Em reunião realizada nesta última quinta-feira (25) com o conjunto de entidades representativas dos servidores, o governo federal apresentou uma proposta de reajuste em quatro anos nos valores de 5,5% para 1° de janeiro de 2016; 5% para 1° de janeiro de 2017; 4, 75% para 1 ° de janeiro de 2018; e 4,5% para 1° de janeiro de 2019. A proposta foi considerada insuficiente pelo Comando Nacional de Greve da FASUBRA, que avaliou que a proposta está nos marcos do ajuste fiscal aplicado pelo governo Dilma que tem como objetivo jogar nas costas dos trabalhador@s o peso da crise econômica, ao mesmo tempo em que dá segurança ao mercado de capital que exige o ajuste.
É consenso entre as entidades sindicais do funcionalismo que se trata de uma proposta rebaixada, tanto nos valores como na plurianualidade da proposta (2016 a 2019) não garantindo o poder aquisitivo dos salários, conforme justificativa apresentada pelo próprio governo, pois está abaixo da inflação desse ano. Ao contrário, a mesma comprometerá o poder de compra dos trabalhadores causando consequente corrosão salarial nos próximos anos.
A proposta apresentada reafirma mais uma vez o desrespeito do Governo com os trabalhadores da educação deste país, que não considera o índice de 27,3% de reposição salarial reivindicado pela categoria, para minimizar as perdas de acumuladas no período de janeiro de 2011 a julho de 2016.
Foi considerado, ainda, que o governo até agora não apresentou nenhuma proposta que atenda aos itens de cláusulas negociais, como a regulamentação da negociação coletiva, definição de política salarial e data base, além da pauta especifica da FASUBRA que envolve pontos de impacto financeiro e pontos que são reivindicações negociais sem impacto financeiro, inclusive envolvendo o debate sobre a democratização da Universidade que possui uma importância fundamental para o conjunto da categoria.
Ao final da reunião, após muita pressão, conseguimos uma agenda do funcionalismo federal com o MPOG para o dia 07/07. Nessa próxima reunião precisaremos avançar transformando a vitória política que já temos nessa greve em vitória econômica. Temos que tencionar o governo a negociar a pauta específica da FASUBRA, protocolada tanto no MEC, quanto no MPOG.