes da categoria da UnB concordam com o apoio declarado, mas reafirmam a necessidade do atendimento de pontos essenciais de luta dos trabalhadores, como a jornada de trabalho de 30 horas semanais.
“A carta ainda não representa ganhos efetivos para os trabalhadores técnico-administrativos da UnB, mas já é um grande avanço, considerando a inflexibilidade da administração superior diante do movimento grevista da categoria. Esta carta sinaliza maior espaço para negociação e, consequentemente, mais chances de vitória do movimento”, avalia o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.
Como a carta assinada por Ivan Camargo só foi entregue ao Comando Local de Greve do Sintfub nesta terça-feira (3), os trabalhadores reunidos no saguão da reitoria decidiram suspender a assembleia da manhã de hoje para que se pudesse analisar o documento. A próxima assembleia da categoria será no dia 10 de junho, terça-feira da próxima semana, às 9h30, na Praça Chico Mendes.
ATO NO MEC
Com a suspensão da assembleia desta terça-feira (3), ainda na manhã de hoje, os servidores técnico-administrativos da UnB se somaram ao Comando Nacional de Greve da Fasubra na manifestação realizada em frente ao Ministério da Educação. O objetivo da atividade foi continuar dando visibilidade ao movimento paredista, realizado em nível nacional, e reforçar que a abertura de negociação entre a pasta e os representantes da categoria deve ser feita com efeitos concretos e positivos para os trabalhadores.