Governo volta a atacar; técnico-administrativos respondem com greve e ocupação do MEC

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Em clima de indignação, foi realizada assembleia dos servidores técnico-administrativos da UnB nesta terça-feira (15). Isso porque nessa segunda-feira (14), o governo federal anunciou de maneira autoritária um verdadeiro pacote de maldades contra o funcionalismo e outros setores da sociedade. Diante disso, a categoria decidiu manter a greve deflagrada no dia 28 de maio e ocuparam o Ministério da Educação – MEC.

Entre os nove pontos divulgados pelos ministros da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa, está a suspensão do pagamento do reajuste salarial aos servidores federais em janeiro. De acordo com o governo, o acréscimo nos salários só poderá ser feito em agosto de 2016. Além do calote nos servidores, as demais medidas drásticas de ajuste de suas contas, envolvem cortes de investimentos, elevação ou recriação de impostos para cobrir o déficit de caixa, prejudicando assalariados e produtores agrícolas.

Veja os pontos anunciados pelos ministérios da Fazenda e do Planejamento:

·Adiamento do reajuste dos servidores,
·Suspensão de concursos,
·Eliminação do abono de permanência dos servidores,
·Implementação do teto remuneratório do serviço público,
·Redução do gasto com custeio administrativo, mudança nas fontes fonte do PAC – Minha Casa Minha Vida,
·Cumprimento do gasto constitucional com Saúde,
·Revisão da estimativa de gasto com subvenção agrícola,
·Volta do CPMF com alíquota de 0,2% sobre movimentações financeiras e
·Taxação (com alíquotas de 15% a 30%) sobre ganhos com venda de terrenos e imóveis acima de R$ 1 milhão

Para o Comando Local de Greve do Sintfub, as medidas do governo federal “são medidas neoliberais, idênticas às anunciadas pelo candidato da oposição nas eleições presidenciais. Tais medidas aceleram o retrocesso social, e a classe trabalhadora não vai aceitar isso”.

Ocupação do MEC
O Comando Nacional de Greve da Fasubra Sindical, após tomar conhecimento por meio da imprensa da mudança na data do pagamento do reajuste salarial dos servidores federais, formalizou ao Ministério da Educação – MEC, em reunião, a discordância quanto ao descumprimento da palavra do governo. Não restou outra alternativa à Federação que, no momento da reunião para tratar da pauta setorial, comunicou à pasta a disposição da categoria em ocupar o prédio e intensificar as ações em todo o país. O objetivo é, em nome do funcionalismo federal, exigir que o governo mantenha a credibilidade do processo negocial em curso.

A última versão do ajuste fiscal ampliou o golpe, imputando aos trabalhadores a conta da crise que, além de diminuir o impacto do reajuste em 2016, amplia a retirada de direitos dos trabalhadores, inclusive componentes que integram a remuneração salarial dos servidores federais. O governo federal opta pelo sacrifício dos trabalhadores, dos programas sociais, em favor do poder rentista.

Com informações da CUT e da Fasubra

admin

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