Demissão de terceirizados é consequência de decisão da UnB

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O diretor de terceirização do DGP, Julio Versiani, afirmou que a demissão de 250 trabalhadores terceirizados da área de limpeza e conservação da UnB, realizada no início deste mês, é conseqüência de decisão da administração superior da Universidade.

As demissões foram realizadas devido ao aumento da relação espaço / servente de limpeza. Versiane explica que o contrato por posto de serviço para a área de limpeza e conservação da UnB foi proibido pela Controladoria Geral da União – CGU. A Universidade, então, tomou como parâmetro a portaria número 25 do Ministério do Planejamento, que define o espaço mínimo de 600 m² para cada trabalhador da limpeza.

Entretanto, sob alegação de falta de orçamento, o diretor de terceirização do DGP, disse que era preciso aumentar a produtividade dos trabalhadores terceirizados, e que, para isso, seria necessário aumentar a proporção m² a ser limpo / trabalhador, de maneira que cada terceirizado seria responsável pela limpeza de um espaço de 800 m². “Se você aumenta a produtividade, a pessoa tem que trabalhar mais, e se acaba barateando o serviço, já que serão necessárias menos pessoas trabalhando”, declara Versiani.

Com a decisão de aumentar o espaço de limpeza de cada trabalhador terceirizado, a UnB economizou cerca de R$ 1 milhão, e deixou sem emprego 250 trabalhadores. “Foi um enxugamento que teve que ser feito por que não íamos conseguir pagar a empresa”, diz Júlio Versiani.

Denúncia pública
O Sintfub, com o apoio da deputada federal Érika Kokau (PT-DF), denunciou a ação da administração da UnB no Ministério Público do Trabalho. Em reunião, nessa quinta-feira (11), com o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 10ª Região, Alessandro Santos de Miranda, o Sindicato pediu a intermediação do órgão para reaver o emprego dos 250 terceirizados demitidos.

De acordo com o procurador do trabalho, a denúncia será distribuída e as ações necessárias serão tomadas para solucionar o caso.

“A UnB não pode, ainda que indiretamente, colocar 250 pais e mães de família na rua alegando que não tem dinheiro. Existem outras formas de economizar a verba a Universidade sem ter que fazer demissão em massa. Não vamos aceitar isso”, afirma o coordenador geral do Sintfub, Mauro Mendes.

admin

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